Foi hoje noticiado com escândalo que alguns dos radares que estão colocados nas estradas a indicar a velocidade máxima não estão capazes de dar origem a multas porque os dados que armazenam não são tratados. É curioso este espírito nacional de gostar de ser policiado e castigado, sem o que qualquer aviso é considerado inútil. Por mim, esses radares servem de alerta para se ser prudente na velocidade e só isso é suficiente para que tenham uma acção importante, pena é que muitos condutores só cumpram as regras se sentirem a ameaça da multa, como os meninos que só se portam bem quando os pais os ameaçam com castigos. Depois queixam-se da caça à multa mas, pelos vistos, é merecida, se só se conduz com prudência quando se tem medo de ser apanhado…
Passa por uma questão de princípios, cara Drª Suzana. Quer da parte dos condutores, como da parte das autoridades.
ResponderEliminarA minha observação crítica, leva-me a concluir que tanto de uma parte como de outra, se verificam abusos e incumprimentos.
A vida em sociedade enferma destes desiquilíbrios, os quais sucedem em todas as circunstâncias, fruto da lei de causa e efeito. Uma corrente filosofica, bem sei, mas justamente aplicada, creio.
Senão vejamos; as leis foram originalmente criadas para regulamentar, não para punir. A punição é o efeito da causa do não cumprimento. Contudo, verificamos que muitas vezes o incumprimento é subjectivo e está em si mesmo condicionado ao efeito de causas que nos são alheias. No entanto seremos sempre réus num processo para o qual concorremos únicamente porque a lei do efeito se sujeitou à causa de estar em determinado local à hora e ao minuto errado... ou certo, dependendo do ponto de vista.
Dizem-me que em países da europa, a acção policial, naquilo que refere ao trânsito, para além de punitiva é sobretudo preventiva e que é tambem auxiliadora. Dizem-me ainda que a responsabilidade e o civismo demonstrado pelos condutores é superior.
Estou inclinado a tomar estes resultados como mais um dos efeitos da causa.
Melhor policia/melhores condutores.
Para finalizar, uma anedota;
Um casal de idosos percorria a auto-estrada na sua viatura, quando surge no rádio, um informativo de trânsito: Aviso aos senhores condutores que circulam na A1, sentido Norte/Sul... circula uma viatura em contra-mão, na zona do Km 150.
Imediatamente, o condutor se volta para a esposa e comenta: Uma viatura? Não é só uma, são todas!
Já viste isto mulher? Parece que já ninguem sabe conduzir...
;)
Sem dúvida que a indicação de radar é, só por si, fortemente dissuasora e também um alerta para os automobilistas mais distraídos, como é o meu caso. Mas o princípio que levou à sua colocação não foi, julgo eu, exercer acção preventiva gratuita sobre os infractores, bem pelo contrário, as multas são aos milhares, pois todos sabemos que é muito fácil exceder o limite de cinquenta em algumas vias da cidade. Portanto, não sendo o princípio dissuasor “gratuito” que levou a este enorme investimento em radares, não faz sentido que o sistema se encontre inoperacional e, estando, está demonstrado que há aqui, como em muitos casos conhecidos, incompetência na gestão da coisa pública.
ResponderEliminarTambém é de admitir que esta incompetência toda seja devida ao desconhecimento básico de princípios da contabilidade - Deve e Haver…
Caro Bartolomeu, é uma questão de civismo, tem razão, e, na falta de melhor, ter medo de pagar uma multa pesada pode substituir o civismo quenão exista. E está visto que por cá as coisas só correm assim, mas o que espanta é que os condutores ajam como garotos e não entendam que o cumprimento das regras é no seu próprio interesse. As zonas onde ha radares são as mais perigosas, passo todos os dias numa onde havia todos os dias atropelamentos e agora lá estão os radares e as lombas para obrigar a andar a 50 e todos abrandam, era bom que não precisassem de saber que há multas e que cumprissem só porque é evidente que aquela via é perigosa. É verdade que a condução em Portugal é terrível, qualquer pessoa habituada a guiar na Europa se queixa da dificuldade de se entender por cá, embora à custa ddo agravamento brutal das multas as coisas tenham melhorado um pouco.
ResponderEliminarCaro Jotac concordo que os radares deviam estar a funcionar em pleno, a dissuasão é parte integrante da sua função,mas é pena que se reconheça que sem isso não servem para nada, já era tempo de nos habituarmos a guiar com responsabilidade sem ser à custa de multas.
Velocidade e conduzir sob a influência do álcool. Os condutores ainda têm que ser recordados, com pesadas multas, de que é perigoso. Concordo inteiramente com a cara Suzanna.
ResponderEliminarDesculpe o excesso de enes no seu nome! : )
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