sábado, 12 de junho de 2010

O fim da caneta vermelha, símbolo de opressão!...


A caneta vermelha deixou de ser instrumento adequado para corrigir os exercícios escritos. Para não “traumatizar” os alunos, o Ministério da Educação exige caneta de outra cor!...
E também para não obrigar os delicados seres a fazer exercícios escritos, mudou o nome para testes.
É o que diz a resistente professora de português Maria do Carmo Vieira, lutadora incansável por um ensino de qualidade, em livro a publicar na segunda-feira, “O Ensino do Português”, citado pelo Expresso de hoje.
Vá lá, vá lá, digo eu, ainda não estamos mal de todo. Não tarda, utilizar lápis vermelho ou azul para corrigir testes é abominável censura sobre o pensamento dos alunos. Censura perfeitamente intolerável. Como é óbvio!...

19 comentários:

  1. Anónimo22:17

    O quê? Ainda se corrigem testes?!
    Abaixo o teste traumatizante! já!

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  2. Os testes devem terminar já! Fazer testes aos alunos é um acto de autoritarismo do tempo da outra senhora :)

    Quando é que o Ministério da Educação percebe que as escolas, os professores, os alunos e os encarregados de educação não estão ao serviço de experiências ideológicas? Quando é que percebe que o marxismo-leninismo foi enterrado? Quando é que interioriza que faz parte do problema e não da solução?

    Já agora, para os defensores do modelo de avaliação de professores do "ensino" público, percebem porque causa tanta revolta? Se as escolas estão ao serviço de uma ideologia, isto quer dizer que os professores também estão e como tal a avaliação docente reflectirá isso mesmo. Assim, parece-me óbvio que quem não comunga com os ideais marxistas-leninistas não pode aspirar a ter grande classificação. Portanto e para concluir, espero que o país ponha ordem nesta confusão.

    Contra o lobby das "ciências" da educação, marchar, marchar!

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  3. A cretinice em crescendo...

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  4. A sério? Ou o caro Pinho Cardão está a ironizar? Bem.. acho melhor pesquisar este assunto antes de comentar. É que como considero esta exigência tão... como direi?! ... tão .. melhor deixar o adjectivo para a próxima... que o caro Pinho Cardão só pode estar mesmo a brincar! Só pode! : )

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  5. Cara Catarina:
    Expresso de hoje,12 de Junho,1º Caderno, página 31. Não brinco em serviço!...

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  6. Anónimo02:15

    A palhaçada não tem mesmo limites... É triste ver onde se está a chegar na educação em Portugal e, mais triste ainda, agarrar no que está a ver-se hoje e projectar para o futuro, para quando estes moços forem adultos. Já se começam a notar os efeitos deste laxismo mas ainda brandamente. Daqui a 20 anos Portugal vai ser um país de analfabetos.

    Ao que Portugal está a chegar...

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  7. Portugal nunca foi um país de "brandos costumes", como dizem. Por vezes à quem compare os portugueses ao título de um filme: "Feios, Porcos e Maus", o que também é mentira - e uma redonda injustíça.

    Entretanto, Portugal é, sim, um país onde reina a (inveja) irresponsabilidade, o laxismo, a total falta de organização e - em muitas situações - uma aparente insanidade (mas total!). Ao caso da Educação no nosso país parece ser urgente diagnosticar-lhe o último dos padecimentos enunciados: INSANIDADE.Desde a "reforma Carneiro" que o descalabro se tem vindo a acentuar. Agora parece ser total! E esta insanidade parece obedecer a um propósito maior, à escala europeia, quiçá mundial. Eu gosto destas coisas da conspiração - como dizem os nossos irmãos aqui ao lado: no creo em brujas, pero que las hay...las hay!


    Uma sugestão - apesar de ser um sugestão sénior:


    Será que o Veiga Simão ainda estaría na disposição de dar um jeitinho nesta coisa da Educação!??

