Também eu li o que o Pinho Cardão deixou anotado no post anterior. Apareceu pela comissão de orçamento e finanças da AR um personagem, Teixeira dos Santos de seu nome, que disse que "há um risco sério de enfrentarmos dificuldades significativas no financiamento da economia portuguesa, se não formos capazes de dar sinais claros de controlo do deficite e da dívida pública". O mesmo Teixeira dos Santos foi ao ponto de defender um programa alargado de privatizações e a considerar - que o socialismo lhe perdoe a heresia! - a possibilidade de a prazo a RTP (sim, a RTP!) ser privatizada!
Olhando para o personagem, as parecenças físicas com o ministro das finanças são espantosas. Como espantosa é a coincidência do nome. Tal como o ministro também este se chama Teixeira dos Santos. Um caso de gémeos desencontrados desde o útero.
Mas tudo os distingue para lá do nome e da figura. Ao contrário do que defendeu o Teixeira dos Santos que há pouco depôs no Parlamento, o Teixeira dos Santos ministro garantia ainda há alguns meses atrás, à beira de eleições e mesmo depois delas, que a economia portuguesa não corria qualquer risco significativo de financiamento e que até dava sinais de recuperação de fazer inveja a outros. Que o deficite estava controlado e que o endividamento público não lhe dava dor de cabeça alguma porque outros o tinham maior.
Este outro Teixeira dos Santos que fez de advogado do PEC junto dos deputados, é notoriamente mais bota de elástico.
Quem o ouve a defender a necessidade do PEC para vencer a voracidade financeira do Estado, para diminuir a hemorragia da dívida e para credibilizar o País junto do mercado e das instituições internacionais, não pode deixar de admitir que, nesta nova versão bíblia socialista, Abel e Caim são irmãos gémeos.
Mas, no final, será Abel a matar Caim, ou o contrário?
Não esperemos para ver...
Bem apanhado!...
ResponderEliminarQuem mata quem? Tem dias...
Mas não tenho dúvida de que, de zigue-zague em zigue-zague, de combate em combate, nenhum deles vai sair bem da "estória".
Acontece que, entretanto, um e outro, e passando por heróis, nos vão atormentando a nós...
Era bom que houvesse alguma vergonha, em Portugal.
ResponderEliminarQual deles, será o maestro??????
cá para mim, acabam por se engolir mútuamente... o que não deixa de ser um exercício excitante... no mínimo.
ResponderEliminarDupond e Dupont, caro F. Almeida?
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro JMFAlmeida
ResponderEliminarA questão crucial e que, de uma certa forma o Dr Medina Carreira alude, é a seguinte:
por quanto tempo poderemos financiar os compromissos do Estado?
Este Governo anda a dizer que podemos financiá-lo por mais de uma geração....
Os factos começam a não lhe dar razão.
Nesse sentido trata-se apenas de uma questão de tempo até ser insustentável a posição do executivo....
No processo vamos assistir a alguns "homens bons" serem devorados....
Cumprimentos
joão