Nos tempos idos medievais, havia o Senhor Feudal, com território autónomo concedido por alvará real, e que prestava vassalagem ao Rei.
Nos tempos modernos medievais, há um Estado aparentemente autónomo que presta vassalagem ao Senhor Feudal.
Nos tempos idos medievais, eram as Cortes Gerais do Reino que impunham as regras ao Senhor Feudal.
Nos tempos modernos medievais, as Cortes Gerais só podem impor as normas que os Senhor Feudal autorizar.
Nos tempos idos medievais, o Rei nomeava Juízes de Fora para julgar quem não cumpria a lei régia no território do Senhor Feudal.
Nos tempos modernos medievais, o Senhor Feudal interpreta as leis a seu modo e o Reino e as Cortes submetem-se com receio de rebelião.
Nos tempos idos medievais, o Senhor Feudal pagava tributo ao rei.
Nos tempos modernos medievais, o reino paga tributo ao Senhor Feudal.
Nos tempos idos medievais, um Pretendente ao trono nunca abdicava dos poderes e prerrogativas do trono.
Nos tempos modernos medievais, há Pretendentes a fazer vénia perante todos os desvarios do senhor feudal.
No fim, e a pouco e pouco, o Reino submeteu-se ao Senhor Feudal e o Senhor Feudal tomou conta do reino.
Nos tempos modernos medievais, há um Estado aparentemente autónomo que presta vassalagem ao Senhor Feudal.
Nos tempos idos medievais, eram as Cortes Gerais do Reino que impunham as regras ao Senhor Feudal.
Nos tempos modernos medievais, as Cortes Gerais só podem impor as normas que os Senhor Feudal autorizar.
Nos tempos idos medievais, o Rei nomeava Juízes de Fora para julgar quem não cumpria a lei régia no território do Senhor Feudal.
Nos tempos modernos medievais, o Senhor Feudal interpreta as leis a seu modo e o Reino e as Cortes submetem-se com receio de rebelião.
Nos tempos idos medievais, o Senhor Feudal pagava tributo ao rei.
Nos tempos modernos medievais, o reino paga tributo ao Senhor Feudal.
Nos tempos idos medievais, um Pretendente ao trono nunca abdicava dos poderes e prerrogativas do trono.
Nos tempos modernos medievais, há Pretendentes a fazer vénia perante todos os desvarios do senhor feudal.
No fim, e a pouco e pouco, o Reino submeteu-se ao Senhor Feudal e o Senhor Feudal tomou conta do reino.
Que bonita metáfora, caro Amigo, que bonita metáfora! E sobretudo, adequada!!!
ResponderEliminarNeste caso caro Dr. Pinho Cardão, foram as Cortes Gerais que "ofereceram" a prerrogativa legislativa, ao senhor que se arroga feudal. E se isso não bastasse, ofereceram ainda vários exemplos (PT e EP's) para execução dos quais não pediu ajuda ao senhor feudal...
ResponderEliminarClaro, caro Bartolomeu, basta o Senhor Feudal abrir os olhos para uma parte das Cortes se oferecer em homenagem.
ResponderEliminarBrilhante!
ResponderEliminarLindo texto e brilhante metáfora.
ResponderEliminarAplicável aos «senhores feudais» da Banca, dos Empresas Monopolistas de Estado; à magestática PT, aos Srs da Justiça e a todo o «estado-paralelo» que vigora na República Portuguesa.
Jamais essa metafóra - como pretende o seu ilustre autor - ser aplicável aos Açores.
Os Açores não são propriedade de nenhum «senhor feudal»; não tem de prestar «vassalagem» a ninguém e quanto a tributos ainda está à espera ser ressarcido pela antiga Corôa e a hodierna República de 500 anos de exploração, espoliação e prepotência.
Os Açores são Livres, coisa que chateia muita boa gente que ainda não vi que Portugal deve mais aos Açores do que o contrário.
Não se esqueçam que os contribuintes açorianos também vão pagar as roubalheiras do BPN e também contribuem para o todo nacional com muitos activos «intangíveis» e que são a joia da corôa da soberania (cada vez mais minguada) portuguesa.
Com os melhores cumprimentos,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSr. Paulo:
ResponderEliminarAtendendo à actualidade do tema - compensação salarial aprovada no parlamento açoriano, repito parlamento açoriano - é natural extrapolar a metáfora para este território ou para o presidente do Governo dos Açores.
Limitei-me a contraditar as premissas esplanadas em tão saboroso naco de prosa.
Mas quem quiser encontrar territórios feudais e senhores feudais nem sequer é preciso sair de Lisboa (Portugal é Lisboa e o resto é paisagem...).
Os portugueses do Continente até já não se movimentam livremente no seu território: pagam portagens e taxas por tudo onde é sítio.
Através de concessões, parcerias público-privadas e outras engenharias de assalto e saque, os portugueses do Continente já estão ao nível dos servos da gleba.
Neste preciso momento há uma turma bem vasta de «senhores feudais» com domicilio em Lisboa que se sentam diariamente à mesa do OE e que cortam para si espessas fatias orçamentais.
Mas conhecendo bem o ADN - UM POVO QUE TEM HORROR À LIBERDADE! - não me admiraria que dentro dalgum tempo viessem entregar novamente as suas vidas e os seus haveres a qualquer «salvador da pátria» que apareça, de preferência com um curriculum de pessoa «séria»...
O caminho da servidão é o destino desta nação que já foi dona de «meio mundo» e que agora está entregue à mais ignóbil social-mediocracia, corrupção e pouca vergonha.
Caro Dr. Pardal_:
ResponderEliminarPrimeiro que tudo, obrigado pelos elogios que fez ao texto.
Depois, para dizer que Senhores Feudais existiram sempre e em todo o lado e os Açores não são excepção. E muitos Senhores Feudais não eram apenas ciosos de defender os direitos que lhe tinham sido outorgados por carta régia, como não descansavam de agravar a Coroa enquanto eles não fossem ampliados. E quando se rornavam suseranos, impondo a sua lei sobre vários feudos, muitos pensaram que podiam chegar mais longe e mais alto. E a Coroa tinha que se precaver.
É da história, caro Dr. Pardal.
E também acho que, nos tempos modernos, há Senhores Feudais com território e sem território. Nenhum deles pode ser excepcionado.