É realmente espantoso ler alguns artigos de opinião, declarações e argumentos sobre a vinda do Papa a Portugal e a concessão de tolerância de ponto no dia em que estará em Lisboa e no dia 13 de Maio. Geralmente vindos de uma certa esquerda “esclarecida” que sempre se chega à frente para falar do “povo” e das injustiças e calamidades que os maus e insensíveis insistem em não querer ver, arrogam-se agora o direito de decretar que a visita devia ser ignorada, reduzida a uma visita de Estado como as outras, umas linhas no jornal e uma mordaça na boca e no entusiasmo ou mesmo na paixão dos crentes. E não só dos crentes, mas de todos os que reconhecem o Papa como o chefe da Igreja Católica e o guia espiritual de milhões e milhões de pessoas, que o olham com respeito e veneração, muito mais do que o que é devido a um Chefe de Estado ainda que seja do maior país do mundo.
Portugal é um país católico e isso não significa que o Estado se confunda com a religião, mas significa com certeza que o Estado não pode ignorar a religião professada pelos seus cidadãos e que impregna a nossa cultura e os nossos valores há séculos e séculos. Reconhecer a importância que a visita do Papa tem para a grande maioria dos portugueses não é nenhum acto de Fé oficial, é uma decisão de puro respeito que a mais elementar sensibilidade política tinha que entender. Esses teóricos de um estado imune a contaminações religiosas agarram-se à bíblia constitucional, a tábua das Leis ditada para organizar sociedades e não para comandar os espíritos, muito mal estamos quando se pensa que toda a essência de um povo se esgota nas regras das leis feitas pelos homens. Nada impede que quem assim não sente vá trabalhar arduamente nesses dias, feche as janelas, a rádio e a televisão e declare que não vive neste País de atrasados agarrados a uma fé que os seus elevados intelectos consideram absurda. Mas não é isso que lhes serve, não lhes basta serem livres de escolher, precisam que os outros se submetam, que não se manifestem, que rezem às escondidas lá em casa. O que lhes servia mesmo era o fingimento de um dia como os outros, a arrogância de ignorar, a falta de caridade de proibir. Caritas, como ensina a encíclica, o amor pelos outros, é o que falta a tanta teoria da modernidade. Como se o povo e a sua fé alguma vez se vergassem a esta prepotência bem pensante, cheia de lógicas a regra e esquadro, mas vazia de humanidade.
Portugal é um país católico e isso não significa que o Estado se confunda com a religião, mas significa com certeza que o Estado não pode ignorar a religião professada pelos seus cidadãos e que impregna a nossa cultura e os nossos valores há séculos e séculos. Reconhecer a importância que a visita do Papa tem para a grande maioria dos portugueses não é nenhum acto de Fé oficial, é uma decisão de puro respeito que a mais elementar sensibilidade política tinha que entender. Esses teóricos de um estado imune a contaminações religiosas agarram-se à bíblia constitucional, a tábua das Leis ditada para organizar sociedades e não para comandar os espíritos, muito mal estamos quando se pensa que toda a essência de um povo se esgota nas regras das leis feitas pelos homens. Nada impede que quem assim não sente vá trabalhar arduamente nesses dias, feche as janelas, a rádio e a televisão e declare que não vive neste País de atrasados agarrados a uma fé que os seus elevados intelectos consideram absurda. Mas não é isso que lhes serve, não lhes basta serem livres de escolher, precisam que os outros se submetam, que não se manifestem, que rezem às escondidas lá em casa. O que lhes servia mesmo era o fingimento de um dia como os outros, a arrogância de ignorar, a falta de caridade de proibir. Caritas, como ensina a encíclica, o amor pelos outros, é o que falta a tanta teoria da modernidade. Como se o povo e a sua fé alguma vez se vergassem a esta prepotência bem pensante, cheia de lógicas a regra e esquadro, mas vazia de humanidade.
Cara Suzana,
ResponderEliminarA forma como o estado português destrói 1% do PIB (2 dias de trabalho em 200 e poucos, é simples) na visita de um líder religioso estrangeiro é uma ofensa àqueles que, como eu, pagam impostos. Não entendo como se pode andar a condenar os gastos absurdos e depois usar 1% da riqueza produzida para pagar crendices validadas apenas pela cardinalidade dos crentes.
