Lamentavelmente, não consegui identificar o autor da frase
Justificar-se-ia uma greve geral contra o Governo?
Claro que sim. Pela mentira com que foi iludindo a generalidade dos portugueses. Pela falta de seriedade e rigor na gestão. Pela manipulação das contas públicas para fins eleitorais. Pela demagogia infrene que exibiu nestes 5 anos. Por ter usado o Estado para satisfazer interesses meramente partidários. Pelas políticas públicas que promoveu, bem enfeitadas, mas erradas e desastradas e que só poderiam causar dor e desastre.
Acontece que a greve geral não é por nada disto. Os Sindicatos apoiaram todas as medidas erradas deste governo: sempre reivindicaram mais e mais despesa pública, que trouxe a actual desgraça; sempre insistiram em mais e mais impostos, delapidando a poupança e o investimento em favor do desperdício; sempre clamaram por grandes investimentos, que secaram a já pouca liquidez do sistema bancário e o crédito à imensidão das PMEs; e sempre vilipendiaram os apelos sensatos de Manuela Ferreira Leite ao rigor da governação.
Sem tirar um milésimo das culpas do Governo, os Sindicatos são também responsáveis por esta situação.
Hoje estão a manifestar-se contra os efeitos das medidas que permanentemente preconizaram.
Mais uma vez, hoje, e como sempre, querem o sol na eira e a chuva no nabal.
Não é possível. A acção devia ter sido antes. Então, estiveram inactivos. Agora, é tarde demais!...
Nota: Claro que os Sindicatos são necessários em qualquer sociedade moderna e democrática. Mas não Sindicatos cujo fim último parece ser a perpetuação dos seus dirigentes no poder.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
A greve geral
"Les syndicalistes et les fonctionnaires ont tellement l'habitude de ne rien faire que lorsqu'ils font la grève, ils appellent ça une journée d'action..."
Os trabalhadores portugueses não são responsáveis:
ResponderEliminarPela especulação financeira responsável pela crise em que vivemos.
Pela criação no mundo financeiro de produtos titularizados de dívida e exotéricos derivados.
Pela uso que as instituições financeiras fizeram dos depósitos, quando na expectativa de ganâncias elevadas utilizaram tais depósitos e múltiplos empréstimos na compra daqueles tóxicos produtos financeiros.
Pela deficiente regulação das empresas de ratting que atribuíram classificações ao sabor das conveniências dos seus clientes.
Pelas verbas astronómicas cedidas às instituições financeiras pelo governo responsáveis pelo agravamento catastrófico do Défice Público.
Pela criação de múltiplos organismos parasitários do Estado, que devoram sem qualquer benefício para a comunidade uma verba de cerca de 10% do PIB.
Pela corrupção instalada a todos os níveis na administração do Estado.
Pela má gestão generalizada do aparelho de Estado.
Não os obriguem a pagar os erros dos outros.
Como os trabalhadores portugueses não são responsáveis, então a culpa deve ser dos outros. Daqueles que não trabalham. Que são os reformados. Não, são os desempregados. Não, são as crianças. Não, são os doentes. Não, são...
ResponderEliminarHAJA PACHORRA!!!!
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarNão me parece necessário que ao criticar, entidade ou pessoa, se preconize a sua eliminação, fisíca ou jurídica.
A greve é um instrumento, entre outros, que a democracia proporciona para que, os eleitores, exprimam as vontades, intenções e estados de alma.
É manifesto que os sindicatos portugueses não souberam, quizeram ou desejaram, usar outros instrumentos que o regime oferece: Concertação Social, comissões de tralhadores, etç.
Nesse sentido, a proposta de greve geral é um elemento denunciador da pobreza, aridez e egoísmo das políticas preconizadas pelos nossos sindicatos.
Seria altura de aprenderem com os seus congénres alemães, via AUTOEUROPA, se o tivessem feito, agora estávamos, talvez, a ter aumentos de 3% e não cortes de 5%.
