Não bastando a extrema pobreza e miséria em que vivem os haitianos, o Haiti foi devastado pela natureza em fúria, deixando marcas de horror e sofrimento que temos dificuldades em avaliar. A natureza é impiedosa...
Terrível, um horror impossível de imaginar, mesmo perante as imagens mais cruas que os écrans nos mostram, como será possível sobreviver naquele caos de mortos, feridos, desaparecidos e destruição total? No entanto,acabo de ouvir que já vão a caminho várias equipas de salvação enviadas por vários países. A minha homenagem de profundo respeito e admiração pela coragem incrível dessas pessoas que devem sentir tanto medo e incerteza como nós e que, no entanto, superam tudo e aceitam ir para onde o instinto aconselharia a fugir sem olhar para trás. Há pessoas extraordinárias.
Pois é, Dra.Margarida Aguiar, aos pobres até os cães ladram… A vida é assim mesmo, terramotos, catástrofes, amores, desamores, riqueza, dsilusão, acontecem em todo o lado, embora só pareça aconter aos mais necessitados!.. Será que aqui, também, tem aplicação a lei de Murphy!?... Pelo que aqui vem dizendo, cara dra., dá para perceber que é uma pessoa preocupada com o bem-estar dos outros, por isso, a minha admiração! Fique bem...
Como sentimos a nossa “pequenez” perante catástrofes desta magnitude. Não há dinheiro ou poder que consiga travar ou impedir estas tragédias. Apesar da incerteza de como o apoio das comunidades internacionais se irá processar, o interesse é patente e, em circunstâncias como estas, as populações unem-se e esquecem-se das suas divergências e antagonismos. Uma nação de índole caracteristicamente passiva e que tanto tem sofrido no meio de tanta pobreza. Como uns tem tanto e outros tão pouco.
JotaC Recordei-me também (e a propósito do sofrimento desta nação) de parte do poema de Augusto Gil, “Cai a Neve” que me emociona sempre. Nem sei quantas vezes tenho lido este poema e pedido que mo leiam : E descalcinhos, doridos... a neve deixa inda vê-los, primeiro, bem definidos, - depois em sulcos compridos, porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador sofra tormentos... enfim! Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor?!... Porque padecem assim?!
E uma infinita tristeza, uma funda turbação entra em mim, fica em mim presa. Cai neve na natureza... – e cai no meu coração.
A tragédia que devastou o Haiti e que a todos sensibiliza, pela dimensão e o horror, está eminente em qualquer outra parte do mundo. Não é novidade para ninguem as alterações climáticas e as alterações geológicas que estão a ocorrer a nível do globo e que já vêem a ser diagnosticadas desde ha algum tempo por cientistas. Temos assistidos com mais frequência aos alerta das entidades competentes para a ocorrência de fenómenos meteriológicos de maior dimensão e para as possíveis causas dos mesmos. Alguns conselhos são dados às populações, visando evitar que sejam vítimas desses fenómenos. Contudo, muito mais é urgente ser feito, antes que um fenómenos de maiores dimensões ocorra e Portugal seja palco de uma tragédia. Uma das medidas a tomar, tem a ver no meu ponto de vista com o estudo de uma solução a dar aos edifícios em estado avançado de degradação que se encontram espalhados pelas principais cidades do país e que, numa situação de catástrofe, serão certamente os primeiros a ruír, arrastando consigo os que lhe estão contíguos. Agrava esse cenário, o facto de alguns deles se encontrarem habitados. Parece-me ainda ser da maior utilidade pública, a criação de um programa de aconselhamento efectivo do que fazer e das medidas a tomar, onde e a quem as populações se dirigirem, no caso de um fenómeno de grandes dimensões ocorrer. Os fenómenos císmicos e meteriológicos, não são humanamente evitáveis. São contudo previsíveis e essa previsão, permite que sejam programadas, formas de prevenção, simples e práticas o mais possível, de forma a minimizar os danos e as perdas de vidas humanas. Para tanto, só é preciso que não falte a boa-vontade e o sentido de realidade e que os nossos governantes não se lembrem só de Santa Bárbara, quando estalam os trovões.
Ao lado desta inimaginável tragédia os nossos problemas nem pequenos abalos são. Os Estados são, afinal, como as pessoas. Alguns nascem e vivem sem sorte alguma...
Cara Margarida Uma desgraça nunca vem só. Já não bastava o subdesenvolvimento crónico deste povo que tanto sofrimento lhe tem provodado. Enfim,mais um facto histórico, dos que bolem espiritualmente seja com quem for, deixando tragédia e horror. Acabo de ouvir que o presidente terá abandonado o país. Belos políticos estes. Uns governam-se e outros fogem aos seus devres éticos e morais.