E nem sequer entrei na enorme vergonha, que sinto enquanto português, de se violar a lei fundamental desta forma absurda. Ela existe para todos os portugueses sejam defendidos contra o todo dos portugueses, mas como isto é um país africano com instituições da treta, leis fundamentais é mesmo para deitar no lixo...
Este post,lido ao contrário, com excepção da imagem, faz todo o sentido.
ResponderEliminarE além disso, a visita do Vigário de Cristo na Terra é uma excelente oportunidade para a pré campanha eleitoral do Fidelíssimo Presidente da República: visibilidade, sentido místico e vocação profunda para auscultar os mais sagrados e profundos anseios do Povo Português.
Esperemos bem que Cavaco ore por todos nós, pobres ímpios a quem a Fé não tocou. Também espero ver Sócrates a persignar-se.
Coitado do Dalai Lama, que nem direito teve a uma audiência!
Onde irei estacionar o meu vélhinho carocha?
Tonibler, uma vez que o caro comenta tambem para ser lido e, entendido não só pelos autores do quarta, sinto-me autorizado a manifestar a minha opinião.
ResponderEliminarÉ manifesta a maioria religiosa, tradicional, no nosso país.
Desde a fundação, o nosso é um país católico, enraizadamente católico. É tambem Mariano, é também o porto do Graal, é tambem a terra do Espírito Santo.
São poucos os locais no mundo, que reunem tantos sinais religiosos e... espirituais.
Concordo consigo, se aquilo que escreve tem o sentido de afirmar que somos um povo mais católico, que Cristão, talvez por uma questão de cultura, de um ancestral feudalismo, de largos periodos de despotismo governamental. Desde os nossos primeiros reis, até aos actuais dirigentes que o supremo político se entrelação e obedeceu ao supremo da igreja.
Contudo, é fundamental respeitar os valores religiosos da maioria dos cidadãos indígenas, e esses, sabemos bem, que ´são os católicos.
Poderão ser considerados por muitos, tal como o Tonibler "crendices", mas não deixam de constituir os parâmetros orientadores da maioria.
Agora... relativamente à questão do 1% e, dado que o Tonibler gosta de fazer contas, pense quanto irá o estado poupar, com as tolerâncias de ponto:
Água, luz, telefone, equipamentos, consumíveis, trabalho extraordinário, etc.
E então, com o encerramento das vias de circulação e a consequente não utilização das viaturas do estado, veja bem quanto é que pode ser poupado.
Para além de que, aqueles a quem não interessa ver o Papa, aproveitam para dar uma volta, almoçar fora, ir ao cinema, etc.
Pode fácilmente calcular-se o que iré representar em termos de entrada de impostos, esta folgazinha.
Olhe que, feitas bem as contas, o nosso primeiro ministro ainda é capaz de decretar a tolerância de ponto, todas as quarta-feira de cada mês, ou segundas, ou sextas... isso é que era...
Caro Tonibler:
ResponderEliminarNunca vi glorificação tamanha do papel do Estado na produção. Ao que sei, tolerância de ponto foi dada apenas aos funcionários públicos. Se, pelas suas contas, essa tolerância de ponto destrói 1%do PIB em 2 dias, tal significa, também pela sua matemática, que o Estado é o único agente da actividade económica. A actividade económica privada nada produz, tornou-se um total parasita do Estado. É uma boa teoria à qual os mais encarniçados partidos comunistas irão, com certeza, beber.
Enfim, caro Tonibler, uns hoje, outros ontem ou amanhã, todos temos direito a uma asneira. E, se inofensiva, como a do meu amigo, tanto melhor. Apenas um mau momento...Malandro Papa, que assim tolda os melhores espíritos...
