Parece-me é que andamos num jogo político de "gato e rato".
O PS quer esticar a corda e provocar eleições antecipadas, não hesitando em disparar em todas as direcções para o concretizar, e a oposição foje a sete pés de tal cenário, fazendo equilibrismos sobre o fio da navalha.
O problema é que enquanto tais personagens se deliciam nas artimanhas desse excitante jogo de telenovela o país real se vai afundando, ingovernável, sem soluções e sem rumo.
Este Insatisfeito, se se definir melhor, ainda pode vir a ser alguém neste desgraçado Portugal. Isto é: nem PS nem um PR insípido e titubeante. Aprovar o adiamento do Código Contributivo não adianta. É preciso mais. Que use o PR dos seus poderes, que envie uma mensagem dura ao parlamento. Que fale directamente ao País. Que se assuma desde já como candidato Presidencial com um programa de ruptura com o status quo. Os portugueses segui-lo-ão!
Ricardo Rodrigues, Sérgio Sousa Pinto e agora Strecht Ribeiro. Meros executantes de estratégia orquestrada. Noto que o tom de Francisco Assis, ao contrário dos seus vices, é desprovido de acinte.
Que fará Cavaco nos próximos seis meses? Limitar-se a gerir o silêncio público?
Caro Eduardo F. Já viu algum sorriso a Francisco Assis? Talvez um pouco menos malcriado que os outros que referiu. Cá no norte já lhe foram aos fagotes. Quanto ao PR, não pode limitar-se a gerir o "silêncio público". O País não aguenta mais seis meses do mesmo. Se a única hipótese que resta é o PR e este se limitar a assobiar para o lado, muito sombrio será o futuro de Portugal...
Caro Medina Contreiras, a política está a tornar-se um jogo de crispações e de "sound bytes" que impedem que se discuta com clareza e com firmeza de argumentos o que quer que seja. Os que não gritam nem gesticulam são considerados inexistentes ou em declínio por que ninguém lê mais do que duas linhas nem aguenta uma notícia mais do que dois segundos, se não for tragédia, gaffe ou escandaleira.Por isso restam os diktats,os juízos de valor pessoal sobre quem discorda do que é divulgado como a última verdade absoluta, até próxima oportunidade.E, claro, as crispações decorrentes.Difícil, sem dúvida.
Susana Toscano Concordo consigo na medida em que reconheço, sem dificuldade, que há um clima de muita crispação. Mas, por muito "sound bytes" que haja - e também não duvido disso - pergunto: por que modo é que o País pode acalmar? Estamos endividados, pouco faltando para a bancarrota. Entretanto vamos tratando de casar os homosexuais, essa grande prioridade nacional, sonhando com mais endividamentos, com o maravilhoso TGV para dar emprego de qualidade, tudo fabricado em Portugal...! Não será preferível que o Chefe de Estado, legitimado pelo voto da maioria dos portugueses, usando dos seus poderes, assuma, por uma vez, que pode ter a decisiva palavra para inverter a situação? Acha que é possível continuar a assistir à decadência do nosso País, com o silêncio ensurdecedor do Presidente? Ou esperar antes por uma cuartelada qualquer que varra tudo e todos?
Caro Medina Contreiras, se o nível de ruído baixasse, deixava ouvir o que é importante e que tem sido dito e escrito, também por muita gente. O problema é quando não se quer ouvir…
Faz parte da nossa cultura, infelizmente, o esperar-se que a "autoridade" resolva os problemas da urbe.
E assim corre-se o risco de se esperar, esperar, esperar, que alguma nova autoridade se assuma e se disponibilize para resolver "os nossos" problemas. Ora se alguém despontar será para resolver "os seus" problemas, e não "os nossos".
Enquanto como povo a sociedade não se afirmar, intervindo, definindo e balizando a intervenção dos responsáveis políticos, ao invés de serem os políticos a balizar a sociedade, apenas poderemos queixar-nos de nós próprios, pela nossa inacção.
Porque a democracia não se esgota nos partidos políticos, nem se resume ao acto de votar, a incapacidade da sociedade civil para intervir nas prementes questões nacionais são a causa e a consequência da não resolução dos candentes problemas que nos aflijem e nos preocupam.
Uma tomada de consciência do que resta deste legado de Abril, das esperanças esfumadas e não concretizadas, assim como uma reflexão do que levou a este estado de coisas, será o mínimo que se espera na responsabilidade colectiva que temos - todos nós - no legado de país que deixamos aos nossos filhos e netos.
