domingo, 14 de novembro de 2010

Diabetes



Hoje é o dia mundial da diabetes. Uma das mais graves epidemias que atinge a espécie humana. Os portugueses sofrem cada vez mais de diabetes que, além das complicações e sofrimento que estão associados, é fonte de graves prejuízos económicos. Um país pobre como o nosso esvai-se em perdas com esta doença, que só no tratamento absorve mais de 7% do orçamento para a saúde, qualquer coisa como 1,0% do produto interno bruto nacional. Uma doença de pobres que empobrece cada vez mais o país. Há pouco mais de uma semana fui convidado para fazer uma conferência sobre “Diabetes e Condição Social”, na qual pretendi demonstrar certas causas que merecem ser analisadas e tomadas em linha de conta no combate a tão terrífica e invalidante doença.

2 comentários:

  1. Caro Professor Massano Cardoso
    Muitos dos males de que padecemos seriam em parte evitados se investíssemos na prevenção, se nos preocupássemos em dar e receber conhecimento sobre o que deve ser feito, o que não deve ser feito ou de como deve ser feito. Sem conhecimento não há consciência e sem esta não temos como saber o que é melhor.
    A falta de uma política de prevenção já não pode ser justificada pela falta de conhecimento para actuar a montante de um processo, tem raízes culturais e sociológicas que nós tardamos em alterar. Se tivéssemos uma cultura preventiva pouparíamos muitos recursos, não apenas o recurso tempo ou os recursos financeiros, mas em especial, a insatisfação, a tristeza, o medo, a ansiedade, no fundo a intranquilidade de quem não controla o problema.
    É assim em muitas doenças, mas também em muitos outros aspectos da vida. Estamos cheios de maus exemplos de falta de prevenção.
    A sociedade civil tem um papel muito importante a desempenhar. Esperar que o Estado tome iniciativas neste campo não nos leva longe. É preciso sim, que os cidadãos condicionem as escolhas políticas e que se organizem e sejam capazes de demonstrar ao Estado as vantagens de alterar os modelos e lógicas de funcionamento dos serviços, envolvendo-se eles próprios nas soluções. O Estado não é criativo nem inovador, é lento e dispendioso. Se não for "auxiliado" pela criatividade e inovação da sociedade civil, será ainda mais difícil mudar a cultura instalada.

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  2. Concordo plenamente consigo, Cara Margarida. O Estado (português, devo salientar) necessita de ser auxiliado através da criatividade e inovação “de uma” sociedade civil. Mas quem é que auxilia esta sociedade civil que presta mais atenção a telenovelas e a “futebóis” (nada contra se for bem doseado) que muda de canal quando aparece um programa informativo (que se destina ao bem comum dessa mesma sociedade) ou prefere ler sobre os últimos escândalos das grandes vedetas portuguesas e não só?

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