PS: Tolerância de ponto nãosignifica falta, pelo que a imensa maioria dos portugueses funcionários públicos que não se revêem no Papa ou noutro qualquer chefe espiritual irão trabalhar ainda com maior denodo para evidenciar o seu laicismo e a inoportunidade da tolerância de ponto. Pelo que estimo que o PIB possa subir vertiginosamente nesses dias.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarMais que maioritariamente católico, o nosso país é maioritariamente de esquerda, maioritariamente caucasiano e maioritariamente benfiquista. Podemos pegar na história da igreja católica, quer em Portugal quer no resto do mundo, não para lhe louvar os valores - que são comuns às igrejas cristãs todas - mas para a tratar da mesma forma que o partido nazi alemão. Os países maioritariamente católicos são, historicamente, os mais atrasados cientifica, tecnologica e culturalmente. Portanto, argumentos desses, meu caro, não vencem. É por isso que os países civilizados protegem as minorias contra as maiorias e, curiosamente, a religião é um temas mais importante. Mas isso é nos países civilizados, onde a defesa de constituição não é feita por quem acha que ela serve como papel higiénico. Como português, esta visita do papa, que terá a importância que os católicos quiserem dar e para a qual eu me estou nas tintas(posso? será?), demonstra aquilo que somos - um pequeno país incivilizado do 3º mundo com instituições corruptas e inúteis.
Caro Pinho Cardão,
É verdade. Por isso,segunda feira, nós os Benfiquistas exigimos do estado a tolerância de ponto para que os benfiquistas possam louvar a conquista do campeonato. Na terça feira já há a do papa, portanto na quarta, nós os caucasianos, queremos festejar a superioridade da nossa raça e exigimos do estado a tolerância de ponto para que possamos ir ofender os pretos no meio da rua. Quinta feira, papa outra vez. Sexta-feira, tolerância de ponto outra vez, para que nós os esquerdistas possamos festejar a luta dos trabalhadores e gozar com os desempregados.
Assim fazemos a grande semana das maiorias e, afinal, só fazem tolerância de ponto os que querem.
A chatice é que pagamos escolas públicas para que as crianças tenham escola, mas os pais não podem ir trabalhar porque as crianças vai ficar dois dias em casa, que como já têm aulas a mais são cerca de 3% das aulas que reduzimos. Nada de especial. Também podemos fechar as escolas no dia do Benfica, da raça branca, etc...Afinal, não se pode perder grande coisa
É-me um tanto difícil compreender os seus argumentos, Tonibler.
ResponderEliminarA mistura de razões que apresenta, não casam, nem "entram" na minha capacidade de entendimento.
Lamento...
Vou fazer um comentariozinho... levantando o meu lenço branco bem alto.
ResponderEliminarLeio os comentários de qualquer post (mesmo não sendo a minha área específica... Bem, vendo bem as coisas, até nem me considero especialista em nenhuma especialidade :)... e, evidentemente, tenho a minha opinião acerca dos comentadores mais assíduos, onde incluo o caro Tonibler. Aprecio o seu poder de análise, as suas opiniões certeiras – segundo os entendidos deste blogue – e a sua forma de se expressar. Mas este agora com tanto cepticismo, com tanto desprendimento é que me apanhou de surpresa. Catolicismo e nazismo.... quer dizer...
Oh, Tonibler!...
ResponderEliminarMas deixe lá, mesmo um sujeito brilhante, como o meu amigo, tem dias desgraçados. Hoje é mesmo um dia não!...
Cara Suzana:
ResponderEliminarPost pleno de oportunidade, de sensibilidade e sentido cívico, separando as águas, mas apontando convergências, acentuando aspectos históricos e culturais que fazem a nossa identidade, enquanto comunidade e povo e nação. Um estado laico, que defendemos, é um estado de cidadãos, a quem não pode ser negada a faculdade de se manifestar livremente.
Vasco Pulido Valente, hoje, no Público assina um notável artigo sobre a vinda do Papa.
Manifesta-se ateu, nem sabe bem o itinerário, nem o calendário dos festejos.
Mas diz "não partilho a indignação da gente...que vê na solicitude do Estado com o Papa uma agressão ao laicismo constitucional...Num país que admite e protege qualquer espécie de manifestação, não acho, nem despropositado, nem excessivo, que se faça o mesmo com Bento XVI." .E continua:
"O que há de novo é o azedume do laicismo moderno. Mais precisamente: do ateísmo moderno, que se julga científico e absoluto. A democracia tolera o mundo inteiro. Só não tolera a Igreja Católica e, em especial, Bento XVI, provavelmente porque nunca o leu. Ou talvez porque o leu".
Dois belos e bem fundamentados textos, o da Suzana e o do VPV.
