Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo… Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura… Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
d'O Guardador de Rebanhos
ResponderEliminar(Fernendo Pessoa)
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo…
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura…
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
;)
Cansaço, em quadras:
ResponderEliminarSão muitos anos carrancudos
de venturas enganadoras
deixando problemas bicudos
de ilusões esbanjadoras…
Desse cansaço excessivo
após tantas amaritudes
fica um sentir repulsivo
por tão abjectas atitudes.
Verdadeiro cansaço, caro Ferreira de Almeida. Mas a poesia é um refrigério...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEntão também cavalgo na onda:
ResponderEliminar"Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo que são
São aquilo que eu pareço"
António Aleixo
;)