1.O titular da pasta das Finanças continuou a insistir hoje nesta tecla de que o desencadeamento da “crise” – crise ou festa a que ele próprio ajudou não sei se com total consciência mas em qq caso de forma objectivamente muito generosa – é condição necessária e suficiente para colocar o País em situação de ter de solicitar ajuda externa.
2.Eu não sou “bruxo” e não posso saber com exactidão o que se passa na cabeça destas pessoas...até devo admitir que se encontrem em fase de grande perturbação - o caso não é para menos, convenhamos - e que portanto seja justificado dar um desconto especial a algumas declarações.
3.Mas esta ameaça de recurso iminente à ajuda externa, quando nos encontramos já totalmente dependentes da mesma (concretamente do BCE, como procurei explicar em Post editado em 17 do corrente, “Chumbar PEC IV é empurrar País para a ajuda externa?”), ultrapassa os limites do aceitável, pois constitui uma total mistificação...
4.Não se concebe como é possível o Governo usar este tipo de argumentação que sabe ser totalmente destituída de fundamento – qual o interesse em ameaçar com a iminência de um cenário que já nos entrou pela porta adentro há quase um ano?
5.Será que a perturbação já chegou ao ponto de o Governo desconhecer a situação de dependência total do BCE em que a economia do País se encontra, via sistema bancário e dívida pública? E na falta da qual a economia portuguesa estaria nesta altura em fase de implosão?
6.Se assim for, se o Governo realmente desconhece isso, então a situação swerá bem mais dramática do que se possa imaginar, significando que o Governo já não tem quaisquer condições para exercer a sua função.
7.Se assim não for, qual então a razão de insistirem neste erro, tão evidente e fácil de desmontar?
8.Será que já não existem mais argumentos e usam este que equivale a terem-nos na conta de criaturas desprezíveis, sem qualquer capacidade de discernimento?
Pq não aproveitaram a moção do be para puxar a descarga?????
ResponderEliminarPura incompetência e covardia ..é bem feito que ele vos coma as papas na cabeça ..
Já perceberam que socrates vai fazer o enorme "sacrificio" de fazer tudo para se agarrar ao poder..inclusive na decisão de voltar atrás na intenção de se demitir..
Ele vai dizer ..ai e tal e coisa...a altura não é apropriada ..etc e tal ..e sempre comendo as papas ..na moleirinha...
Ou é o poder ou o xilindró..e ele sabe ..como sabe..
que sede...
É grande a perturbação. Hoje abri a boca de espanto ao ouvir o ministro das finanças a dizer que se o PM se demitir ele não fica no governo. Como é possivel admitir o contrário? Demência política, sintoma de que não somos nós que estamos com problemas graves de discernimento.
ResponderEliminarCaro Ferreira de Almeida,
ResponderEliminarEssa é verdadeiramente notável, não tinha reparado em tão inspirada declaração...
Mas não deixa de ser estranha esta ideia de plena colagem pessoal até ao cair do pano...
Fica a noção de que a convicção e a fé nas virtudes do erro, ao nível da equipa dirigente, é bem mais partilhada e solidáriamente assumida do que algumas boas almas querem fazer passar...
Mas a ideia não é essa? Até pelo espernear do Mário Soares se percebe que a república portuguesa morreu.
ResponderEliminarAquilo que não entendo é porque carga d'água se pensa que eu preferiria um governo como aquele que tivemos nos últimos 25 anos a uma comissão de profissionais que vai cortar violentamente na despesa.
http://www.tvi24.iol.pt/politica/mario-soares-apelo-a-cavaco-crise-politica-eleicoes-opiniao-tvi24-/1241173-4072.html
ResponderEliminarolha olha ..agora ficou angustiado ...
É mario ..angustia-te à vontade ..semeaste ventos ..agora colhe tempestades ...
Sim..tu és o grande timoneiro da revolução de abril ..deixaste milhares de mortos em angola..moçambique ... destruíste todos os valores morais da nossa sociedade ..
Agora é o auge ... os frutos da longa noite socialista estão prontos senhores ..
Os frutos da longa noite socialista estão maduros ..
São feitos de angústia !!
Sirvam-se à vontade ...
É boca livre !!!
Encham a barriga !!aproveitem ...é boca livre !!
Bolinhos de angustia !! quem quer ?
Bolinhos de angustia !! quem quer ?
http://www.tvi24.iol.pt/politica/assis-crise-politica-medidas-de-austeridade-ps-francisco-assis-tvi24/1241223-4072.html?f
ResponderEliminarÉ impressão minha ou o desesperado assis está de gravata laranja ?
E o cenário é laranja também ?
O que é feito do famosíssimo ROSA ?
ahahahahahaha kakakakakakakakakakakakakakakaka
Caro Tonibler; já aqui disse mais de uma vez e em tempo, que é chegada a altura do nascimento da Quarta República.
ResponderEliminarMas não, da Quarta República que o PS está a querer que o PSD de Passos Coelho e o CDS de Portas, gerem. E também não, a Quarta República que o PSD de Passos Coelho está a querer gerar com a barriga de aluguer do CDS de Paulo Portas.
Assis deu o mote, mas o PS não está ápto a fecundar e os restantes não estão dispostos a ser meros gestantes.
