Acabei de ouvir extensa reportagem na televisão de serviço público: alunos de um Agrupamento Escolar de Castelo Branco obrigados a percorrer 150 metros (digo, cento e cinquenta metros) para almoçar numa escola ao lado, porque na sua não têm cantina!...
Meteu entrevistas a membros da Associação de Pais, Direcção da Escola, Câmara Municipal, todos concordantes na necessidade de extirpar esse drama, quase tragédia, de os alunos andarem 150 metros.
Não tarda, vão os pais, as escolas e as Câmaras exigir que lhes dêem o comer à mão. Assim habituados, os "meninos" vão naturalmente exigir a mesma ração, pela vida fora.
Assim vai fazendo a Educação Nacional. Coitados de tais alunos!...
Ora, caro Pinho Cardão, parece-me de toda a conveniência e importância a constituição de uma empresa municipal de transporte de petizes, uma vez que a empresa municipal de alimentação escolar não pode fazer tudo. E, claro, o respectivo organismo nacional de regulação de empresas municipais de transporte de petizes, a comissão parlamentar para a mobilidade e alimentação,...
ResponderEliminarDr. Pinho Cardão
ResponderEliminarÉ realmente espantoso! Quantas crianças eu não conheci que palmilhavam quilómetros com pouco mais que uma côdea de pão na sacola (agora há mochilas e cantinas) para não perderem a oportunidade de aprender!
150 m é realmente uma violência!Concordo com o caro Tonibler, mas é preciso ter a certeza de que há um pavilhão gimno desportivo ao lado,não vão as crianças ter problemas por falta de exercício físico.
ResponderEliminarEle há muito incompetente! Bastaria contratar uma empresa de catering que se pouparia o sofrimento e a violência exercida sobre estas pobres crianças mas também o penar dos seus paizinhos...
ResponderEliminarÉ por estas e por outras que a maioria dos jovens pensa que tudo lhes é devido, que devem ser premiados por tudo aquilo que conseguem realizar (por vezes, muito pouco!).
ResponderEliminarOnde está a sensação do dever, da responsabilidade, do sentir brio e orgulho pelo bom desempenho de uma actividade, de uma tarefa?
Poderemos nós, mães e pais, responsabilizarmo-nos, em parte, pelo que está a acontecer?
É evidente, que mais tarde, quando já têm idade de ter um trabalho em regime de tempo parcial (mesmo que estejam a frequentar instituições de ensino pós-secundário) que lhes irá proporcionar um vislumbre do que é o mercado de trabalho, facultando-lhes, simultaneamente, a oportunidade de aprender a gerir o seu próprio dinheiro... nem pensar!
Em alguns países, os jovens iniciam esta experiência bem cedo, independentemente, da classe social em que estão inseridos.
Em Portugal, “no meu tempo”, inconcebível: não ficava bem, não era de bom tom, sinal que os pais eram pobrezinhos!!!! E creio que hoje a situação não se alterou muito.... Mas já me estou a desviar um pouco do tema.....É que não consigo deixar de pensar o que será o futuro...com esta juventude a gerir o que quer que seja...
Dr.JM Ferreira de Almeida, essa é a solução que todos pretendem e que não deve nem se lhes pode dar. Deixai-os fazer os 150 metros, com mais 150 de volta, são trezentos. E os pais que os acompanhem, o exercício faz bem, dizem.
ResponderEliminarOnde se chegou. No meu tempo, o 1,5 ou 2Kms que fazia para chegar ao liceu,com volta para almoço em casa e retorno para as aulas da tarde, mais a volta, não roubavam tempo aos estudos e eram um maravilhoso período de alegre galhofa. E não falo daqueles sacrificados que muito bem refere António Transtagano.
Haja paciência.
E podiam mandar um d'aqueles kanadair sobrevoar a escola e lançar ração de combate sobre o recreio, escoltado por uns "puma" equipados com altifalantes emitindo em altos berros uma composição de wagner, enquanto aturdidamente um radialista berrava em toada de "bit"... «Goooooooood morning students from White Castle. here is your food, enjoy-it»
ResponderEliminarMas que exagero Bartolomeu! Francamente! Então não seria mais prático que os papás e as mamãs tirassem duas horas (talvez mediante apresentação de certificados aos seus superiores) e levassem à dita escola, almocinhos bem nutritivos aos seus filhotes?! Sem esquecer o gel desinfectante... por que esta estória da gripe A é coisa que se lhe diga!!!! : - )
ResponderEliminarNão Catarina, porque isso daria azo a abusos. Já imaginou? As mamãs e os papás dos meninos, mais os avós, todos de alcôfa e respectivo garrafão a estenderem a manta de tiras no chão do recreio e tudo ali a pic-nicar, mais os rádios a pilhas a tocarem em altos berros as músicas do Quim Barreiros, da Ágata e do Emanuel, mais o Toy e o outro, o... o... ai!... aquele que o molherio vai aos confins para o ouvir cantar, bom, não interessa...