Nesse assunto das fugas, também Portugal têm alguma tradição, caro Antoniodosanzóis. Em 1755, quando sucedeu o terramoto, El Rei D. José, deu de fuga do Palácio de Belém, para uns pavilhões que mandou construir em madeira, junto ao Palácio da Ajuda, onde habitou durante alguns anos. Ou seja, deixou de morar num palácio, para passar a morar nas barracas. Em 1808 o Principe regente, mais a família real, deram de fuga para o Brasil, porque o Mr. Junot já vinha no Ribatejo e trazia na vontade prender o herdeiro ao trono. Por isso, o nosso caro Dr. Pinho Cardão, sempre que tem oportunidade, executa a lusa vingança de lhes beber o nectar papal... bem feita!
Agradeço Caro Bartolomeu a sua achega. Isto de fugas, basta ter pernas fortes e um dinheirito a recato. Agora, porque há dois séculos, as fugas eram outras, ou visavam "amores celestiais" o que não deixa de ser romântico,ou derivavam de imperativos de Estado. Uma coisa é certa, por aqui é que é o caminho.
Suzana Está a acontecer uma mobilização à escala mundial para socorrer os haitianos que precisam desesperadamente de ajuda. Para além dos governos e organizações não governamentais que estão na frente das intervenções, também estão a multiplicar-se campanhas de solidariedade em todo o mundo para permitir a cidadãos anónimos ajudar na resposta à catástrofe. Quem é que pode ficar indiferente a esta tragédia humana? Nestes momentos toda a compaixão é pouca para minorar o sofrimento humano e a impotência das vítimas para cuidarem de si e dos outros. Esperemos que agora o mundo também se una para ajudar à reconstrução deste pequeno país até agora esquecido, quase riscado do mapa.
Caro jotaC Quando às catástrofes sociais se juntam as catástrofes naturais os efeitos são arrasadores como nos mostra o pobre Haiti. Fica tudo mais evidente, tudo atinge uma dimensão inimaginável. Parece que a desgraça atrai a desgraça. É um pouco assim. Como é que se pode ficar indiferente a milhares de pessoas sem nada, absolutamente nada, entregues a ninguém? Temos a sorte de não viver nos haitis deste mundo e, também, por isso nestes momentos ficamos muito gratos pelo dom da vida. Também sei que o Caro jotaC pensa assim, não é?
Cara Catarina É verdade, perante estas tragédias percebemos como somos pequenos e como a vida é efémera e tudo é tão relativo. Temos por isso que ser fortes e ser capazes de ajudar os haitianos a superar esta tragédia humana.
Caro Bartolomeu Apesar da magnitude do sismo, o subdesenvolvimento do Haiti amplificou a tragédia. Portugal está numa zona sísmica de risco e já foi fustigado por vários sismos. Temos por isso que trabalhar muito e bem na prevenção, seja na exigência que é colocada na construção de edifícios e infra-estruturas, é fundamental, seja na existência de planos de intervenção em caso de tragédia ou em programas de informação/formação para que o cidadão comum saiba o que deve fazer no caso de a terra tremer. São muito pertinentes as suas preocupações Caro Bartolomeu, mas o que vemos é que este tema não é discutido abertamente e faltam conselhos úteis que as pessoas deveriam conhecer para saberem o que fazer perante um sismo.
Caro antoniodosanzóis Com “governantes” assim que futuro poderiam esperar os haitianos?
Costuma-se dizer “a friend in need, is a friend indeed!”, “Um amigo é para as ocasiões”. É gratificante ver a solidariedade de todas as nações perante a enormidade desta tragédia. Esperemos que estejam bem organizados para distribuir todos os donativos: roupas, alimentos, água, dinheiro, etc. Recordo-me de que quando ocorreram aquelas grandes inundações em Nova Orleães há uns anos, toneladas e toneladas de alimentos, roupas e todos os outros artigos doados ficaram armazenados durante bastante tempo por falta de organização. Aqui pelos meus lados, também foi manifesta a solidariedade dos habitantes. Nem há palavras que consigam descrever o sofrimento daquela gente. Mas a vida continua e continua para que possamos fazer mais e melhor. Mas é aflitivo ver a inércia das entidades governamentais de outros países sujeitos também a estes sismos e a outras intempéries da Natureza...
José Mário É perante estas tragédias que tudo devemos fazer para dar ainda maior sentido à vida, à nossa e à dos outros...
Cara Catarina Esperemos que depois de enterrados os mortos e tratados os sobreviventes, o mundo se coordene para ajudar a reconstruir a destruição e a construir um futuro para o Haiti.