Texto do VPV:
ResponderEliminarhttp://jornal.publico.pt/pages/section.aspx?id=64738&d=08-05-2010
O facto de alguém, seja da direita iluminada, seja da esquerda esclarecida, opinar sobre os excessos postos à disposição nesta visita papal não me espanta, como também não me espanta o marketing bem orquestrado feito nas televisões a exacerbar as qualidades intrínsecas de humanidade e bondade deste papa, até agora desconhecidas pela maioria dos portugueses, principalmente daqueles portugueses sempre ensanduichados entre iluminados e esclarecidos…
ResponderEliminarInvocar a nossa ancestralidade católica para justificar tanto aparato, não me parece argumento sobremaneira importante, nem sequer necessário, pois todos sabemos como o catolicismo vingou por esse mundo fora. Felizmente, em Portugal, nas últimas três décadas, a clarividência de alguns governantes libertaram-nos de obrigações protocolares, que mais pareciam “amarras” seculares, obscurantistas e ridículas…
Obviamente que este comentário não pretende discutir questões de fé, essa, cada um de nós, em liberdade, professa a que quer…
Posto isto, a vinda do Papa Bento XVI a Portugal deveria ser, a meu ver, igual à visita de um chefe de estado estrangeiro, com a particularidade de ser chefe de uma religião professada por muita gente mas que não justifica, de todo, tanto dispêndio de sinergias, incluindo a dos não católicos.
"Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."
ResponderEliminarMariquices que os estrangeiros inventam e nós metemos nas leis para eles pensarem que somos brancos. Pois se até o presidente da república, que jurou defender isto, assobiou para o lado como se não fosse nada com ele, realmente só pode ser um mau dia dos meus...
Como Católica praticante não posso deixar de manifestar o meu desacordo pelas palavras "ocas" que aqui foram proferidas por alguns, pois, demonstram uma total falta de respeito por quem é crente, assumido-se como os detentores da verdade absoluta!!!
ResponderEliminarMais a mais não há nenhuma proibição a que as pessoas trabalhem neste dia, por isso, não entendo tanta polémica à volta da tolerância de ponto . Ou será que, também, já é moda por a religiosidade em causa?
"Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
ResponderEliminarCatólico praticante não indica um grupo oficialmente estabelecido na Igreja Católica. Mas a expressão é usada em oposição ao termo católico não-praticante, ao designar aqueles católicos que praticam sua religião de forma mais completa. Essas definições estão sujeitas a certa dose de subjetividade, pois não existe um critério claro ou consensual para distinguir entre católicos "praticantes" e "não-praticantes".
Esses termos estão sendo empregados porque, hoje, não é raro encontrar católicos que afirmam ser adeptos da religião e chegam a freqüentar cerimônias como casamentos e batizados, mas que não tomam parte regularmente de ritos considerados obrigatórios, (como a missa aos domingos), e que raramente recebem algum dos sacramentos"
Cara maria joão, permita-me que lhe diga: não leio aqui nada contra os crentes!...o que eu leio são opiniões sobre a visita a Portugal do Papa Bento XVI...
ResponderEliminarCara Maria João,
ResponderEliminarSe não for particularmente doloroso para si, eu, que acho que Bento só houve um e era guarda-redes do Benfica e que Jesus vai ganhar o campeonato, sugeria-lhe que fosse crente com o seu dinheiro e não com o meu. Quer ir ver o papa, meta férias! Foi o que eu tive que fazer esta semana para estudar ciência e, por isso, também vocês o podem fazer para...fazer isso que vocês fazem!
Já não basta arrastarem-me para dentro da vossa igreja, ainda me vêm pedir que seja eu a pagar?!?!?...Que país, este. Estou definitivamente a tornar-me anti-católico por reacção.
Há mais que um Bento e mais que um Jesus. Quer os aceitemos ou não como o Chefe da Igreja Católica e Deus, respectivamente, devemos, como membros de uma sociedade civilizada que somos (vamos, desta vez, omitir as tristes figuras que os adeptos do futebol demonstram), respeitar o que Eles representam e a quem neles acredita. Até agora não li propriamente nada que demonstrasse desrespeito.