ResponderEliminaro que acho pior nem é o folclore que essa situação iria originar. O pior ainda seria o cheiro a bolinhos de bacalhau e arroz de pimentos a impregnar a atmosfera.
A Catarina não acha que os gazes libertados por tal concentração, poderia afectar gravemente o buraco no ozono?
hmmm? hmmm?
Estou a imaginar a cena…!!!
ResponderEliminarE foi motivo para uma boa gargalhada!
É sempre agradável “ler” todo esse bom humor!
Acho que em matéria de humor, estamos muito, como dizer... paritários?! não, equivalentes!
ResponderEliminarÉ isso, equivalentes!
;)
Bem lá tenho eu ke estragar o ramalhete.
ResponderEliminarOk Vamos a isso...:-)
1º - Não dei por nada. Não vi a reportagem, nem li nada sobre o assunto. Apenas li o post escrito pelo amável Caro Dr. Pinho cardão.
Ó Senhor Doutor esta questão pode não ser assim tão simples.
Vejamos:
- Dependendo da idade dos petizes, que eu não sei qual é. Na verdade, a saída dos alunos do perímetro da Escola, coloca questões de segurança rodoviária mas tb outras.
- Quando eu entrego o meu filho na Escola é para ele ficar lá dentro da Escola. E só sairá em determinadas condições.
O problema não é o numero de metros que têm de percorrer. Para mim o problema é mais as condições em que funciona essa saída da Escola, e o posterior regresso, quem controla tudo isso.
No meu tempo sairíamos todos em filinha indiana, na "fórma", como nós dizíamos, e ai de quem puzesse o pézinho fora da "fórma" ... ficava logo de castigo. E assim tb regressaríamos.Tudo muito certinho. Mas eu andei na Escola da CUF (que saudades...), propriedade de Alfredo da Silva e Família....No comments.
Hoje ...todo este processo deve ser muito complicado, dada a anomia que pulula muitas escolas. Não sei se é o caso da escola em apreço.
Será que os funcionários são dignos de confiança para controlar tudo isto ?
E se algum petiz se afasta do "rebanho" e desaparece ...?
Se os petizes estão habituados a tudo ter e a tudo fazer sem nada acontecer...!!
ResponderEliminarSão os "valores" que a "escola" pública "inclusiva e democrática" tem oferecido a todos os "alunos" cujos pais não têm dinheiro e/ou cultura para os matricular num dos poucos colégios de qualidade existentes no país!
É bom não esquecer que os petizes têm agora mais uns direitos (porreiro, pá):
- saber um pouco mais de sexo;
- obter uns preservativos para fazer umas experiências giras.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA sério agora… Tenho que concordar com Pézinhos na Areia e Fartinho da Silva. Eu também não li pormenores nenhuns sobre a situação. Apenas entrei na onda da crítica bem humorada. Sem dúvida que devemos considerar a segurança dos alunos...Enquanto os alunos estiverem em propriedade escolar, é da inteira responsabilidade do pessoal escolar (docentes e não docentes) garantir que as crianças estejam num ambiente seguro. Se os alunos têm que sair da escola e os dirigentes escolares obtiveram a autorização dos pais... idem!
ResponderEliminarEm alguns países, as escolas primárias não têm cantina. Os alunos almoçam em salas de aulas designadas para o efeito, ou no ginásio, dependendo do número de alunos que permanecem na escola à hora do almoço. A vigilância é constante. As secundárias já todas elas têm refeitórios.
Mantenho, todavia, o que disse no meu primeiro comentário. Como os ingleses dizem: “the kids are too spoiled”… Esperam receber quase tudo em bandejas de prata sem o mínimo esforço. Pelo que me tenho apercebido em certas famílias, alguns destes “rebentos” não tentam tão pouco ser membros activos dessa família, não contribuindo absolutamente com nada. Vou já, já terminar...alguém ainda se vai cansar dos comentários da Catarina... que quando começa a escrever nunca mais pára...
pessoalmente tenho todo o gosto de ler os seu comentários Cara Catarina ... you got me....:-)
ResponderEliminarmas é mesmo isso...principalmente um problema de segurança que pode ser agravado pela provável exiguidade de recursos humanos, nomeadamente, auxiliares, que eventualmente até apoiam o protesto dos pais, por motivos óbvios.
Mas como disse anteriormente faltam-me dados. A idade dos alunos em questão é um dado importante, neste cenário.
Cara Pèzinhos:
ResponderEliminarAqui vai a referência da notícia:
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Pais-de-alunos-de-escola-de-Castelo-Branco-reclamam-a-construcao-de-uma-cantina.rtp&headline=20&visual=9&tm=8&article=291883
Então agora os alunos de uma escola não se podem deslocar, a pé e acompanhados, cerca de 150 metros? Por causa da chuva?
Só podem andar de carro?
Não foram feitos para andar a pé 150 metros?
Por amor de Deus!...
