A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz no relatório de "Avaliação do desempenho do sistema de saúde Português", elaborado em 2010, “que as famílias portuguesas mais pobres têm maiores gastos com a saúde e arriscam, por isso, vir a ter um acesso mais limitado a cuidados”. De acordo com a OMS, Portugal tem de reduzir as barreiras à capacidade de pagamento por estes cuidados, afirmando que "o peso dos custos directos das famílias é demasiado elevado em Portugal", em comparação com outros países.
Com este relatório da OMS, torna-se ainda mais pertinente questionarmos sobre a justiça de algumas das medidas tomadas recentemente pelo governo na área da saúde: pensionistas e desempregados que auferem o rendimento mínimo deixaram de estar isentos das taxas moderadoras do SNS; pensionistas com baixos rendimentos deixaram de beneficiar de medicamentos totalmente comparticipados pelo Estado. Medidas que contribuem para acentuar as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde em especial das pessoas mais desfavorecidas. A OMS está bem informada!
Com este relatório da OMS, torna-se ainda mais pertinente questionarmos sobre a justiça de algumas das medidas tomadas recentemente pelo governo na área da saúde: pensionistas e desempregados que auferem o rendimento mínimo deixaram de estar isentos das taxas moderadoras do SNS; pensionistas com baixos rendimentos deixaram de beneficiar de medicamentos totalmente comparticipados pelo Estado. Medidas que contribuem para acentuar as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde em especial das pessoas mais desfavorecidas. A OMS está bem informada!
Seja muito bem aparecida, cara Amiga!
ResponderEliminarÉ caso para dizer; não a víamos desde o ano passado...
;)
Pois, na verdade, aquilo que menso me preocupa é o facto de o relatório da OMS concluir a imparidade do peso dos custos directos que as famílias portuguesas suportam com a saúde, comparativamente com outras famílias de outros países. É que, se isso me preocupasse, teria de me preocupar também com a diferença entre as famílias portuguesas e as famílias guineenses, por exemplo.
aquilo que realmente me preocupa e não só relativamente às famílias portuguesas, é a falta de meios que muitas famílias não possuem, que lhes permitam o acesso a cuidados de saúde condígnos. Enquanto que, à semelhança de outros países africanos e orientais, só uma elite tem acesso a meios de tratamento de qualidade.
Ou seja, um tanto ou quanto de uma forma bacôca, os ricos podem ser saudáveis, os pobres, existem para morrer. A velha história da "carne-para-canhão".
Faço votos de que o seu 2011, seja um ano com muita felicidade, cara Drª Margarida!
;)
Pois muito gosto em cumprimentá-lo, Caro Bartolomeu. Já não nos víamos há muito tempo! Votos de um 2011 cheio de alegrias!
ResponderEliminarO relatório da OMS é que não nos pode alegrar. Só nos pode mesmo preocupar. Os poblemas acumulam-se e a questão é saber como é que os vamos resolver, especialmente como podemos apoiar as pessoas mais desfavorecidas e gerir melhor os recursos afectos aos serviços de saúde.