Ou parafraseando J. F. Kennedy, "não pergunte o que pode o país fazer por si, mas antes o que pode fazer pelo seu país !"
Suzana Toscano O pior é que o ruído não baixa e só por ingenuidade alguém acreditará que o actual governo possa ou queira reverter o "status quo". Da parte da oposição (leia-se PSD) eu diria que estará num estado pré-comatoso. A dra. Manuela Ferreira Leite é a única que tem feito oposição de modo credível e sustentado para um observador imparcial. Mas a Senhora perdeu as eleições e o PSD está tratando de encontrar outro líder. De modo que, estando MFL a prazo, o que se pode esperar? O CDS? Falta-lhe muito para se poder afirmar como alternativa de governo. Por isso, insisto: só o Presidente da República está em condições de, por modo pacífico mas assumido, com um programa de ruptura, se afirmar, desde já, como candidato. Mobiliizaria o eleitorado, falando ao País sem peias nem espartilhos. Diria em voz alta aquilo que quase todos dizem à boca pequena. Depois se veria quem ganhava ou quem perdia. O povo, em nome do qual todos falam, não hesitaria no caminho a seguir. Caro Insatisfeito É verdade que é nosso hábito esperar, esperar até que uma nova autoridade se disponibilize para resolver "os nossos" problemas. Mas em Portugal não há uma verdadeira sociedade civil digna deste nome. Temos palradores e sindicalistas para resolverem os "seus" problemas. Há vozes sensatas fora do leque partidário mas que se contarão pelos dedos da mão. E quem as ouve? O tal ruído de que fala Suzana impede a audição... Estamos nas mãos das cliques partidárias, não temos sociedade civil, não temos hábitos referendários. Tudo é decidido nas nossas costas. De quatro em quatro anos lá vamos, com o nosso voto, alimentar o defunto.. E isto chega-nos? Eu penso que a intervenção do PR não seria para resolver os problemas "dele" mas os do País. Mas se este falhar e não falar alto, alguém - não duvide - falará por ele mas, então, para varrer tudo e todos...
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarParece-me é que andamos num jogo político de "gato e rato".
O PS quer esticar a corda e provocar eleições antecipadas, não hesitando em disparar em todas as direcções para o concretizar, e a oposição foje a sete pés de tal cenário, fazendo equilibrismos sobre o fio da navalha.
O problema é que enquanto tais personagens se deliciam nas artimanhas desse excitante jogo de telenovela o país real se vai afundando, ingovernável, sem soluções e sem rumo.
Cordialmente
Este Insatisfeito, se se definir melhor, ainda pode vir a ser alguém neste desgraçado Portugal. Isto é: nem PS nem um PR insípido e titubeante. Aprovar o adiamento do Código Contributivo não adianta. É preciso mais. Que use o PR dos seus poderes, que envie uma mensagem dura ao parlamento. Que fale directamente ao País. Que se assuma desde já como candidato Presidencial com um programa de ruptura com o status quo. Os portugueses segui-lo-ão!
ResponderEliminarRicardo Rodrigues, Sérgio Sousa Pinto e agora Strecht Ribeiro. Meros executantes de estratégia orquestrada. Noto que o tom de Francisco Assis, ao contrário dos seus vices, é desprovido de acinte.
ResponderEliminarQue fará Cavaco nos próximos seis meses? Limitar-se a gerir o silêncio público?
Caro Eduardo F.
ResponderEliminarJá viu algum sorriso a Francisco Assis? Talvez um pouco menos malcriado que os outros que referiu. Cá no norte já lhe foram aos fagotes.
Quanto ao PR, não pode limitar-se a gerir o "silêncio público". O País não aguenta mais seis meses do mesmo. Se a única hipótese que resta é o PR e este se limitar a assobiar para o lado, muito sombrio será o futuro de Portugal...
Caro Medina Contreiras, a política está a tornar-se um jogo de crispações e de "sound bytes" que impedem que se discuta com clareza e com firmeza de argumentos o que quer que seja. Os que não gritam nem gesticulam são considerados inexistentes ou em declínio por que ninguém lê mais do que duas linhas nem aguenta uma notícia mais do que dois segundos, se não for tragédia, gaffe ou escandaleira.Por isso restam os diktats,os juízos de valor pessoal sobre quem discorda do que é divulgado como a última verdade absoluta, até próxima oportunidade.E, claro, as crispações decorrentes.Difícil, sem dúvida.
