Já o havíamos prenunciado aqui. O Ministro da Presidência só veio hoje confirmar o que já se sabia. Não há responsabilidades políticas a extrair do facto grave de milhares de cidadãos terem sido demovidos de cumprir o seu dever de votar para a escolha do PR. Segundo Silva Pereira declarou hoje no Parlamento “o que aconteceu foi que o sistema informático do MAI - que estaria até reforçado -, não foi capaz de responder a uma concentração de procura, o que acabou por degradar toda a capacidade de resposta de todos os outros serviços que dependiam dele”. Reforçado, mesmo assim o sistem não se aguentou nas canetas. Coisas que acontecem, imprevistas e imprevisíveis. Prevísivel somente a atitude dos governantes solidamente agarrados aos lugares, inabaláveis na sua irresponsabilidade. Aconteça o que acontecer.
Nesta estória, uma coisa é certa: não são fiáveis os sistemas em que o governo confia para nos determinar o futuro desde pequeninos; mas sustentam-se os ministros para quem esses mesmos sistemas informáticos constituem verdadeiras apólices de seguro contra todos os riscos.
A solução requerida? Desmontem-se!
Não foi só isso que hoje se passou. Ao dizer aos restantes partidos que a lei foi aprovada na AR com o seu voto favorável, Silva Pereira tentou co-responsabilizar todo o parlamento de modo manifestamente irónico (o que é mau sinal), como se não houvesse responsabilidades em procedimentos que neste processo estão para além da letra da lei. Não sei como é que as pessoas como o Sr.Silva Pereira entram no PS e na política, mas imagino que deve ser pela grande capacidade que têm para ouvir os outros, porque no que toca a falar é mau demais.
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