Um dos lugares comuns mais frequentes é a afirmação de que as crises são momentos de oportunidade. Julgo que sim, que o são. Sobretudo para descobrir despesismos e irracionalidades que a inércia dos tempos em que as dificuldades não se faziam sentir como agora, manteve silenciadas e toleradas.
António Arnault, questionado pelo jornal i sobre os problemas do SNS, entende que "alguns hospitais têm administradores a mais, que se atropelam uns aos outros". Não sei bem qual é a realidade da gestão hospitalar, mas admito que Arnault tenha razão. Até porque conheço razoavelmente outras realidades do sector empresarial público e sempre questionei a necessidade dos 5, 7 e mais administradores de empresas cujo escopo social e a concreta actividade não justificam objectivamente tanto gestor.
Pode ser que a crise desperte ou acentue o sentido patriótico dos decisores, e que este se imponha ao clientelismo partidário, afinal o factor que explica a dimensão dos órgãos sociais das empresas públicas. Pode ser que se comece, corajosamente, a introduzir economias onde elas nem sequer têm impacto negativo no funcionamento das organizações (pelo contrário, torna-as mais ágeis). Comece-se por aqui, pelo sectores empresariais do Estado e local, e inicie-se um movimento de contenção que contagie toda a Administração Pública. Sei que os aparelhos partidários reagirão mal, mas os contribuintes agradecerão muito.
Sim, também conheço bem a minha ingenuidade...
Eleições, já!
ResponderEliminarPS e PSD estão a tomar medidas que em lado algum foram prometidas e sufragadas pelos portugueses.
A situação é excepcional mas os portugueses devem ser chamados a decidir sobre as medidas e o rumo a tomar
Demissão do Governo e eleições em 30 dias.
Cada partido apresenta a sua proposta de combate à crise e o caminho para o pós-crise e os portugueses decidem.
Democracia, já!
Pois, e esse pressuposto de que os gestores das empresas públicas estão lá para gerir parece-me pouco adequado...
ResponderEliminarO patriotismo, da maioria dos portugueses, está na razão directa, do valôr do cheque, o resto é conversa.
ResponderEliminarApregoa-se, uma moralidade, que não se pratica.
A vantagem, é que com a "crise", o português, está barato, diria mesmo, em saldos.