ResponderEliminarSusana Toscano
ResponderEliminarConcordo consigo na medida em que reconheço, sem dificuldade, que há um clima de muita crispação. Mas, por muito "sound bytes" que haja - e também não duvido disso - pergunto: por que modo é que o País pode acalmar? Estamos endividados, pouco faltando para a bancarrota. Entretanto vamos tratando de casar os homosexuais, essa grande prioridade nacional, sonhando com mais endividamentos, com o maravilhoso TGV para dar emprego de qualidade, tudo fabricado em Portugal...! Não será preferível que o Chefe de Estado, legitimado pelo voto da maioria dos portugueses, usando dos seus poderes, assuma, por uma vez, que pode ter a decisiva palavra para inverter a situação? Acha que é possível continuar a assistir à decadência do nosso País, com o silêncio ensurdecedor do Presidente? Ou esperar antes por uma cuartelada qualquer que varra tudo e todos?
Caro Medina Contreiras, se o nível de ruído baixasse, deixava ouvir o que é importante e que tem sido dito e escrito, também por muita gente. O problema é quando não se quer ouvir…
ResponderEliminarCaro Medina Contreiras
ResponderEliminarFaz parte da nossa cultura, infelizmente, o esperar-se que a "autoridade" resolva os problemas da urbe.
E assim corre-se o risco de se esperar, esperar, esperar, que alguma nova autoridade se assuma e se disponibilize para resolver "os nossos" problemas. Ora se alguém despontar será para resolver "os seus" problemas, e não "os nossos".
Enquanto como povo a sociedade não se afirmar, intervindo, definindo e balizando a intervenção dos responsáveis políticos, ao invés de serem os políticos a balizar a sociedade, apenas poderemos queixar-nos de nós próprios, pela nossa inacção.
Porque a democracia não se esgota nos partidos políticos, nem se resume ao acto de votar, a incapacidade da sociedade civil para intervir nas prementes questões nacionais são a causa e a consequência da não resolução dos candentes problemas que nos aflijem e nos preocupam.
Uma tomada de consciência do que resta deste legado de Abril, das esperanças esfumadas e não concretizadas, assim como uma reflexão do que levou a este estado de coisas, será o mínimo que se espera na responsabilidade colectiva que temos - todos nós - no legado de país que deixamos aos nossos filhos e netos.
Ou parafraseando J. F. Kennedy, "não pergunte o que pode o país fazer por si, mas antes o que pode fazer pelo seu país !"
Cordialmente
Suzana Toscano
ResponderEliminarO pior é que o ruído não baixa e só por ingenuidade alguém acreditará que o actual governo possa ou queira reverter o "status quo". Da parte da oposição (leia-se PSD) eu diria que estará num estado pré-comatoso. A dra. Manuela Ferreira Leite é a única que tem feito oposição de modo credível e sustentado para um observador imparcial. Mas a Senhora perdeu as eleições e o PSD está tratando de encontrar outro líder. De modo que, estando MFL a prazo, o que se pode esperar? O CDS? Falta-lhe muito para se poder afirmar como alternativa de governo.
Por isso, insisto: só o Presidente da República está em condições de, por modo pacífico mas assumido, com um programa de ruptura, se afirmar, desde já, como candidato. Mobiliizaria o eleitorado, falando ao País sem peias nem espartilhos. Diria em voz alta aquilo que quase todos dizem à boca pequena. Depois se veria quem ganhava ou quem perdia. O povo, em nome do qual todos falam, não hesitaria no caminho a seguir.
Caro Insatisfeito
É verdade que é nosso hábito esperar, esperar até que uma nova autoridade se disponibilize para resolver "os nossos" problemas. Mas em Portugal não há uma verdadeira sociedade civil digna deste nome. Temos palradores e sindicalistas para resolverem os "seus" problemas. Há vozes sensatas fora do leque partidário mas que se contarão pelos dedos da mão. E quem as ouve? O tal ruído de que fala Suzana impede a audição...
Estamos nas mãos das cliques partidárias, não temos sociedade civil, não temos hábitos referendários. Tudo é decidido nas nossas costas. De quatro em quatro anos lá vamos, com o nosso voto, alimentar o defunto.. E isto chega-nos?
Eu penso que a intervenção do PR não seria para resolver os problemas "dele" mas os do País. Mas se este falhar e não falar alto, alguém - não duvide - falará por ele mas, então, para varrer tudo e todos...
Bom Ano!
ResponderEliminarAbç
Rui Fonseca