Admito que tenha sido difícil para o PSD, em plena campanha eleitoral para líder do Partido, viabilizar a Resolução da Assembleia da República que aprova o PEC.
Não por ser um documento do Governo, mas porque é um plano que visa sanear uma situação em que, àparte a crise de 2009, o Governo teve a maior das responsabilidades. E também porque não favorece o crescimento, inclui o aumento de impostos e não considera medidas imprescindíveis para diminuir radicalmente a despesa pública.
Mas votar contra a Resolução do PEC, quando em Bruxelas, mais uma vez, se discutia o PEC da Grécia e o apoio a este país e a Fitch diminuía o rating da República Portuguesa, seria lançar gasolina sobre fogo.
Antes do Partido, está o País, como dizia Sá Carneiro, e ontem Ferreira Leite invocou.
E a nova liderança do PSD, se os cidadãos lhe vierem a dar a confiança para governar num futuro que se espera próximo, poderá alterar a medidas que achar incorrectas no sentido de propiciar a desejada estabilidade e crescimento.
Esteve bem PSD. E mostrou mais uma vez que, nos momentos graves, é o Partido mais confiável.
Estou de uma maneira geral de acordo consigo.Efectuar acordos com esta "gentinha" que nos governa, relativamente à qual se têm de por em causa a competência técnica, mas o que ainda mais importante, a seriedade de métodos e de finalidades a atigir,o uso de eufemismos resolve tanta coisa, o acordo realizado, dizia eu, não terá sido fácil e acarreta riscos e ratoeiras - acordar sem saber à saciedade o contexto geral a discutir é realmente perigoso - acordo que só uma grande coragem viabilizou. Só é pena que o assumir deste gravíssimo risco , quer político, quer social, não seja devidamente compreendido. Entre o cancro ( conjuntura financeira )e a pneumonia ( um Pec penco e sem futuro económico ), não há nada a fazer, escolhe-se o menos mau.
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