Cumprimentos
joão
Ruy
Não resisto, por causa dos seu comentário, deixar-lhe os seguintes apontamnetos:
a) Os trabalhadores portugueses não foram responsáveis pelas "pechas" enumeradas no "mundo" financeiro mas,
1. Usaram para comprar férias em, por exemplo, Cancum
2. Comprar a Binbi ou o electrodoméstico(s) que não tinham
3. O plasma que faltava no quarto do filho
4. O carro que gostariam de ter tido,
5. A casa que desejavam
b) É verdade que, em face dos comportamentos que são denunciados no sistema financeiro, estão perplexos pela ausência de castigos relevantes;
c)É verdade que se criaram muitos organismos mas, estes, deram e dão emprego a muito (boa) gente, alguma até possa ser aparentada de alguêm; se, antigamente, o vinho dava de comer a 1 milhão de portugueses, os partidos dão de comer a quase 1.5 milhões...
d) O estado não se corrompe em circuito fechado, corrompe-se porque existem financiadores externos para essa corrupção; omissão face a um crime é, ela própria um crime;
e) A última vez que algu~em deu a alguêm alguma coisa, foi nos idos de 75 e deu pelo poético nome de "Dia de Trabalho pela Nação". O dia foi dado mas, a vontade foi imposta; em 25/04/74 desapareceu da ética nacional o conceito de serviço, foi siubstituído pelo direito de, direito a; era altura de restaurar o conceito mas, actualizando para dever de, dever por;
Parafraseando o comentário de Tonibler, a culpa deve ser dos habitantes de Plutão, caso não se possa ir mais longe na busca
Cumrpimentos
joão
Caro João,
ResponderEliminarQuem controla o mundo financeiro não são os trabalhadores. Quem colocou na praça juros baixos, quem incentivou o consumo com anúncios a toda a hora nas TVs não foram os trabalhadores. Quem deveria controlar previsivelmente as consequências do consumo não são os trabalhadores. No fundo os trabalhadores são vítimas das políticas económicas lançadas pela UE e governo. Responsabilizados por aquilo a que foram induzidos a praticar é cruel e incorrecto.
Caro Tonibler,
É de facto dos “outros”. Mas não por aqueles que por ironia mencionou.
Caro ruy,
ResponderEliminarTem um exemplo de um que seja exemplificativo?? Ou de um grupo? Pode ser daquele grupo que fez do Sócrates PM e do Cavaco PR, porque tirando esse grupo, não vejo quem mais possa ter a culpa.
Caro Ruy
ResponderEliminarTenho, desde a infância um "pequeno" problema, nunca "alinhei" nem, mais tarde, percebi, a "História do Lobo Mau".
Sempre achei complicado/estranho que a "menina" não se desse conta que a "avózinha" tinha uns dentes tão grandes. Confesso que há feitios para tudo, mesmo para o cepticismo.
Dito isto, os anúncios e a propaganda incitam mas, não obrigam; só num país fundamentalmente católico é que, por um lado ganhar dinheiro é um pecado e, por outro, oferecer algo gratificante uma blasfémia.
A história indica que, a primeira actividade estava reservada à igreja e a segunda ao rei; os bancos estão, claramente, a mais na equação.
Mesmo assim, os trabalhadores não são inocentes, porque, como também se costuma dizer, são necessários dois para dançar o tango....
Nesta história, onde uns perdem mais do que outros, ninguêm foi induzido a nada, ou então a avózinha tem uns dentes muito grandes...
Por último, vamos todos enquanto sociedade, pagar muito caro se, como pedem muitos, o comportamento ético dos actores não for severamente avaliado e sancionado.
Cumprimentos
joão
Caro Tonibler,
ResponderEliminarNão houve um ministro que nos últimos 15 anos não tivesse criado por despacho um organismo paralelo da AP. Todos os autarcas das maiores Câmaras, criaram nos últimos 15 anos empresas municipais em serviços paralelos aos existentes. Não houve gestor público que não recorresse, com apoio da tutela, a empresas de outsourcing em obscuros e dispensáveis contratos. Não houve “agente” do mundo financeiro que na expectativa de ganâncias elevadas, nos últimos anos, não incorresse em riscos ao entrar no mercado de qualquer título de dívida ou derivado tóxico. Não houve nenhum dono, grande accionista, de qualquer instituição financeira que se opusesse aos desmandos dos seus “agentes”. Nestes donos, nestes grandes accionistas, estão incluídos os donos, grandes accionistas das grandes empresas nacionais. Enfim, não é assim tão difícil encontrar esta gente.