ResponderEliminarUm não-católico opor-se-á a contribuir com o seu dinheiro para uma Visita desta natureza. Outros opor-se-ão a Cimeiras, a Mundiais e visitas de Chefes de Estado e por aí fora... no fim, mais tarde ou mais cedo, todos contribuem, de certa forma, para o que não estão interessados... Desta vez, é a visita do Papa, para a próxima poderá ser a Cimeira da Nato e quem sabe se daqui a uns anos, a Cimeira dos G20.
Catarina,
ResponderEliminareu sou contra pagar todos, mas se há uns que o tenho que fazer porque assim é a decisão dos representantes eleitos pela vontade democrática, não há lei mais importante do que aquela que impede os representantes democráticos de me fazer pagar este circo. Há mesmo alguém que é eleito para que isto não aconteça, se isto fosse um estado de direito, claro, e não um sítio onde os políticos se banham na sua impunidade criminosa.
Está visto que ao código pelo qual o Tonibler se rege, preside um único valor, o material.
ResponderEliminarMas, Tonibler, por muito que lhe custe admitir, outros valores preponderam, extra essa sua rígida bíblia.
Um deles, de menor qualidade na nossa sociedade e usualmente esquecido, tolerância.
Este esquecimento recorrente, tem dado azo a que a mesma humanidade que a apregoa e pela qual se bate hà séculos, a esqueça sistemáticamente.
Quanto a isto, parece que corremos dentro de um labirinto infinito, tentando desesperadamente encontrar-nos a nós mesmo.
Será esta a nossa essência?
O mar corrupto tem muitos banhistas, isso é verdade. Que fazemos parte, por vezes, de um público cirquista, (acho que esta palavra não existe..) também. Para a grande maioria dos católicos, esta visita papal é importante. O pequeno comércio vai, de certo, beneficiar. E todos os gastos fossem estes...
ResponderEliminarE se o riquíssimo Estado do Vaticano contribuisse com “algum” quando as visitas papais fossem efectuadas em países de recursos limitados?
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarO bom da minha bíblia é que é minha. Só que ao contrário do meu caro, não o faço pagar por ela, nem exijo que o meu caro a siga. É simples, é só isso que quero. Até porque se eu pago por ela começo a ter direitos sobre ela e a minha opinião sobre a igreja católica é que só nos países atrasados e governados por gente pouco dotada e desrespeitadora DOS DIREITOS HUMANOS é que ela ganha algum protagonismo.
Se calhar não deveria ter opiniões negativas sobre a igreja ou sobre o seu chefe que está acusado de cumplicidade em abusos sexuais de crianças surdas, mas já que pago por um prato que insistem que eu coma, então tenho que dar a minha opinião. Satisfeitos?
Cara Catarina,
A vitória do Benfica é muito mais importante e o Benfica tem muito mais adeptos. E depois?
Caro Tonibler,
ResponderEliminarE depois? Depois, nada!
Viva o Benfica!
Assim é que é Catarina! Viva o Benfica!
ResponderEliminar:)
Não sei de onde lhe vem tanta certeza acerca da minha intenção de o fazer pagar, Tonibler, seja pelo que for.
ResponderEliminarNão creia que sou de acordo com a actuação da igreja católica, sobretudo naquilo que me parece ser, o incumprimento da sua missão apostólica, e o desvio doutrinal.
Mas não consigo concordar inteiramente com o seu ponto de vista, quando afirma pagar por um prato que não deseja cheirar, tão pouco comer.
Tonibler, vivemos em sociedade, uma sociedade prene de vicissitudes, algumas delas imutáveis e todas naturalmente próprias da sociedade em si mesma. Por tudo isto, a catarse social, é algo que me parece absolutamente impossível de alcançar.
Caro Toniber,
ResponderEliminarNas suas palavras "vejo" alguma frustração, mas, não o conheço para poder avaliar se estou certa ou errada!!!
Contudo, de uma coisa tenho a certeza: pensa que é o dono da verdade!!! e que quem não concorda consigo são, simplesmente, atrasados.
Pois bem, fique sabendo que eu vou trabalhar no dia 13 de Maio e que na manhã do dia 14 estarei de férias para assistir à celebração da Eucaristia na Avenida dos Aliados pelo Santo Padre Bento XVI.
