Se um feriado custa 37 milhões de euros, quatro custam 148 milhões, logo, o PS não vai aprovar a proposta de duas das suas deputadas. As senhoras deputadas esqueceram-se dos votos? Ainda correm o risco de não serem mais deputadas, e daí talvez não, porque representam muitos votos... Confuso? Talvez não!
Há horas, assim, e leituras assim que despoletam outras mensagens. É que a temática dos feriados fez-me recuar a um dia miserável, dia de cão, dia de realidade hospitalar.
ResponderEliminarPASSAR PELO SANTA MARIA, É PASSAR PELO BOJADOR!
Assunto pouco tratado é o estado físico miserável de alguns dos nossos hospitais.
Degradação do edificado mas degradação, também, moral, que exala de cada elevador, de cada passo dado nos corredores e em cada quarto deste hospital central de Lisboa: o mastodôntico e desumano Santa Maria, onde dignidade não cola com o que deveria ser um verdadeiro ambiente hospitalar!
Macas em elevadores apinhados, cansados e titubeantes, em sobrecarga constante, numa mistura de corpos doentes com corpos nús, degradação com inalação, promiscuidade edificada num lugar que devia ser de recobro e esperança.
Como diria Pessoa, entrar e sair do S.Maria não é passar apenas o Bojador, entrar e sair do S. Maria é entrar exangue e cravar-se-lhe as lágrimas de dor.
Quem trata do Hospital de S. Maria, um hospital com pouco da mãe de Maria, uma verdadeira chaga e cruz na capital!
Os feriados só poderiam ter algum significado económico em caso de ocupação plena da actividade produtiva, pelo que essa de cada dia feriado custar 37 milhões de euros é enorme mistificação. Por essa teoria, cada sábado e cada domingo não trabalhado e cada dia de férias custaria o mesmo. Caso se trabalhasse nesses dias, naturalmente, seguindo o raciocínio,o PIB cresceria mais de 5 mil milhões de euros, cerca de 3%. Forma molagrosa de fazer crescer o PIB. Mas, como a produção não escoaria, haveria despedimentos, logo menos produto, repondo a situação no mesmo pé, como se continuasse a haver todos esses dias de folga.
ResponderEliminarDeixem estar os feriados, que a economia ajusta-se, sem perdas globais significativas. Quando muito, em reduzidos sectores onde a ocupação é plena, mas podendo recorrer a trabalho extraordinário pouco se perde,. Globalmente, pretende-se dizer.
Caro Pedro Almeida, convido-o a fazer um exercício de reflexão, e pensar.
ResponderEliminarPense se, pela acção de um qualquer fenómeno inexplicável, o governo destinasse em cada ano, uma verba do orçamento de estado, uma quantia suficiente para renovar as instalações hospitalares centrais do país, uma de cada vez, em cada ano, recuperando os edifícios interior e exteriormente, dotando-os de equipamentos para diagnóstico e tratamento, actualizados e funcionais, adequando espaços de atendimento urgente com condições dignas quer para utentes como para os profissionais que prestam os cuidados de saúde, oferecendo condições dígnas para todos doentes, curadores e visitantes.
Pense, caro Pedro Almeida, se esse fenómeno se desse, onde é que o governo iría buscar dinheiro para, por exemplo, renovar as frotas automóvel, com modelos de luxo?
Sinceramente, caro Pedro Almeida. Acha mais pertinente, reabilitar um hospital, torna-lo mais funcional, mais operante e eficaz nas funções para o fim a que se destina, que oferecer todo o conforto possível aos "back-side" dos senhores que detêm cargos importantíssimos no governo?
Pense bem...
Caro Bartolomeu
ResponderEliminarTem toda a razão!
Obrigado por me ajudar a pensar e a todos aqueles que já passam indiferentes pela miséria humana de um país há já demasiado tempo a várias velocidades.É bom saber que ainda há quem se importe!
Obrigado também por me lembrar que o maior problema de Portugal é a nossa cobardia pela percurso da nossa mão invariavelmente não condizer com a nossa má consciência.
Na próxima inauguração perante o cenário efabulatório de irrealidade, levantar-me-ei e gritarei: encenação!
Temo é que seja insuficiente se não for de punho fechado,perante a cobardia de muitos pares que dirão: enlouqueceu!
Pinho Cardão
ResponderEliminarNão compreendo essa do não escoamento da produção! Não me diga que só se escoa durante os feriados...
Descansem todos. Quando chegar o PPC, a primeira coisa que ele vai fazer é remodelar o Hospital Santa Maria.
ResponderEliminarDescansem todos. Quando chegar o PPC, a primeira coisa que ele vai fazer é remodelar o Hospital Santa Maria.
ResponderEliminarCaro Professor:
ResponderEliminarEm termos gerais, as empresas condicionam a oferta à procura, produzem de acordo com a capacidade de absorção por parte dos agentes económicos. Se, por um absurdo qualquer,empresas que desenvolvem a sua produção 5 dias por semana começassem a laborar aos domingos, sábados e feriados, estavam a produzir excedentes que não seriam absorvidos pelo mercado.