É de facto notícia, nos tempos que correm, que alguém que tendo encontrado uma quantia de cerca de 9.000 euros se tenha preocupado em a entregar a quem a perdeu. Um gesto nobre de pessoa de bem e um exemplo de honestidade.
Mas sempre se poderá perguntar qual a razão que justifica assinalar um comportamento correcto, sublinhar aquilo que deve ser feito? A resposta é simples. É que numa sociedade em que somos permanentemente bombardeados com comportamentos desviantes, em que valores como a dignidade, integridade e seriedade estão ausentes, são louváveis os bons exemplos e a sua divulgação. Felizmente que ainda há, entre nós, muita gente de bem!
Mas sempre se poderá perguntar qual a razão que justifica assinalar um comportamento correcto, sublinhar aquilo que deve ser feito? A resposta é simples. É que numa sociedade em que somos permanentemente bombardeados com comportamentos desviantes, em que valores como a dignidade, integridade e seriedade estão ausentes, são louváveis os bons exemplos e a sua divulgação. Felizmente que ainda há, entre nós, muita gente de bem!
Assisti à reportagem no telejornal de ontem à noite e á resposta da digna padeira, quando a jornalista lhe perguntou se aquele dinheiro não lhe dava "jeito"... «já viu? quando fosse pagar alguma coisa com aquele dinheiro sabendo que não era meu!? para que quero aquilo que não me pertence?»
ResponderEliminarÉ aí que reside a consistência da acção... porque corremos tantas vezes atrás daquilo que não nos pertence, enganado-nos a nós mesmo, convencendo-nos de que aquilo que buscamos é imprescindível à nossa vida, ao nosso bem-estar, sem que percebamos muitas vezes que estamos a atropelar alguem para o conseguir.
Será possível apreender e aprender na e com a atitude da Senhora padeira, que aquilo que nos distingue tem forçosamente de passar a ser aquilo que nos iguala?
Cumprimentos, cara Drª Margarida.
Cara Drª. Margarida Aguiar:
ResponderEliminarAqui está um caso que se justifica divulgar. Apesar desta "achadora" ter feito aquilo que é expectável de uma boa cidadã, estas atitudes parecem-me, infelizmente, cada vez mais incongruentes (daí ser notícia).
Aparte disto, quero reiterar-lhe a si e a todos os autores deste blog, que tive uma grande honra em os conhecer pessoalmente, ontem, na apresentação do livro - As Farpas da Quarta”.
Um bom exemplo, Margarida, que devia ser a regra mas que se tornou motivo de notícia por parecer ser já tão raro. No entanto, eu acredito que a maioria das pessoas teria o mesmo impulso e devolvia o dinheiro ao seu dono,pelo menos vivo convencida de que a generalidade das pessoas que conheço e estimo fariam o mesmo. Mas as notícias são só dos ladrões, talvez o que seja mesmo raro é a notícia de uma pessoa de bem...
ResponderEliminarCaro jotac, obrigada por ter estado connosco, foi uma honra para nós e além disso o livro também é um bocadinho seu, se bem que invisível...
ResponderEliminarCaro Bartolomeu
ResponderEliminar"Para que quero eu aquilo que não me pertence?" respondeu a Senhora Padeira. É uma boa resposta que encerra também um sentido de que o que temos deve ser obtido por nós, com trabalho e honestidade.
Quanto à sua última interrogação, Caro Bartolomeu, a mentalidade e a cultura de um povo são muito fortes e fazem dele um colectivo único, para o bem e para o mal.
Caro jotaC
Tem razão na sua nota sobre a incongruência destas notícias. Os comportamentos normais, quer da esfera ética quer da esfera legal, não deveriam ser notícia por serem justamente normais. Mas com a enxurrada mediática de comportamentos anormais que nos impõem acaba mesmo por ser notícia o bom exemplo.
Caro jotaC foi uma honra e um enorme prazer a sua presença. Como diz a Suzana, um bocadinho do livro também lhe pertence...
Suzana
Estou convencida que a maioria das pessoas teria feito o mesmo porque acredito que ainda há muita gente de bem.
Ficamos "impressionados" quando surge uma notícia destas porque somos bombardeados todos os dias com histórias de polícias e ladrões. São estes "dramas" que mais vendem, porque é mais fácil explorar as emoções na desgraça...