Terrível, um horror impossível de imaginar, mesmo perante as imagens mais cruas que os écrans nos mostram, como será possível sobreviver naquele caos de mortos, feridos, desaparecidos e destruição total? No entanto,acabo de ouvir que já vão a caminho várias equipas de salvação enviadas por vários países. A minha homenagem de profundo respeito e admiração pela coragem incrível dessas pessoas que devem sentir tanto medo e incerteza como nós e que, no entanto, superam tudo e aceitam ir para onde o instinto aconselharia a fugir sem olhar para trás. Há pessoas extraordinárias.
ResponderEliminarPois é, Dra.Margarida Aguiar, aos pobres até os cães ladram…
ResponderEliminarA vida é assim mesmo, terramotos, catástrofes, amores, desamores, riqueza, dsilusão, acontecem em todo o lado, embora só pareça aconter aos mais necessitados!.. Será que aqui, também, tem aplicação a lei de Murphy!?...
Pelo que aqui vem dizendo, cara dra., dá para perceber que é uma pessoa preocupada com o bem-estar dos outros, por isso, a minha admiração!
Fique bem...
Como sentimos a nossa “pequenez” perante catástrofes desta magnitude. Não há dinheiro ou poder que consiga travar ou impedir estas tragédias. Apesar da incerteza de como o apoio das comunidades internacionais se irá processar, o interesse é patente e, em circunstâncias como estas, as populações unem-se e esquecem-se das suas divergências e antagonismos. Uma nação de índole caracteristicamente passiva e que tanto tem sofrido no meio de tanta pobreza. Como uns tem tanto e outros tão pouco.
ResponderEliminarCatarina:
ResponderEliminarPermita.me dizer-lhe que gostei imenso do seu comentário...
Claro que permito JotaC.
ResponderEliminarObrigada.
JotaC
ResponderEliminarRecordei-me também (e a propósito do sofrimento desta nação) de parte do poema de Augusto Gil, “Cai a Neve” que me emociona sempre. Nem sei quantas vezes tenho lido este poema e pedido que mo leiam :
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
- depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração.
Associo a população a esta criança descalça.
A tragédia que devastou o Haiti e que a todos sensibiliza, pela dimensão e o horror, está eminente em qualquer outra parte do mundo.
ResponderEliminarNão é novidade para ninguem as alterações climáticas e as alterações geológicas que estão a ocorrer a nível do globo e que já vêem a ser diagnosticadas desde ha algum tempo por cientistas.
Temos assistidos com mais frequência aos alerta das entidades competentes para a ocorrência de fenómenos meteriológicos de maior dimensão e para as possíveis causas dos mesmos. Alguns conselhos são dados às populações, visando evitar que sejam vítimas desses fenómenos.
Contudo, muito mais é urgente ser feito, antes que um fenómenos de maiores dimensões ocorra e Portugal seja palco de uma tragédia. Uma das medidas a tomar, tem a ver no meu ponto de vista com o estudo de uma solução a dar aos edifícios em estado avançado de degradação que se encontram espalhados pelas principais cidades do país e que, numa situação de catástrofe, serão certamente os primeiros a ruír, arrastando consigo os que lhe estão contíguos. Agrava esse cenário, o facto de alguns deles se encontrarem habitados.
Parece-me ainda ser da maior utilidade pública, a criação de um programa de aconselhamento efectivo do que fazer e das medidas a tomar, onde e a quem as populações se dirigirem, no caso de um fenómeno de grandes dimensões ocorrer.
Os fenómenos císmicos e meteriológicos, não são humanamente evitáveis. São contudo previsíveis e essa previsão, permite que sejam programadas, formas de prevenção, simples e práticas o mais possível, de forma a minimizar os danos e as perdas de vidas humanas.
Para tanto, só é preciso que não falte a boa-vontade e o sentido de realidade e que os nossos governantes não se lembrem só de Santa Bárbara, quando estalam os trovões.
Ao lado desta inimaginável tragédia os nossos problemas nem pequenos abalos são.
ResponderEliminarOs Estados são, afinal, como as pessoas. Alguns nascem e vivem sem sorte alguma...
Catarina:
ResponderEliminarMuito sentido e apropriado, sem dúvida. Obrigado.
Cara Margarida
ResponderEliminarUma desgraça nunca vem só. Já não bastava o subdesenvolvimento crónico deste povo que tanto sofrimento lhe tem provodado. Enfim,mais um facto histórico, dos que bolem espiritualmente seja com quem for, deixando tragédia e horror. Acabo de ouvir que o presidente terá abandonado o país.
Belos políticos estes. Uns governam-se e outros fogem aos seus devres éticos e morais.
