Já se sabe que a realização do Orçamento de 2009 em nada teve a ver quer com os valores orçamentados, nem a evolução da economia com os valores do Quadro Macroeconómico subjacente à formação do PIB, e que estiveram na base da elaboração do Orçamento.
Claro que o Governo não domina a evolução de muitas das grandezas do PIB, mas desvios tão grandes e de sinal contrário não só puseram em causa a competência do Governo e do Ministério das Finanças, como sobretudo a confiança no presente Orçamento para 2010.
Não falando já no défice, que passou de 2,2% para 9,3%, grave foi o desvio verificado no aumento do consumo público, que passou dos 0,2% previstos para 2,6%, bem superior à inflação negativa de -0,8%. Facto que desmente categoricamente a contenção da despesa de que o Governo fala. Mas o investimento passou de um acréscimo previsto de 1,5% para o valor negativo de -11,8%, a procura interna dos 0,9% previstos para -2,9%, as exportações de 1,2% para -12%, o emprego passou de um aumento previsto de 0,4% para -2,9% e a taxa de desemprego dos 7,6% previstos para 9,5%.
Dir-se-á que foi um ano excepcional, devido à crise.
Mas, no que respeita a 2008, o Governo também começou por prever uma diminuição do consumo público de -1,1%, que passou a -0,2% no Relatório de apresentação do Orçamento de 2009 e se transformou num aumento de 1,1%, agora, no Relatório de apresentação do Orçamento de 2010. Mais uma prova do aumento da Despesa Pública. Com referência às mesmas datas, o aumento do Investimento, que começou por ser de 4%, passou a 1,7% e ao valor negativo de -0,7%. E o aumento das Exportações passou de 6,7%, para 2,4% e, depois, para o valor negativo de -0,5%.
No ano de 2007, também se previa uma diminuição do consumo público de -1,3%, que não se verificou, tendo, do mal o menos, a variação sido nula. E o consumo público é uma grandeza que o Governo tem obrigação de dominar e controlar.
É por isso que, face a este passado de erros sistemáticos, o Orçamento para 2010 não pode merecer grande crédito, pese as dificuldades reconhecidas de previsão. Segundo Sócrates, o pessimismo não cria emprego. Já se viu que os orçamentos “falsos” também não. Geram, sim, desconfiança.
Claro que o Governo não domina a evolução de muitas das grandezas do PIB, mas desvios tão grandes e de sinal contrário não só puseram em causa a competência do Governo e do Ministério das Finanças, como sobretudo a confiança no presente Orçamento para 2010.
Não falando já no défice, que passou de 2,2% para 9,3%, grave foi o desvio verificado no aumento do consumo público, que passou dos 0,2% previstos para 2,6%, bem superior à inflação negativa de -0,8%. Facto que desmente categoricamente a contenção da despesa de que o Governo fala. Mas o investimento passou de um acréscimo previsto de 1,5% para o valor negativo de -11,8%, a procura interna dos 0,9% previstos para -2,9%, as exportações de 1,2% para -12%, o emprego passou de um aumento previsto de 0,4% para -2,9% e a taxa de desemprego dos 7,6% previstos para 9,5%.
Dir-se-á que foi um ano excepcional, devido à crise.
Mas, no que respeita a 2008, o Governo também começou por prever uma diminuição do consumo público de -1,1%, que passou a -0,2% no Relatório de apresentação do Orçamento de 2009 e se transformou num aumento de 1,1%, agora, no Relatório de apresentação do Orçamento de 2010. Mais uma prova do aumento da Despesa Pública. Com referência às mesmas datas, o aumento do Investimento, que começou por ser de 4%, passou a 1,7% e ao valor negativo de -0,7%. E o aumento das Exportações passou de 6,7%, para 2,4% e, depois, para o valor negativo de -0,5%.
No ano de 2007, também se previa uma diminuição do consumo público de -1,3%, que não se verificou, tendo, do mal o menos, a variação sido nula. E o consumo público é uma grandeza que o Governo tem obrigação de dominar e controlar.
É por isso que, face a este passado de erros sistemáticos, o Orçamento para 2010 não pode merecer grande crédito, pese as dificuldades reconhecidas de previsão. Segundo Sócrates, o pessimismo não cria emprego. Já se viu que os orçamentos “falsos” também não. Geram, sim, desconfiança.
Por falar, indirectamente, em posturas políticas...
ResponderEliminarTanta gente espantada
por contas descontroladas,
numa postura atada
a ideias assoladas.
Dos palanques iluminados
as rectidões são radiosas,
tantos discursos refinados
por palavras estudiosas.
Nesta elite tão exemplar
dos políticos nacionais
assim avança o propalar
de posturas irracionais.
"E o consumo público é uma grandeza que o Governo tem obrigação de dominar e controlar."
ResponderEliminarQual governo? O português? Aquele que o défice passa de 8 para 9,3% num fim-de-semana? Pois...
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarBreve nota para acrescentar 0,9% à taxa de desemprego em 31.12.09 (foi 10,4%)...conclui-se que meu amigo até foi poupado neste particular.
Caro Tonibler:
ResponderEliminarPois é, o governo português parece que não...Abdicou dessas funções.
Caro Tavares Moreira:
Cingi-me ao número, 9,5%, que aparece no Relatório que acompanha o Orçamento. Sendo o valor de 10,4%, é mais uma prova de como o Orçamento é um exercício de ficção.
Caro Manuel Brás:
No fundo, é a poesia que nos vai salvando...