Ficámos esclarecidos que é “uma questão de justiça social”. Pensionistas e desempregados que aufiram rendimentos acima do rendimento mínimo passam a pagar taxas moderadoras. Ficámos a saber que o rendimento mínimo é a fasquia no SNS para se alcançar a justiça social, ou seja, que acima desta fasquia – 485 euros – as pessoas e as famílias não precisam de apoio social.
Aos poucos e poucos o Estado Social vai ficando cada vez mais pequeno, sem que se discutam e esclareçam quais são as regras e os critérios que definem o que queremos e podemos ter. Quando o bolo para distribuir é pequeno, mais necessário se torna estabelecer como deve ser repartido e quem o pode comer. É por isso fundamental que seja feita uma discussão esclarecedora sobre qual é a definição de Estado Social defendida pelas diversas forças políticas, designadamente o PS e o PSD, e como é que é assegurada a sua sustentabilidade, em termos de direitos e do seu financiamento.
O PSD fez bem em lançar o tema para a discussão pública. A reflexão é incontornável. Estamos a ver que assim é. É preciso fazê-la mas de forma transparente e responsável para que não fiquem dúvidas sobre o que uns e outros querem e o que têm realmente para oferecer aos portugueses, sem ziguezagues, com verdade e sem disfarce. Igualmente importante é sabermos que modelo preconizam para concretizar o Estado Social, ou seja, qual o papel que o Estado deve ter na garantia da sua realização.
Há assuntos que são sensíveis, e como tal devem ficar excluídos destes locais de debate, pois podem ferir susceptibilidades, sendo eles: Politica, Religião e Futebol, mas depois de ler a sua reflexão, não resisto em deixar algumas considerações sobre este tema tão polémico. Em primeiro lugar, este Primeiro-Ministro nasceu com cérebro por engano. Bastava-lhe a espinhal medula. Não se deve curar o mal com o mal, mas muitas pessoas preferem a medida justa à justiça rigorosa. Não há vergonha nenhuma em se ser pobre, mas é deveras incómodo quando se criam medidas destas. A riqueza nestas circunstancias tem as suas vantagens, já a pobreza, embora tenha feito algumas tentativas nesse sentido, nunca provou ser vantajosa. Infelizmente, como o estado da arte está neste momento, o dinheiro representa saúde, a falta dele, a doença. Após alguma reflexão sobre este tema, posso concluir que ser estúpido, egoísta e ter boa saúde, eis as condições ideais para se ser governante e tomar medidas politicas que envolvam dinheiro. Muito simples: é o dinheiro dos outros.
ResponderEliminarAs taxas moderadoras são um bom exemplo da utilidade do estado português da corja de ladrões que o compõem. Se é um serviço de saúde como é que podemos entender que os mais ricos devem ser mais moderados que os mais pobres e, finalmente, se é para moderar porque carga de água é que as dificuldade financeiras podem justificar o seu aumento?
ResponderEliminarUma aposta como não vai faltar gasóleo no carro de todo o bosta de assessor e director geral?
Fugir aos impostos, mais que um imperativo patriótico, tornou-se uma questão básica de moralidade.
Margarida, também fiquei perplexa com a explicação do membro do Governo de que não se trata de arranjar mais receitas para o SNS porque "até não trará assim tantas receitas" mas que este aumento é uma questão de justiça social. Justiça social?? Então o que ditou as anteriores isenções foi o quê? Privilégios injustificados? De facto, há alturas em que mais valia estar calado, querer fazer de todos tolos é demais.
ResponderEliminar...além de que a imagem que escolheu para ilustrar o post está muito adequada!
ResponderEliminarCaro luis rosario
ResponderEliminarAs suas considerações, que agradeço, levam-me a acrescentar que a mania das grandezas leva muitas vezes à miopia da pobreza.
Ao contrário do que muita gente pensa e faz é importante encarar a existência da pobreza para que não nos esqueçamos dela. É, sem dúvida, um assunto sensível.
Caro Tonibler
As taxas moderadoras foram criadas com a justificação de incentivar a moderação do recurso aos serviços dos hospitais. É evidente que não moderam os ricos, mas moderam os pobres. Não se percebe onde está a equidade, também, invocada.
Suzana
Nem os peixinhos têm a mesma sorte!
Não há consistência nas medidas. Um dia é uma coisa, no outro dia é outra. É caso para perguntar, de que lado é que está a loucura?
Tchim Tchim!!!
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