Um dos problemas mais sérios que se colocam às políticas de sustentabilidade ambiental, em especial as que visam garantir a manutenção de espécies e habitats, é lidar com espécies não-autoctones, resistentes e muitas vezes predadoras de elementos da biologia local que assim vai desaparecendo. Pois o NYT dá nota de uma nova ideologia: a da preferência pelo consumo de espécies invasoras como forma de controlo.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Novos (e curiosos) caminhos de sustentabilidade
Um dos problemas mais sérios que se colocam às políticas de sustentabilidade ambiental, em especial as que visam garantir a manutenção de espécies e habitats, é lidar com espécies não-autoctones, resistentes e muitas vezes predadoras de elementos da biologia local que assim vai desaparecendo. Pois o NYT dá nota de uma nova ideologia: a da preferência pelo consumo de espécies invasoras como forma de controlo.
Isto já foi inventado há muito. Para acabar com espécies invasoras dizia Mao a cada chinês: coma um rato por dia.
ResponderEliminarO velho Mao! Grande lembrança de um expoente das políticas de conservação...
ResponderEliminarAntes de Mao inventar isso, já os ratos eram apreciados nas viagens de navios. Como a fome era uma constante chegavam a valer muito, às vezes até desapareciam, e lá se ia ao ar o provérbio segundo o qual os ratos são os primeiros a abandonar os navios...
ResponderEliminarE os gafanhotos? Também designados como camarão do céu. E os lagostins de água doce? Para comer espécies exóticas, venenosas e que não fazem parte da nossa dieta, é preciso apenas uma condição muito importante: fome! Até os seres humanos são utilizados como matéria a consumir... Nada de novo, realmente, mas é sempre interessante.
Pode não ser novidade mas que o marketing é bom, lá isso é. Não sei se os australianos comem coelhos, ou os chineses carpas, mas a globalização tornou as invasivas uma espécie dominante, seja poruqe nascem naturalmente depois de trazidas as sementes ou as espécies, seja porque são importadas, matando pela concorrência os produtos autóctones. Hoje a minha filha disse-me que comprou espinafres portugueses em Londres, já lhe vou falar nas invasivas para estimular a exportação dos nossos legumes!
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