Caro João,
ResponderEliminarNão se mostre ingénuo. Desde a entrada no euro que a política definida pela EU é a de juros baixos que incrementa o consumo e a dívida fácil. Não pense que isto foi por acaso. Quando Teixeira dos Santos retira rendimentos aos certificados de aforro não pense que foi por acaso. Pequenas poupanças foram impulsionadas a ser retiradas dos CA deslocando-se para o consumo e as instituições financeiras. Não pense que foi por acaso.
Trata-se de uma estratégia económica pensada só que se deram mal; às vezes, não contam com os imprevistos. Agora culpar os trabalhadores pela estratégia económica do país e da UE é cinismo cruel.
Hum...Ministros, presidentes da câmara, accionistas, ...curioso. Nasceram lá no sítio foi?? Não foi o ruy que os elegeu, que consumiu, que depositou, que pediu emprestado? Eles não fizeram exactamente aquilo que lhes pediu?!?
ResponderEliminarNão há nada mais "tuga" que o sacudir a água do capote e meter as culpas nos outros... No fim do dia, o culpado sou sempre eu, é fantástico.
Caro Ruy
ResponderEliminarPecando pelo meu cepticismo estrutural uns apontamentos ao seu último comentário:
Há um provérbio chinês que reza mais ou menos assim: quem convive com a riqueza sem meios, acaba por deixar a camisa.
Em dez anos os salários portugueses aumentaram cerca de vinte por cento ao passo que os salários alemães, aumentaram menos de dez.
Há cinco anos, sim há cinco anos, atrás, o governo alemão retirou um mês de salário aos funcionários públicos, isto em nome de uma política de contenção salarial que tinha por objectivo a competitividade e, em última análise a sustentabilidade económica.
Que eu conheça, a taxa de juro e a acessibilidade do crédito é igual em ambos os países.
Não sei se foi por acaso, mas os efeitos foram diferentes em ambos os países.
A promoção do consumo em detrimento do aforro, e o exemplo que aponta é ilustrativo, é uma opção política de um governo socialista que prometeu um cabaz onde abundava algumas "prendas" como: mais 150.000 postos de trabalho, um choque tecnológico e um desenvolvimento sustentável. Por acaso, ao cabo de cinco anos perdeu a maioria absoluta mas não a relativa,
A opção política socialista não foi por acaso, o que foi (para os autores) acaso foram os efeitos das mesmas. Por isso, concordo com o seu último parágrafo quando afirma que foi uma estratégia pensada se se refere ao governo socialista; no que se refere à culpa dos trabalhadores que eu saiba, somos cerca de 8 milhões de eleitores e, pelo menos, metade são, ou podem ser considerados como trabalhadores; se correlacionar este fato com o resultado das eleições poderá constatar de quem é, parcialmente, a culpa...
Senão, sempre podemos afirmar que a avózinha ganhou uns grandes dentes...
Cumprimentos
joão
A evolução da socialdemocracia a partir dos fins dos anos 50 foi nitidamente esta: a conciliação dos valores liberais fundamentais com um regime económico que rejeita o capitalismo liberal. Para que as liberdades sejam desenvolvidas e se dê satisfação à justiça social a social-democracia rejeitou, e bem, o capitalismo liberal e enveredou por outras formas económicas em que é mais importante uma política de preços de rendimentos, de salários, de justa distribuição de rendimentos, de participação dos trabalhadores nas empresas e nas próprias decisões conjunturais do que propriamente da propriedade dos meios de produção.
ResponderEliminarNuma social-democracia, o que é característico é o apoio dos trabalhadores industrializados: e esse apoio é tanto mais significativo quanto mais o País estiver industrializado. As sociais-democracias do Norte da Europa, por exemplo, nasceram com o apoio dos operários da indústria, mas também de agricultores, de pescadores e de pequenos comerciantes, tal como no nosso país. A nossa base social de apoio é tipicamente social-democrata. O nosso programa é um programa social democrático avançado, em relação, por exemplo, ao programa do S.P.D. alemão - e, portanto, isto afasta qualquer deturpação que se queira fazer no sentido de nos apresentar como partido liberal ou democrata-cristão, o que são puras especulações tendenciosas que não têm qualquer base.
É que a social-democracia, que defendemos, tem tradições antigas em Portugal. Desde Oliveira Martins a António Sérgio. É a via das reformas pacíficas, eficazes, a caminho duma sociedade livre igualitária e justa. Social-democracia que assegura sempre o respeito pleno das liberdades.