Quanto à vitória do Benfica penso que o País não ficará mais rico por isso, antes pelo contrário, com as bebedeiras de hoje, serão muitos os adeptos que amanhã não irão trabalhar e, isto sim, é que é atraso....
Cara Maria João,
ResponderEliminarEu não penso que sou dono da verdade, eu sou o dono da verdade. Na realidade, também a Maria João o é. Chama-se constituição e foi combinada entre "nós todos" de forma a que nenhum arrastasse o outro nas suas crendices e reza:
"Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."
Nos países civilizados existe há 200 anos, cá apenas há 35, mas eu chamo-lhe respeito pela liberdade, os sujeitos a quem chama santos chamam-lhe a "ameaça da secularização". E o respeito pela liberdade de cada obriga o estado a não envolver recursos públicos em eventos religiosos que possam ofender as pessoas, como a igreja católica me ofende profundamente. Entre os recursos públicos utilizados, como ruas e praças, o estado português ainda vai ao desplante de envolver 1 dia dos seus empregados. Tudo isto é dinheiro do meu para irem assistir a não-sei-quê de alguém acusado de cumplicidade em abusos sexuais de crianças surdas, de ter condenado Galileu, de ter morto milhões de judeus, etc. Querem ser lá aquilo que querem ser, não o sejam com o meu dinheiro. Só isso.
Caro Toniber,
ResponderEliminarAs acusações que faz são muito graves!!!
Qualquer pessoa merece ser respeitada. As suas afirmações até se tornam ridículas!!!
Mais a mais, devia estar mais preocupado com o que se está a passar no nosso País com as empresas públicas do que a ofender quem acredita na Igreja Católica, que tanto tem feito pela nossa Sociedade.
Estou a ver os Prós & "Contras":
ResponderEliminarPró Papa, Pró Papa, Pró Papa, Pró Papa....
E há quem se insurja contra o "fundamentalismo" anti-papa! E faça disso um post Bloger!
Neste momento estou a assistir à homilia do Marcelo. Ainda não vi Mons Cesarneves.
Bem fiz eu lendo "às avessas" o post.
A professora de dicção, Glória de Matos e a Senhora Galrito também foram convidadas!
Será que a visita do Papa é vista como tábua de salvação socrática?
Será, Fernando Pobre?
ResponderEliminarImaginemos... um tabuleiro de xadrez...
o objectivo neste jogo, é fazer com que a última jogada... "decrete" o xeque-mate ao rei.
Para que se chegue a esse "ponto", diferentes combinações de movimentos se podem utilizar, contando sempre com dois aspectos incontornáveis, a posição das peças nas "casas" e o sentido em que é possível moverem-se.
Assim, temos em primeiro plano e maior número, os peões. Esses palermas só podem mover-se para a frente, um quadradinho de cada vêz, excepto a primeira. As torres, poderão movimentar-se da esquerda para a direita, e-ou vice-versa mas, nunca na diagonal. O cavalo, como "endiabrado" que é, anda por ali aos saltos, duas para a frente (ou para trás), uma para o lado e vice-versa. Os senhores bispos, matreiros, podem mover-se para qualquer lado, desde que... na diagonal, nunca, mas mesmo nunca, de frente. A única que pode mover-se em todos os sentidos, é a raínha mas, atenção... nunca desprotegida. No meio de toda esta dança, o único que fica mais limitado é o rei. É verdade! Esse artolas, está completamente limitado nos seus movimentos, dos quais, os mais ousados, são unicamente o grande e o pequeno roque, que lhe permite (sob certas condições) trocar de posição com a torre da ala da raínha, ou com a torre da sua ala, respectivamente.
Ainda se o rei branco, se pudesse encontrar furtivamente a um cantinho do tabuleiro com a rainha preta... ou vice-versa...
Poder, podia, mas não era a mesma coisa! Rei branco em casa preta, rainha preta em casa branca. Nesta situação, o Rei pode ser comido pela rainha, pois pode avançar em qualquer latitude e longitude do tabuleiro. Comer o Rei branco ou "matá-lo, de cheque, será possível, mas um Papa, não! Este Papa não se deixa papar.
ResponderEliminarA vitória do Benfica e a pontifícia visita vêm mesmo a calhar para suavizar o assalto à carteira dos contribuintes, que está na forja, urdido pela mente socrática com núpcias passistas.
Veremos...
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