sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quem avisa amigo é

Foi hoje noticiado com escândalo que alguns dos radares que estão colocados nas estradas a indicar a velocidade máxima não estão capazes de dar origem a multas porque os dados que armazenam não são tratados. É curioso este espírito nacional de gostar de ser policiado e castigado, sem o que qualquer aviso é considerado inútil. Por mim, esses radares servem de alerta para se ser prudente na velocidade e só isso é suficiente para que tenham uma acção importante, pena é que muitos condutores só cumpram as regras se sentirem a ameaça da multa, como os meninos que só se portam bem quando os pais os ameaçam com castigos. Depois queixam-se da caça à multa mas, pelos vistos, é merecida, se só se conduz com prudência quando se tem medo de ser apanhado…

5 comentários:

  1. Passa por uma questão de princípios, cara Drª Suzana. Quer da parte dos condutores, como da parte das autoridades.
    A minha observação crítica, leva-me a concluir que tanto de uma parte como de outra, se verificam abusos e incumprimentos.
    A vida em sociedade enferma destes desiquilíbrios, os quais sucedem em todas as circunstâncias, fruto da lei de causa e efeito. Uma corrente filosofica, bem sei, mas justamente aplicada, creio.
    Senão vejamos; as leis foram originalmente criadas para regulamentar, não para punir. A punição é o efeito da causa do não cumprimento. Contudo, verificamos que muitas vezes o incumprimento é subjectivo e está em si mesmo condicionado ao efeito de causas que nos são alheias. No entanto seremos sempre réus num processo para o qual concorremos únicamente porque a lei do efeito se sujeitou à causa de estar em determinado local à hora e ao minuto errado... ou certo, dependendo do ponto de vista.
    Dizem-me que em países da europa, a acção policial, naquilo que refere ao trânsito, para além de punitiva é sobretudo preventiva e que é tambem auxiliadora. Dizem-me ainda que a responsabilidade e o civismo demonstrado pelos condutores é superior.
    Estou inclinado a tomar estes resultados como mais um dos efeitos da causa.
    Melhor policia/melhores condutores.
    Para finalizar, uma anedota;
    Um casal de idosos percorria a auto-estrada na sua viatura, quando surge no rádio, um informativo de trânsito: Aviso aos senhores condutores que circulam na A1, sentido Norte/Sul... circula uma viatura em contra-mão, na zona do Km 150.
    Imediatamente, o condutor se volta para a esposa e comenta: Uma viatura? Não é só uma, são todas!
    Já viste isto mulher? Parece que já ninguem sabe conduzir...
    ;)

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  2. Sem dúvida que a indicação de radar é, só por si, fortemente dissuasora e também um alerta para os automobilistas mais distraídos, como é o meu caso. Mas o princípio que levou à sua colocação não foi, julgo eu, exercer acção preventiva gratuita sobre os infractores, bem pelo contrário, as multas são aos milhares, pois todos sabemos que é muito fácil exceder o limite de cinquenta em algumas vias da cidade. Portanto, não sendo o princípio dissuasor “gratuito” que levou a este enorme investimento em radares, não faz sentido que o sistema se encontre inoperacional e, estando, está demonstrado que há aqui, como em muitos casos conhecidos, incompetência na gestão da coisa pública.
    Também é de admitir que esta incompetência toda seja devida ao desconhecimento básico de princípios da contabilidade - Deve e Haver…

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  3. Caro Bartolomeu, é uma questão de civismo, tem razão, e, na falta de melhor, ter medo de pagar uma multa pesada pode substituir o civismo quenão exista. E está visto que por cá as coisas só correm assim, mas o que espanta é que os condutores ajam como garotos e não entendam que o cumprimento das regras é no seu próprio interesse. As zonas onde ha radares são as mais perigosas, passo todos os dias numa onde havia todos os dias atropelamentos e agora lá estão os radares e as lombas para obrigar a andar a 50 e todos abrandam, era bom que não precisassem de saber que há multas e que cumprissem só porque é evidente que aquela via é perigosa. É verdade que a condução em Portugal é terrível, qualquer pessoa habituada a guiar na Europa se queixa da dificuldade de se entender por cá, embora à custa ddo agravamento brutal das multas as coisas tenham melhorado um pouco.
    Caro Jotac concordo que os radares deviam estar a funcionar em pleno, a dissuasão é parte integrante da sua função,mas é pena que se reconheça que sem isso não servem para nada, já era tempo de nos habituarmos a guiar com responsabilidade sem ser à custa de multas.

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  4. Velocidade e conduzir sob a influência do álcool. Os condutores ainda têm que ser recordados, com pesadas multas, de que é perigoso. Concordo inteiramente com a cara Suzanna.

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  5. Desculpe o excesso de enes no seu nome! : )

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