Portanto, uma Quarta República não poderá ter como berço, o protagonismo, pelo protagonismo. Uma Quarte República tem de ser fundada em determinação, em empreendedorismo, em lealdade e honestidade, e sobretudo sem rivalismos, enfin... aqueles valores em que muita gente deixou já de acreditar, mas que continuam a ser os únicos com força aglutinadora e dinamizadora.
E quem quiser entender o quão simples todo este processo possa ser, que avance e que conte com a adesão do povo português.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarSe há coisa de que não precisamos mesmo é que mudem o ordinal à refeição das moscas....
Há uma revolução a fazer que não é portuguesa, é global. Se tiver que nascer aqui, vai nascer aqui. Já não faz qualquer sentido haver representantes políticos numa sociedade em que pagamos impostos online. Já não faz qualquer sentido termos códigos de implementação da lei diferentes como se na Holanda fosse permitido matar e na Islândia fosse permitido roubar. Ninguém precisa de ser governado que não seja militar. Morreu, a república portuguesa morreu. A Bem da Nação.
Caro Tonibler, se em Portugal ainda existisse uma monarquia, eu apoiaria a sua continuidade.
ResponderEliminarMas a verdade é que esse modelo deixou de existir no nosso país, ha 100 anos. Para lhe ser muito sincero, a forma de sucessão monárquica, não se adequa, não é compatível com as exigências das sociedades modernas, assim como a forma de governação e a tradicional ligação do Rei, ao poder religioso.
Hoje, exige-se o direito à liberdade de expressão e de eleição pelo voto.
Em minha opinião também, não ha qualquer incompatibilidade na coexistência de impostos e de políticos. Pelo contrário, penso que, numa sociedade organizada, solidária, cabe aos políticos a missão da distribuição equitativa dos impostos, por forma a manter essa sociedade equilibrada, funcional e auto-sustentada.
Aquilo que a sociedade, o estado não pode permitir, é que os políticos eleitos democráticamente, se aproveitem da sua posição governativa e a desiquilibrem, e usem o dinheiro dos impostos de forma irresponsável e dolosa, que usem o dinheiro de todos, para favorecer alguns.
É necessário que haja uma mudança de governo, mas sobretudo, que haja uma mudança de política, caro Tonibler.
É necessário que se recuperem as indústrias e a produção, que se regule, que se distribua e que se promova. É necessário capacidade de olhar e de entender o país como um todo, de perceber as potencialidades de cada região e apoiar os projectos de desenvolvimento que visem requalificar meios e coloca-los a funcionar, a produzir, a empregar aqueles que sabem os oficios, mas estão inactivos e a receber do estado um subsídio que não é alimentado pelos proventos do trabalho, mas sim pelo recurso ao crédito externo.
Para isto, não precisamos de mudar o regime político, não é aí que reside o problema, caro Tonibler, precisamos de vontade e de visão.
Com isso, caro Bartolomeu, nunca concordarei. A única vontade e visão que precisamos é a de cada um de nós. A diversidade é o único verdadeiro motor do desenvolvimento, o resto são receitas de destruição.
ResponderEliminarComo é obvio, respeito a sua opinião, caro Tonibler...!
ResponderEliminarCaros Bartolomeu e Tonibler,
ResponderEliminarAcompanho com muito interesse esta dialética em torno da necessidade e das funções da república em Portugal.
Creio que a angústia (contida, certamente, não a do Dr. M. Soares) que os Senhores exibem quanto ao exercício das funções do Estado deriva, legitimamente, de um facto relativamente comezinho: os portugueses terem decidido, num acto de alucinação política, confiar as ditas funções a pessoas que não têm a menor noção do que estão a fazer, não estão minimamente preparadas para as desempenhar.
O que é necessário, por conseguinte - embora reconheça não ser tarefa fácil - é encontrar quem saiba desempenhar melhor, mas muito melhor mesmo, as funções do Estado.
Se for necessário, funcionando sem Governo durante um ou dois anos, subcontratando essa função a algum organismo internacional conhecido, que saiba o que está a fazer...
Poderíamos perceber melhor que tipo de falta faz esse órgão da soberania...
O mais complicado seria se chegassemos à conclusão de que o governo do País até funciona melhor em outsourcing...
Seria enorme a tentação para o renovar, por iguais e sucessivos períodos...
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarTer eleitos semi-analfabetos não é um exclusivo do estado português do período Socrático, nem dos estados. Quase todas as democracias passam pelos mesmos problemas, incluindo as corporações de capital pulverizado. A diferença portuguesa é que a alavancagem da estupidez e a estupidez da alavancagem coincidiram no tempo.
Mas o que a crise fez sair da estupidez da alavancagem também fez sair da alavancagem da estupidez e pode ser o estado português a primeira baixa da revolução, ao qual a Bélgica se pode seguir. Não há diferenças nas leis, não há qualquer razão para haver tribunais diferentes, as leis fundamentais são as mesmas, os direitos humanos são iguais, os amigos do facebook são de todo o lado, os polícias combatem os mesmos crimes, os militares andam juntos a combater os mesmos inimigos, as funções fundamentais dos estados são conhecidas de todos. A verdade é esta, soberania é um custo absurdo e não estou só a falar da Europa.