terça-feira, 17 de agosto de 2010

Não têm emenda!



"Várias alterações ao Orçamento do Estado para 2010 publicadas ontem em Diário da República dão conta de um aumento de 546 milhões de euros na despesa pública orçamentada para este ano.
Deste montante, 94,6 milhões são acrescentados aos serviços que dependem directamente dos ministros. Os restantes 451,5 milhões surgem inscritos nos mapas de despesa dos serviços e fundos autónomos (na sua maioria, institutos públicos)" - Jornal de Negócios de hoje

8 comentários:

  1. Isto não dá para meter um daqueles anúncios no Diário de Notícias a dizer que "fulano de tal já não se responsabiliza pelos gastos de este e daquele..."?

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  2. Caro Ferreira de Almeida:

    Fico sem fala e já não tenho palavras!...

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  3. Que bom exemplo, sem dúvida!

    Assim, com os tectos furados
    as traves mestras irão cair,
    esses gastos assaz marados
    farão o povo se esvair…

    A despesa orçamentada,
    que não pára de engrandecer,
    é uma forma enquistada
    para o país ensandecer!

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  4. E com aumentos zero para quem trabalha para o Estado... isto está bonito...!

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  5. Os socialistas nunca serão capazes de reduzir a despesa pública. Aliás, não estão nem nunca estiveram interessados nisso. O que se propõem é, no máximo, reduzir o peso da despesa pública no PIB, como aconteceu, de forma ténue, com Sócrates I.

    Porém, por essa via, a única forma de o conseguirem passaria pela ocorrência de um crescimento económico pelo menos moderado. Ora, aos níveis actuais da despesa pública, essa expectativa não passa de uma miragem, tanto mais que o governo não cessa de encontrar novos expedientes para promover novos acréscimos de receita (acréscimos de impostos, taxas e contribuições, de forma directa ou indirecta), assim fragilizando ainda mais a economia e o crescimento.

    A desgraça portuguesa é que os sociais-democratas também nunca promoveram a redução da despesa pública quando estiveram ao leme do governo. Há assim fortes razões históricas para temer que muito do discurso actual da sua liderança possa não passar de mera retórica.

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  6. Caro Tonibler, é mesmo o que apetece mas receio bem que, tal como nesses anúncios de que fala, o efeito jurídico seja nulo.
    Caro Eduardo F.na altura dos governos sociais democratas das décadas de 80 e 90, o gasto público contribuiu para um impulso de crescimento que mudou radicalmente o país, criando bases que antes não havia. No governo social democrata de 2002/04,estará certamente lembrado da "obcessão do defice", é muito difícil inverter significativamente uma trajectória de despesas que estava em pleno nos Governos anteriores. Os Governos socialistas estão desde 1996 a 2002 e de 2005 até agora. Há que olhar à época, aos resultados e à persistência das políticas, independentemente de se ter podido fazer melhor, o que sempre se exigirá.

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  7. Cara Suzana Toscano,

    Espero bem que esteja certa e que o meu cepticismo se venha a revelar infundado. Quem nos dera!

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  8. caro Eduardo F, oxalá, também não dou de barato.

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