Francisco Sá Carneiro
«os Sindicatos são também responsáveis por esta situação»
ResponderEliminarPonto de ordem, responsabilidades:
1º. Dos PM e governos constituídos;
2º. Das oposições.
3º. Talvez nós.
No 'circo' de S. Bento, os últimos dias têm sido exemplares:
a) Avança TGV;
b) Corta salários mas não corta.
Assim não.
E se vai ser difícil votar bloco central, difícil vai ser votar no resto.
Vale, que já temos blindados modelo 'Rouba' Pereira.
BM
Os PM's, os governos,as oposições nasceram lá??????? Bolas, eu nunca votei no PS ou no PSD ou no CDS e assumo as minhas culpas. Porque carga d'água é que vós, normais e bem comportados eleitores, não assumem? (para além de me terem que pedir desculpa por eu ter razão....)
ResponderEliminarA desculpabilização de um grupo ou classe de responsáveis pela disseminação, vulgarização, massificação das culpas no todo, é um truque de retórica mais velho que as tábuas sagradas.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPaulo,
ResponderEliminarAquilo que cada um dos portugueses contratou com os bancos, estou-me nas tintas nem é isso que está em causa. Problema dos bancos.
Aquilo que o governo contratou com alguns portugueses em meu nome e que está a levar mais outra carrada de portugueses à ruína, esse é que é o problema. Esse que descreve não é problema para ninguém.
Caro Ruy
ResponderEliminarDois apontamentos sobre o seu último comentário:
a) O Dr Sá Carneiro morreu em 1980, trinta anos neste mundo digital e, já, global equivale a duas gerações na época em que aquele viveu.
Como dizem os anglo saxónicos: R.I.P.
b) A "versão" social democrata que aquele defende, no excerto que reproduz, não é mais que a versão mais distributiva do capitalismo renano; tem um "quid" que é reproduzir a matriz antropológica da sociedade alemã. Naquela época era necessário encontrar "raízes" históricas, porque o "povo" letrado e indígena, tinha lido mal e selectivamente uma obrinha imbecil que dá pelo nome de Capital, daí a menção aos "antigos".
Já passou e não volta mais. De todos os modos agradeço o momento "RTP Memória" que apresentou.
No entanto e, muito sinceramente, não percebo como pode ajudar a explicar o facto dos nossos trabalhadores terem-se endividado para comprar, por exemplo, uma Bimbi.
Cumprimentos
joão
Caro Paulo
ResponderEliminarAlguns pequenos apontamentos:
a) Se não reparou e, estou convicto que não, existem três palavras que servem de bengala e pontuam o discurso: acreditar, evidente e óbvio.
( Em inglês existe o abominável "You know", bem pior que as três acima.)
Se, alguma vez, se der ao trabalho de perguntar ao seu interlocutor quais os motivos porque acredita, é óbvio ou é evidente, assistirá, em 90% dos casos, a uma de duas ou, as duas reacções em simultâneo: gaguejar e/ou, "meter os pés pelas mãos".
Aqui há um par de anos, um gestor de fundos veio apresentar-me um porduto e, em bom inglês, saraivou-me com vários "You knows" e "como sabe". O problema foi quando pedi-lhe que me explicasse como se tivesse dez anos, como funcionava e estava estruturado o fundo. Já não me lembro se gaguejou mais vezes do que as que meteu os "pés pelas mãos"...
b) Com imensa humildade confesso que considero válido o axioma da economia: os agentes económicos adoptam comportamentos racionais; agora isso não permite passar para uma inferência lateral que, qualquer comportamento racional tem resultados/efeitos positivos; podem não ter.
Objectivamente o povo não é estroina, apenas reagiu a estímulos e a condições existentes.
c) Qualquer ser humano merece o meu completo respeito pelo que, considerar que os meus semelhantes em redor são "burros" é uma injúria e uma ofensa, até para o próprio; vivendo em sociedade somos, também o que a sociedade é.
d) Não sei que informações têm mas, tenho de pena de lhe dizer que, esta crise atingiu todos e todos perderam património; porque perder não é apenas destruição é, igualmente, lucros cessantes.
Agora, que as perdas vão ser desiguais isso e disso não tenho qualquer dúvida; por isso, é que defendo, como muitos outros, que é urgente avaliar e sancionar os agentes responsáveis, sob pena de repetirmos os mesmos erros do início do séc XX.
