A propósito da corrupção, foi mais ou menos isto que há pouco ouvi do Professor Diogo Leite de Campos em resposta à pergunta "como se combate a corrupção" (SIC Notícias):
A prevenção da corrupção faz-se com a eficácia da justiça. A dissuasão de actividades de corrupção é dada pela resposta imediata e punitiva do Estado.
É preferível rapidamente condenar um corrupto com dois anos de prisão do que aguardar dez anos nos corredores da justiça para aplicar cinco anos.
Totalmente de acordo. Não é com mais comissões parlamentares - com todo o respeito que me merecem e por melhores que sejam as intenções - nem é com mais produção legislativa - com todo o respeito que me merecem os senhores legisladores - que vamos resolver o problema da corrupção. Enquanto a justiça não funcionar este flagelo irá continuar a desgastar o Estado de Direito.
A prevenção da corrupção faz-se com a eficácia da justiça. A dissuasão de actividades de corrupção é dada pela resposta imediata e punitiva do Estado.
É preferível rapidamente condenar um corrupto com dois anos de prisão do que aguardar dez anos nos corredores da justiça para aplicar cinco anos.
Totalmente de acordo. Não é com mais comissões parlamentares - com todo o respeito que me merecem e por melhores que sejam as intenções - nem é com mais produção legislativa - com todo o respeito que me merecem os senhores legisladores - que vamos resolver o problema da corrupção. Enquanto a justiça não funcionar este flagelo irá continuar a desgastar o Estado de Direito.
Combate-se a corrupção acusando os partidos de receberem dinheiro e os seus militantes de associação criminosa. No dia seguinte sabe-se tudo e resolve-se tudo.
ResponderEliminarCaro Tonibler
ResponderEliminarMelhor dizendo, no dia seguinte sabe-se alguma coisa, mas o suficiente para nada se resolver.
Cara Margarida:
ResponderEliminarSábias palavras as do Professor.
Mas deputado sem novas leis não brilha...
Cara Margarida,
ResponderEliminarDentro das hipóteses simples, temos ainda o Campo Pequeno, levantada por Otelo Saraiva de Carvalho, e os pelotões de fuzilamento. Mas começar por acusar os militantes dos partidos a dizer-lhes que não façam as outras pessoas de burras ao dizer que não sabiam de nada, é um bom começo dentro das opções simples. As outras virão naturalmente com o deixar correr.
Se os Deputados não fizerem leis sobre leis vão dizer que não fazem nada, além de que o método de ir complicando o que parecia evidente até se tornar num novelo incompreensível dá sempre um excelente resultado para que não se mude nada. Por isso proliferaram desde sempre comissões de comissões e coordenações de coordenações, de cujo trabalho (às vezes importante) nunca mais se ouve falar.
ResponderEliminarCaro Tonibler
ResponderEliminarA hipótese Campo Pequeno já lá vai. Mas não faz mal, de vez em quando, lembrar esses tempos.
Pois é, Suzana, bem podemos continuar a fazer leis, algumas delas porventura boas, mas se não as aplicarmos com eficácia não vamos resolver nada.
Sim, Margarida. Sabe que, quando em 92 a polícia espancou num preto em Los Angeles sem saber estar a ser filmada, imaginava que o tempo da guerra já tinha passado. Passados 5 dias, 53 mortos, milhares de feridos e desalojados, chegaram à conclusão que afinal basta uma gota para transbordar um copo.
ResponderEliminarÉ só uma questão de os partidos irem brincando, deitando as "gotas" do pequeno roubo que fazem todos os dias e os seus militantes irem fingindo que não vêm. Vai ver depois que os tempos do Campo Pequeno estão muito mais próximos que aquilo que pensamos. Depois? Depois a segregação dos culpados faz-se da forma mais simples, sem necessidade de julgamentos...
Caro Tonibler
ResponderEliminarO que me preocupa é que a gravidade da situação económica pode abrir feridas grandes ao nível da coesão social, um bem público essencial à estabilidade.
Pessoas sem trabalho, sem dinheiro e sem perspectivas de reversão da situação no curto prazo podem causar problemas de dimensão imprevisível. Já estamos a sentir os efeitos. Somos um País de brandos costumes, mas a definição de brandura tem-se vindo a modificar, como se tem visto nos últimos tempos.