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  8. Não encontrei o artigo. Não sei, portanto, se o ME optou por outra cor para a correcção dos testes. Quer o tivesse feito ou não, eu aconselharia a ministra a consultar uma equipa de psicólogos, nacionais e estrangeiros (estes trazem outras perspectivas, outros conhecimentos), de forma a estudarem os efeitos negativos e positivos que uma determinada cor poderá ter nos alunos, dependendo do seu perfil, da sua personalidade e da sua cultura/antecedentes. A mesma cor pode ter efeitos completamente diferentes nos alunos. Consequentemente, não só os professores deverão ter um conhecimento profundo do perfil de cada aluno como também deverão ter à sua disposição canetas de várias cores. Quem sabe se para uma turma de 30 alunos o professor ou a professora não terá que utilizar 30 cores.
    É do conhecimento geral que as cores afectam as emoções. Os testes psicológicos comprovam isso mesmo. Não é ao acaso que os restaurantes (o vermelho estimula o apetite) ou os hospitais são pintados de determinadas cores.
    Haverá alunos que se sentem atraídos pelo vermelho: “são afirmativos, extrovertidos, de vontade firme.” Nestes a caneta vermelha poderá ser usada. Mas atenção: verificar primeiro se o aluno está com febre. “o vermelho não é recomendável para o tratamento de febres.” Para aqueles em que o vermelho causa brutalidade, revolta, pois outra cor deverá ser escolhida, obviamente.
    “O azul promove a devoção e a fé, paz e sentimentos relaxantes”. É isso que se quer num aluno, absolutamente relaxado quando recebe o teste corrigido. Ah, mas não esquecer, esta cor também “estimula os devaneios, não é recomendável para os que sofrem de melancolia ou depressão”.
    “Quem usa preto rejeita a sociedade ou rebela-se contra as normas sociais”; a cor majenta “transmite uma mensagem sexual poderosa”! O ministério tem que banir esta cores!
    Depois há o violeta “que tem qualidades espirituais e criativas”. Não encontrei reacções adversas que esta cor possa causar.
    Só espero que o ministério não tivesse tomado uma decisão precipitada na escolha da cor para as correcções. Isto das cores tem muito que se lhe diga! Traumatizar os discentes utilizando a cor errada é que não! Seria imperdoável, seria uma grande falta de profissionalismo.
    Que cor se deve utilizar para os daltónicos? E qual teria sido a opinião de Piaget sobre esta questão?

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  9. Há uma cor que pode resolver o problema, corrigir a branco! Não se vê mas não traumatiza ninguém e muito menos as inocentes criancinhas. Branco, branquear, meus senhores.

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  10. E se as criancinhas forem orientais? Se o papel do teste for colorido....
    Não esquecer, também, que há várias tonalidades de branco: off-white, branco gelo e por aí fora. : )

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  11. Dr. Pinho Cardão
    Absolutamente hilariante!
    Só hoje li a página 31. O título do artigo não podia ser melhor "Morangos com Açúcar nos manuais"!
    É trágico que a telenovela "Morangos com Açúcar" seja para o Ministério da 5 de Outubro uma referência educativa.

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  12. Aproveitando, vale a pena acrescentar:
    tive um professor (vão lá 50 anos) que na correcção dos pontos escritos e quando a asneira era muito grande, não corrigia com caneta vermelha, fazia mais:molhava o dedo na tinta vermelha e riscava a asneira.
    Não defendo isto, mas caramba, nem oito nem oitenta...

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  13. Essa é, também, uma das reacções ao vermelho: “estimula a actividade; traz vigor às funções físicas.” : ) Talvez essa “fúria” do professor fosse mais devido à cor do que propriamente ao erro.
    Como as cores condicionam a nossa vida. Li há pouco: “A cor é como a morte e os impostos.” Ninguém pode fugir dela. : )

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  14. Caro Pinho Cardão

    Apenas duas pequenas notas e só porque o seu post suscitou tantos comentários:

    a) Um dos problemas portugueses é não ter noção do ridículo;
    b) Portugal é, de todos os países que visitei, o único onde a escrita a cor vermelha/encarnada tem algum significado implícito.

    O resto é, como comentou o Prof. Massano Cardoso, a cretinice em crescendo

    Cumprimentos
    joão

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  15. É claro estarmos perante mais um atentado embuçado, contra o grande campeão da Luz.
    Alguem no ME, se revela claramente anti-Benfica e pretende com estas medidas tentar esbater a cor maior do Estandarte Nacional.
    Em nome da democracia e do artigo da constituição que confere a todos os portugueses direitos iguais, proponho... aliás, exijo que as correcções aos testes, ou aos exercícios, ou lá o que sejam, ou venham a ser, seja feita, com caneta e tinta incolor, assssssim como, as respectivas classificações nas pautas.
    Ólarecas!!!

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  16. Iso mesmo, incolor, caro Bartolomeu. Afinal, está aí o ovo de Colombo da correcção dos testes, para deixar tudo na mesma...

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  17. Poderíamos simplesmente dar os diplomas aos alunos quando completassem uma certa idade. Seria mais econômico.

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  18. Não traumatiza certamente, mas direi que o facto de não poder usar caneta vermelha
    (porque é mandar as pessoas à merda) e saber que a professora
    tinha uma caixa cheia sempre me fez imensa confusão em criança.

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