Nesse assunto das fugas, também Portugal têm alguma tradição, caro Antoniodosanzóis.
ResponderEliminarEm 1755, quando sucedeu o terramoto, El Rei D. José, deu de fuga do Palácio de Belém, para uns pavilhões que mandou construir em madeira, junto ao Palácio da Ajuda, onde habitou durante alguns anos.
Ou seja, deixou de morar num palácio, para passar a morar nas barracas.
Em 1808 o Principe regente, mais a família real, deram de fuga para o Brasil, porque o Mr. Junot já vinha no Ribatejo e trazia na vontade prender o herdeiro ao trono.
Por isso, o nosso caro Dr. Pinho Cardão, sempre que tem oportunidade, executa a lusa vingança de lhes beber o nectar papal... bem feita!
Agradeço Caro Bartolomeu a sua achega. Isto de fugas, basta ter pernas fortes e um dinheirito a recato. Agora, porque há dois séculos, as fugas eram outras, ou visavam "amores celestiais" o que não deixa de ser romântico,ou derivavam de imperativos de Estado. Uma coisa é certa, por aqui é que é o caminho.
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarEstá a acontecer uma mobilização à escala mundial para socorrer os haitianos que precisam desesperadamente de ajuda. Para além dos governos e organizações não governamentais que estão na frente das intervenções, também estão a multiplicar-se campanhas de solidariedade em todo o mundo para permitir a cidadãos anónimos ajudar na resposta à catástrofe.
Quem é que pode ficar indiferente a esta tragédia humana? Nestes momentos toda a compaixão é pouca para minorar o sofrimento humano e a impotência das vítimas para cuidarem de si e dos outros.
Esperemos que agora o mundo também se una para ajudar à reconstrução deste pequeno país até agora esquecido, quase riscado do mapa.
Caro jotaC
Quando às catástrofes sociais se juntam as catástrofes naturais os efeitos são arrasadores como nos mostra o pobre Haiti. Fica tudo mais evidente, tudo atinge uma dimensão inimaginável. Parece que a desgraça atrai a desgraça. É um pouco assim.
Como é que se pode ficar indiferente a milhares de pessoas sem nada, absolutamente nada, entregues a ninguém? Temos a sorte de não viver nos haitis deste mundo e, também, por isso nestes momentos ficamos muito gratos pelo dom da vida. Também sei que o Caro jotaC pensa assim, não é?
Cara Catarina
É verdade, perante estas tragédias percebemos como somos pequenos e como a vida é efémera e tudo é tão relativo. Temos por isso que ser fortes e ser capazes de ajudar os haitianos a superar esta tragédia humana.
Caro Bartolomeu
Apesar da magnitude do sismo, o subdesenvolvimento do Haiti amplificou a tragédia.
Portugal está numa zona sísmica de risco e já foi fustigado por vários sismos. Temos por isso que trabalhar muito e bem na prevenção, seja na exigência que é colocada na construção de edifícios e infra-estruturas, é fundamental, seja na existência de planos de intervenção em caso de tragédia ou em programas de informação/formação para que o cidadão comum saiba o que deve fazer no caso de a terra tremer.
São muito pertinentes as suas preocupações Caro Bartolomeu, mas o que vemos é que este tema não é discutido abertamente e faltam conselhos úteis que as pessoas deveriam conhecer para saberem o que fazer perante um sismo.
Caro antoniodosanzóis
Com “governantes” assim que futuro poderiam esperar os haitianos?
Costuma-se dizer “a friend in need, is a friend indeed!”, “Um amigo é para as ocasiões”. É gratificante ver a solidariedade de todas as nações perante a enormidade desta tragédia. Esperemos que estejam bem organizados para distribuir todos os donativos: roupas, alimentos, água, dinheiro, etc. Recordo-me de que quando ocorreram aquelas grandes inundações em Nova Orleães há uns anos, toneladas e toneladas de alimentos, roupas e todos os outros artigos doados ficaram armazenados durante bastante tempo por falta de organização. Aqui pelos meus lados, também foi manifesta a solidariedade dos habitantes. Nem há palavras que consigam descrever o sofrimento daquela gente. Mas a vida continua e continua para que possamos fazer mais e melhor. Mas é aflitivo ver a inércia das entidades governamentais de outros países sujeitos também a estes sismos e a outras intempéries da Natureza...
ResponderEliminarJosé Mário
ResponderEliminarÉ perante estas tragédias que tudo devemos fazer para dar ainda maior sentido à vida, à nossa e à dos outros...
Cara Catarina
Esperemos que depois de enterrados os mortos e tratados os sobreviventes, o mundo se coordene para ajudar a reconstruir a destruição e a construir um futuro para o Haiti.