Cumprimentos
joão
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAs “reformas” ansiadas pelos neoliberais a toda a hora clamadas, não são mais do que a concretização das mais que velhas aspirações do modo de desenvolvimento capitalista na sua faceta mais anárquica e selvagem e que ideologicamente dá pelo nome de neoliberalismo. O neoliberalismo que tardiamente enamorou os nossos políticos-empresários ou empresários-politicos (tal o modo frequente com que trocam de posição) e chegou ao nosso País quando já demonstrou por essa Europa fora o seu rotundo falhanço.
ResponderEliminarEstas “reformas” neoliberais são apresentadas como progressistas, e de acção - que têm a história do seu lado, que estão com o processo de globalização, da internacionalização da economia, contudo em realidade, ao contrário, acabam por mostrar a sua face de clara reacção. Reacção aos direitos sociais, à participação do Estado em políticas sociais, o que implica regressão da esfera pública numa época de aumento das desigualdade existentes encontrando-se inequivocamente contrárias ao espírito e à filosofia da Constituição Portuguesa.
Não são reformas, são contra-reformas, que representam um retrocesso Social e Politico e que deverão merecer o repúdio de todos os verdadeiros sociais-democratas deste País.
Caro Ruy:
ResponderEliminarReportando-me ao seu primeiro comentário, concordo que os trabalhadores, enquanto tal, não têm culpa. Mas os cidadãos têm certamente algum grau de culpa, quanto mais não seja por não terem guardado a cidade.
Uma nota ainda quanto aos produtos financeiros estruturados e exóticos: os nossos bancos não enveredaram, a não ser em dose mínima, por esse tipo de produtos. Por isso, eles não servem para explicar a nossa actual situação.
Quanto ao resto, más políticas tomaram de assalto a cidade, mas os cidadãos avalizaram-nas e ainda há um ano quiseram que continuassem.
Caro João:
Concordo com o seu primeiro comentário, mas tenho uma observação ao que começou por dizer. É que eu referi que o fim último dos Sindicatos não deve ser a perpetuação dos seus dirigentes no poder, como parece.
O que se poderia deduzir das suas palavras é um manifesto absurdo.
Caro Paulo:
Uma distinção:
Claro que os Sindicatos apelaram à greve por motivos ideológicos e por motivos de sobrevivência, aproveitando bem o descontentamento dos cidadãos.
Claro também que a maioria dos grevistas não fez greve por motivos ideológicos, mas por razões de descontentamento com as medidas tomadas.
E não estou agarrado ao passado. Estar agarrado ao passado é utilizar falácias para explicar uma situação. Procuro sempre ver onde está a causa das coisas. A mediata e a imediata. E não confundo causa com efeito.
Quanto à greve dos professores, não o sendo, mas tendo-os na família (a minha mãe também era), de facto não aprendi nada. Ou melhor, verifiquei que o tipo de avaliação pretendido era um absurdo. Um sujeito não pode responsabilizar-se e traçar objectivos pelo aproveitamento de uma turma, mas apenas pelo aproveitamento e objectivos na sua disciplina.
E só isso chegava para negar a avaliação.
Claro que sou pelas avaliações. Na esfera privada, fui avaliado e avaliei. E justifiquei semmpre, cara a cara, as avaliações. Como é lógico e natural. Custa? Custa e muito.
Alterei algumas? Alterei. Porque vi que a minha perspectiva estava errada.
E a coisa não era a brincar, tinha efeitos em termos de carreira e, mais que tudo, no crescimento profissional. E também nos bónus e distribuição de resultados.
Portanto, creio estarmos bem conversados.
Caro Tonibler:
Claro que não se podem esquecer os deveres da cidadania. Não só os direitos.
Caro Bravomike:
Pois também é claro que os Sindicatos, como formas mobilizadoras(ou imobilizadoras) da sociedade têm muitas culpas no cartório. Mas actuam como inocentes cordeiros.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaros, os portugueses têm várias expressões para decifrar a actualidade: "caldo entornado" ou "casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão", embora também fosse apropriado aplicarmos ao que assistimos a velha máxima "zangam-se as comadres sabem-se as verdades", porque agora todos apontam com muita clareza o que muitos esconderam como se fosse pecado falar nisso antes de ser tarde demais.O meu avô, diria simplesmente, a abanar a cabeça com vergonha, que "estamos nas mãos dos credores".Voilà.
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