No dia 27 de setembro de 2005, faz amanhã cinco anos, escrevi uma crónica intitulada “A Fuga de Sharpe”, em que comemorava os 195 anos da batalha do Buçaco. Na altura tinha acabado de ler a obra de Bernard Cornwell “A Fuga de Sharpe” (Campanha do Buçaco – Portugal 1810). Um belo romance histórico que me fez reviver com entusiasmo difícil de explicar um dos mais marcantes períodos da nossa história. Uma das comentaristas, eu sei que é “uma”, Anthrax, que ultimamente tem andado desaparecida, mas que deu notícias há pouco dias, escreveu o seguinte:
“O quê! O Professor também?!! Bom, então se quiser ver umas fotografias das Comemorações de hoje (são só duas que elas são um bocado pesaditas), passe pelo meu blog (http://www.diariodoanthrax.blogspot.com) Isto há com cada coincidência... e já agora, o livro é um espectáculo (tenho todos em inglês que sai mais barato e afinal sempre são 20). Já agora, o "L'Armée du Portugal" pode-se encontrar facilmente numa livraria em Portugal ou tem de se mandar vir de algum lado? ... Sei que é antigo, mas os alfarrabistas existem é para estas coisas.”
Eu respondi-lhe da seguinte maneira:
“Já dei uma espreitadela. Lindas fotografias. Estamos perante iniciativas que não podemos esquecer e ignorar. No entanto, a comunicação social, dá mais enfâse aquilo que todos já sabemos. Já agora podíamos combinar um encontro em beleza daqui a cinco anos para comemorar os 200 anos. Se estiver vivo vou lá estar logo de madrugada...”
O que é que eu fiz? Hoje, levantei-me cedo, arranjei-me e abalei a toda a velocidade até ao Buçaco. Queria cumprir não só uma promessa como viver as comemorações dos duzentos anos de tão importante batalha cujas histórias contadas pelos familiares perduram na minha mente como se a tivesse também vivido. Não vou descrever a representação, muito bem cuidada com todos os pormenores, simulando um dos principais combates ocorridos naquela manhã. Só posso dizer que os ingleses eram ingleses, os franceses eram franceses e os portugueses eram portugueses. Trajados a rigor, soldados, oficiais e povo. Uma das mais belas lições de história que já tive até hoje. Muita gente a assistir, mas ao meu lado só ouvia falar inglês, ao ponto de julgar que a divulgação pela comunidade inglesa deverá ter sido impecável. Também ouvi muitos franceses que apesar de terem sido derrotados nem por isso deixaram de homenagear os milhares de compatriotas abatidos pelo exército ango-luso.
Numa das fases da representação, o ruído produzido pela artilharia e pelas armas, envolvendo os participantes de um fumo branco, aliado aos gritos da soldadesca, conseguiram criar uma certa emoção que não resisto a publicitar.
Partilho três fotografias sobre a cerimónia, a qual, confesso, teve muita dignidade. E como a Anthrax não apareceu, julgo eu!, aqui lhe deixo este pequeno texto, a fim de que o possa partilhar com todos os que tiverem oportunidade de o ler.
“O quê! O Professor também?!! Bom, então se quiser ver umas fotografias das Comemorações de hoje (são só duas que elas são um bocado pesaditas), passe pelo meu blog (http://www.diariodoanthrax.blogspot.com) Isto há com cada coincidência... e já agora, o livro é um espectáculo (tenho todos em inglês que sai mais barato e afinal sempre são 20). Já agora, o "L'Armée du Portugal" pode-se encontrar facilmente numa livraria em Portugal ou tem de se mandar vir de algum lado? ... Sei que é antigo, mas os alfarrabistas existem é para estas coisas.”
Eu respondi-lhe da seguinte maneira:
“Já dei uma espreitadela. Lindas fotografias. Estamos perante iniciativas que não podemos esquecer e ignorar. No entanto, a comunicação social, dá mais enfâse aquilo que todos já sabemos. Já agora podíamos combinar um encontro em beleza daqui a cinco anos para comemorar os 200 anos. Se estiver vivo vou lá estar logo de madrugada...”
O que é que eu fiz? Hoje, levantei-me cedo, arranjei-me e abalei a toda a velocidade até ao Buçaco. Queria cumprir não só uma promessa como viver as comemorações dos duzentos anos de tão importante batalha cujas histórias contadas pelos familiares perduram na minha mente como se a tivesse também vivido. Não vou descrever a representação, muito bem cuidada com todos os pormenores, simulando um dos principais combates ocorridos naquela manhã. Só posso dizer que os ingleses eram ingleses, os franceses eram franceses e os portugueses eram portugueses. Trajados a rigor, soldados, oficiais e povo. Uma das mais belas lições de história que já tive até hoje. Muita gente a assistir, mas ao meu lado só ouvia falar inglês, ao ponto de julgar que a divulgação pela comunidade inglesa deverá ter sido impecável. Também ouvi muitos franceses que apesar de terem sido derrotados nem por isso deixaram de homenagear os milhares de compatriotas abatidos pelo exército ango-luso.
Numa das fases da representação, o ruído produzido pela artilharia e pelas armas, envolvendo os participantes de um fumo branco, aliado aos gritos da soldadesca, conseguiram criar uma certa emoção que não resisto a publicitar.
Partilho três fotografias sobre a cerimónia, a qual, confesso, teve muita dignidade. E como a Anthrax não apareceu, julgo eu!, aqui lhe deixo este pequeno texto, a fim de que o possa partilhar com todos os que tiverem oportunidade de o ler.
Muito interessante, caro Professor Massano Cardoso, este reavivar da história. Excelente iniciativa.
ResponderEliminarMuito obrigada por se ter lembrado de mim Prof. MC :))
ResponderEliminarDurante o fim-de-semana estive a braços com uma crise de rinite alérgica (ainda estou)que me deixou arrumada e para a qual só tinha (e ainda tenho) uns comprimidozitos homeopáticos... À hora de almoço tenho de ir buscar a artilharia pesada ali à farmácia local, antes que caia para aqui em cima do teclado :S
Mais uma bela narrativa, em torno de um tão relevante facto histórico ocorrido aí quase à porta de casa, caro amigo e Professor!
ResponderEliminarfoi um lindissimo espectáculo, sem dúvida, embora eu só tenha visto as cerimónias oficiais e o desfile e não a reconstituição da batalha como mostram estas belas fotografias.
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