sexta-feira, 14 de maio de 2010

Economia a RODAR bem melhor!

1.No meio da intensa crise financeira que se tem abatido sobre a economia portuguesa, em especial nas últimas semanas – culminando um aturado trabalho de alguns anos para endividar a economia até ao limite da sua capacidade - os dados (provisórios) sobre o desempenho do PIB no 1º trimestre de 2010 parece terem trazido algum alento ao desanimadíssimo coro governativo…
2.Com efeito, segundo esses dados a economia/PIB terá crescido 1% em cadeia e 1,7% em termos homólogos, feito que foi celebrado com algum entusiasmo, não resistindo os habituais media, apesar de um ambiente fortemente toldado pela crise, à álacre proclamação de que a economia portuguesa terá sido uma das mais velozes, neste trimestre, no seio da EU…
3.Soube-se, entretanto, que esse crescimento se terá ficado a dever, sobretudo, ao desempenho positivo do consumo privado e este, por sua vez, ao forte aumento das compras de automóveis novos no dito trimestre!
4.Sem nos questionarmos agora quanto à sustentabilidade futura deste padrão de crescimento no actual quadro de crise financeira – matéria sobre a qual muito haverá certamente a dizer – importa reconhecer a importante correlação entre o rápido crescimento das vendas de automóveis e o andamento do PIB…
5.E é caso para dizer que, com tantos automóveis novos, muitos deles adquiridos a crédito certamente, estranho seria se a economia e o PIB não estivessem a RODAR melhor…
6.Resta apenas saber se haverá combustível, em quantidade e preço adequados, para manter este excelente ritmo de rodagem nos próximos trimestres!

4 comentários:

  1. Pois, só que se trata de uma
    estimativa provisório do INE a 45 dias!!!

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  2. Exactamente, caro Ruy, uma estimativa "rápida" segundo o INE...
    E quem sabe se também puxada por algum dos automóveis novos comprados no 1º trimestre!

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  3. e devem ser automóveis de alta cilindrada, para puxar com este vigor e nos fazer ultrapassar os nossos companheiros europeus!

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  4. Com certeza, cara Suzana, só automóveis de alta cilindrada - e adquiridos provavelmente pelo nosso estimado sector público empresarial, enquanto é tempo... - poderia imprimir um tal dinamismo à economia!
    Aliás não sei mesmo se, tal como nas regras de trânsito, deveria existir um limite para o ritmo de crescimento das economias...nós, por este andar, arriscamo-nos a pulverizar qualquer limite!

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