O meu primeiro carro, foi um fiat 600. Dizia-me o vendedor quando o comprei que já trazia cintos de segurança com enroladores.
ResponderEliminarÔba!!! Com desenrroládoris... qui máravilha... todá veiz queu móstrava o cárrinho próis meus ámigos, eu fáláva assim... "e tráis desenrróladoris"!
Depois e até hoje, assim por alto, já comprei 12 carros. O meu carro actual vem equipado com estabilizador, abs, cintos com pré-tensores, air bag's aqui, ali e acolá e mais uns não sei quantos outros sistemas de segurança activa e passiva.
Das duas uma... ou eu deixei de saber conduzir, ou então tive uma sorte que faz favor... Na verdade sempre interiorizei um conceito: saber conduzir é algo que não se aprende nas aulas de condução, adquire-se "o jeito" tomando como incontornáveis algumas regras, como sendo a nessessária e permanente atenção, a negação ao princípio "bah, a mim nunca me acontece" e olhar para o outro condutor e ver um membro da nossa família. Agora... se o carrito possui cintos de segurança com pré-tensores, ou se o fulano enrola uma fita-cola que o segure ao banco...
caro Dr. Pinho Cardão
ResponderEliminarNa minha região não conheço nenhuma escola que não disponha de cantina, ou refeitório. Todas dispôem de um espaço para servir refeições aos alunos.
Vi o video. E à partida coloca-se logo um problema muito incómodo:
- E quando chove ? O que acontece a estes miúdos do Básico ?
Pessoalmente, eu preferia criar condições para que um filho meu fosse almoçar a casa. Andar à chuva é que não. ...jámé !
E pelos vistos a distância é suficientemente grande para justificar a ida de autocarro...
São alunos demasiado pequenos para esta solução, como ROTINA DIÁRIA.
Se fossem alunos do Secundário ainda poderia estar de acordo, enquanto não fosse possível de outra maneira.
É a minha opinião. Com toda a sinceridade.
Cumprimentos e um Bom Dia para Si.
Ohh Pézinhos, mas estamos a criar uma cambada de maricas ou quê? Eu na minha altura ia a pé para casa, percorrendo metade da cidade de Caldas da Rainha. Só me fazia bem.
ResponderEliminarNão foi por isso que deixei de um bom aluno. Se calhar é por isso que aprendi a gostar de andar a pé pelas cidades. Se calhar é por isso que não estaciono o carro em segunda fila para ir buscar o pãozinho ou tomar uma bica, mas deixo-o onde encontrar estacionamento correcto.
Tratem-nos como deficientes e eles vão agir como tal...
Não posso estar mais de acordo, caro Rúben Correia.
ResponderEliminarOs meninos começam a ser tratados como deficientes mentais e, assim, dificilmente poderão crescer.
ahahahha .... gostei da espontaneidade da sua pergunta....Caro Ruben Correia ...!!! ...rio-me ...:-))))
ResponderEliminar"bamos lá ber" se a gente se entende...
se os meninos apanharem chuva podem ficar doentes, não podem ?
(... embora eles se divirtam imenso com a chuva ....e adorem colocar os pézinhos nas poças de água)
Mas há necessidade disso ? De apanharem chuva ...? Eu penso que não.
De uma forma ou de outra. Levando a comida de casa, contratando um serviço de catering, etc. etc.....haverá sempre uma solução. Nem que seja provisória, até à desejada e desejável construção da Cantina.
Os pais que não quizerem, que a criança leve a refeição para a Escola, Vão buscá-la para almoçar em casa. Simples !
Devo dizer-lhe que esta rotina de sair com os alunos da Escola à hora de almoço, tem de ser muito bem controlada. Basta pensar nos espíritos malévolos que andam por aí, e que podem aproveitar esta regularidade, esta rotina para assediar algum aluno. O Mundo está cada vez mais perigoso.
Não desviando do tema central.... mas longe vão os tempos, em que se podia deixar as crianças, à vontade, na rua a brincarem umas com as outras...Eu ainda sou desse tempo, felizmente. Brinquei muito na rua, andei de bicicleta com os meus amigos, etc.
esta conversa que começa por uma cantina iria levar-nos agora muito longe sobre a liberdade, a autonomia e a responsabilidade das crianças e dos jovens.
Mas pq o tempo é curto, ... moral da história:
- A cantina faz falta sim, nesta Escola. Porque todas as Escolas devem ter uma Cantina.
os meus respeitosos cumprimentos,
"Longe vai o tempo". E nunca nos interrogamos sobre isso? Achamos todos normal que uma criança não possa ir para casa a pé sem ser roubada/violada/esfaqueada/morta? Fechem-nos em jaulas já agora, assim garante-se que nada lhes pode fazer mal...
ResponderEliminarBTW, tenho 26 anos, por isso o meu tempo não foi assim há tanto. Deve ser do progresso e de tanta inclusão, que estamos assim tão mal.