Foto 1 - Família curiosa de Rock Dassies; Foto 2 - Purple Roller; Foto 3 - Girafa; Foto 4 - Zebras; Foto 5 - Gnu; Foto 6 - Springbok
Dia 7, madrugada. Despertar com um esplendoroso nascer-do-sol. No céu, tons de um vermelho vivo que contrasta com o verde da floresta, húmida de mais uma noite de chuva. Pequeno almoço com muita fruta, o dia vai ser de novo muito quente apesar da enganadora frescura da manhã. Charles, o nosso simpático guia bosquímano, espera-nos às 7 horas na Andersson Gate, hora de abertura do Etocha Park.
Depois das várias recomendações (a mais repetida, não sair do veículo seja qual for a circunstância), à esperada pergunta sobre o que iríamos encontrar, Charles responde simpaticamente que veríamos aquilo que a natureza nesse dia decidisse mostrar-nos. Fizemos votos para que a natureza não fosse avara e retribuísse os 2000 km percorridos com o que no nosso imaginário esperávamos encontrar. E retribuiu. Apesar de alguns animais se encontrarem em migração para norte pois se insinua a estação seca por estas paragens – caso dos elefantes –, a verdade é que a visita se mostrou pródiga de revelações. Até o elefante acabou por se mostrar. Ao longe, é certo, protegendo-se no meio da vegetação do imenso calor que então se fazia sentir. Mas deu para sentir aquela emoção outrora experimentada no Kruger Park há uns anos atrás. Umas horas antes, um casal de leões muito perto do veículo, descansando. Enormes manadas de várias espécies de antílope, gnus, zebras, girafas, javali africano. Pequenos e grandes mamíferos, aves de porte majestoso ou de fantásticas cores. Sucessão de mosaicos de flora própria dos pântanos efémeros, alternando com espécies da savana do sudoeste africano.
Dificilmente imagens ou palavras conseguem reproduzir ou descrever. Só mesmo colocando ali os sentidos, todos os sentidos, para que na alma, mais do que na memória, fiquem para sempre impressas as sensações...
Depois das várias recomendações (a mais repetida, não sair do veículo seja qual for a circunstância), à esperada pergunta sobre o que iríamos encontrar, Charles responde simpaticamente que veríamos aquilo que a natureza nesse dia decidisse mostrar-nos. Fizemos votos para que a natureza não fosse avara e retribuísse os 2000 km percorridos com o que no nosso imaginário esperávamos encontrar. E retribuiu. Apesar de alguns animais se encontrarem em migração para norte pois se insinua a estação seca por estas paragens – caso dos elefantes –, a verdade é que a visita se mostrou pródiga de revelações. Até o elefante acabou por se mostrar. Ao longe, é certo, protegendo-se no meio da vegetação do imenso calor que então se fazia sentir. Mas deu para sentir aquela emoção outrora experimentada no Kruger Park há uns anos atrás. Umas horas antes, um casal de leões muito perto do veículo, descansando. Enormes manadas de várias espécies de antílope, gnus, zebras, girafas, javali africano. Pequenos e grandes mamíferos, aves de porte majestoso ou de fantásticas cores. Sucessão de mosaicos de flora própria dos pântanos efémeros, alternando com espécies da savana do sudoeste africano.
Dificilmente imagens ou palavras conseguem reproduzir ou descrever. Só mesmo colocando ali os sentidos, todos os sentidos, para que na alma, mais do que na memória, fiquem para sempre impressas as sensações...
José Mário
ResponderEliminarImagino as sensações maravilhosas perante a natureza generosa, cheia de belezas, qual delas a mais bonita, e de encantos, qual deles o mais surpreendente.
São descobertas e emoções que fazem bem à alma e que de certeza perdurarão pela vida fora. Tê-las ou não fará muita diferença.
Pode crer, José Mário, que fico cheia de vontade de fazer a mesma viagem. Tudo é muito fascinante, incluindo o espírito de aventura e uma certa libertação!
E uma certa libertação, Margarida, diz muito bem.
ResponderEliminarRegressado há pouco, perante o que ouço e leio acerca do que se vai passando pelo burgo, a vontade é de voltar para a paz do deserto...
"...um casal de leões muito perto do veículo, descansando...".
ResponderEliminarNem quero imaginar o que poderia acontecer ao 4R se os bichos não estivessem cansados...
Bom, mas leão já não é o que era. Por cá, também anda tão mansinho, que até faz dó!...Mas prometeu um enorme e assustador rugido para amanhã, para festejar o depenar da águia!...Vamos lá a ver!...
O meu caro Pinho Cardão é daqueles que pensa - desinteressadamente, claro - que enquanto houver vida no leão, haverá esperança no dragão.
ResponderEliminarVamos ver. Pode ser que tenhamos uma alegria - pequena compensação, todavia, por uma época para esquecer - como a que vivemos há semanas em Alvalade.
Um autêntico desfile de beldades! :)
ResponderEliminarCaro JMFA:
ResponderEliminar"Enquanto houver vida no leão, haverá esperança no dragão"!...
Grande tirada!...
Reparo agora que o Zé Mário já regressou à Pátria, se por um lado é uma pena porque estávamos embrenhados nas maravilhas da Namíbia e nos seus belos relatos e fotogradfias, por outro fico muito contente por os termos recuperado para a animação local. Obrigada pela "boleia" até África!
ResponderEliminarÉ verdade, Suzana. Cá estou eu, sobrevivente desta gostosa e recomendável expedição.
ResponderEliminarFui aqui deixando testemunho - para mim brevissimo, para os leitores do 4R porventura por demais extenso - de uma viagem inesquecível a um País surpreendente, que demonstra que nem toda a África está condenada à miséria e ao insucesso. Ali, num território em boa parte ocupado por deserto, multiracial e multietnico, liberto há muito pouco tempo de complexos sociais e tutelas políticas ilegítimas, respira-se segurança e têm-se consciência do valor da sustentabilidade. Para além da beleza de paisagens esmagadoras e de toda a agitação dos sentidos que provoca, a Namíbia pareceu-me ser, no contexto africano, um caso sério de êxito pelo caminho de paz social que soube encontrar em vinte anos de independência.
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarOra aí está um final feliz!...