Tudo é chocante nesta notícia. Mas o mais chocante é a forma brutal como os casais são avisados de que agora acabou e para o ano há mais. É nestas matérias mais sensíveis, que mexem com o que de mais profundo a vida merece ser acarinhada, que vemos a desconsideração com que as pessoas são tratadas e a forma mesquinha como é olhada a natalidade que tanta falta nos faz. Não é apenas o défice orçamental que nos deveria preocupar. O défice de valores e o défice de futuro são terríveis...
Mas o que é que necessário para que nasçam mais bébés em Portugla?
ResponderEliminarCaro Fartíssimo do Silva
ResponderEliminarA crise da natalidade não é um exclusivo de Portugal. A baixa da natalidade veio com o desenvolvimento económico, induzida por alterações importantes no funcionamento das economias e na organização das sociedades e pela mudança de papéis na família e de comportamentos e de valores que marcam a vida das novas gerações.
No caso de Portugal, temos que acrescentar a esta realidade as permanentes dificuldades económicas em que estamos mergulhados que criam um ambiente de falta de expectativas positivas quanto à evolução da economia e o medo de que a situação se possa agravar. Tem sido assim e a situação actual comprova isso mesmo.
Ter filhos, bem ou mal, é, nos tempos que correm, um acto heróico que a nossa sociedade não valoriza. A decisão de cancelamento do apoio do Estado aos tratamentos de fertilização é disso mesmo uma prova.
Uma política de natalidade terá que estar, a meu ver, muito virada para questões que se prendem com a repartição do tempo entre a família e o trabalho, com o acesso facilitado aos infantários e às escolas e aos cuidados de saúde ao longo da vida da criança e não apenas no período pré-natal (custos, localização, proximidade, horários, fiscalidade, etc.) e com o acesso a novas formas de trabalho (organização, flexibilização de horários, etc.).
Pois é, cara Dra. Margarida Aguiar, quando nos pomos a quantificar os déficits de que este País enferma (no tema vertente, sendo um problema dos países desenvolvidos, aqui acresce o facto de não haver expectativas de melhoria para as famílias e, portanto, filhos são "cadilhos"...), dá vontade de fugir para bem longe...
ResponderEliminarE há quem esteja a fugir, Caro jotaC!
ResponderEliminarMargarida Corrêa de Aguiar
ResponderEliminarEu disse aquilo por graça e levou o caso a sério?!
Lá que há défice há, mas é de outra coisa...
Estava - agora não estou - com um défice de graça, Caro Fartíssimo do Silva. Acontece!
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