1.Já é oficial, o Governo em gestão vai mesmo avançar com a decisão que mais abominava e sistematicamente negava: solicitar a ajuda financeira do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e do FMI.
2.Caiu assim a última bandeira de um estilo de governação que se caracterizou, ao longo de 6 anos, pelo anúncio sistemático de calorosas promessas e de previsões optimistas, acabando quase invariavelmente em más notícias e no desmentido das previsões...
3.A última bandeira era a resistência, a qualquer custo, ao pedido de ajuda externa: “antes a morte que tal sorte” era claramente a mensagem que o PM incansavelmente proclamava quando confrontado com o assunto.
4.As palavras de ontem de alguns banqueiros bem conhecidos, em tom algo estranho pouco para quem nos habituou a um discurso muito circunscrito à orbita das teses oficiais, deixava já poucas dúvidas quanto ao que iria acontecer...e aconteceu.
5.Mas ao contrário das rábulas do passado - das falsas promessas e das previsões sempre desmentidas - devo admitir que neste caso a divergência entre o discurso oficial e a realidade final não será afinal tão negativa...
6.A ajuda externa e a condicionalidade que inevitavelmente terá de ficar associada, deverão finalmente por termo a um jogo sistematicamente viciado, que deixou um imenso rasto de destruição financeira e económica...
7.Vai ter custos, duros certamente, mas teríamos sempre de os suportar; assim, pelo menos, deveremos ter a possibilidade de ficar a conhecer a nossa real situação.
Ou José Sócrates vai dizer "o mundo mudou em 24 horas" ou ainda vai ser mais ridículo. O que é garantido é que vai haver uma peça de circo que será o primeiro acto do congresso do Partido Socialista e a abertura oficial da guerra das legislativas.
ResponderEliminarAinda assim acho que está relativamente calmo e consegue-se resolver com uns quantos 13º e 14ºs.
ResponderEliminarNão é a democracia que leva o país a bancarrota
ResponderEliminar«Não é a democracia que leva o país a bancarrota»
ResponderEliminarPois não,
diria mais que o "carácter".
Mas quando o sucesso também passa por espécimes como Vara, Rui Pedro Soares, ou Mr Valentim Loureiro presente no beberete da PR do dia de posse do Primeiro Magistrado da Nação,
estamos bem governados.
Vale, que este último, o 'major' fará por não deixar falir o Metro do Porto.
E vale, que no fim de semana da Páscoa, já não vou pagar portagem de auto-estrada para ir à terra.
No leque partidário,
todos de parabéns.
Agora é que a coisa vai ficar interessante, vamos lá ver o tamanho real do buraco...
ResponderEliminarBuraco?
ResponderEliminarQual buraco?
Nesta altura aquilo já é uma cratera.
Caro Flash Gordo,
ResponderEliminarÀ posteriori...Peça de circo de muito mau gosto, como seria de esperar...
Há doenças que não têm mesmo cura, esta de inibição permanente e compulsiva para dizer a verdade é uma delas...
Caro Tonibler,
Quer dizer 13º e 14º PEC's? Se for assim, contenta-se com tão poucos...?
Caros André Miguel e Anthrax,
Buraco ou cratera são expressões manifestamente benévolas para qualificar a extensão do trabalho de destruição financeira desta patriótica equipa dirigente...
Caro BMonteiro,
Esta notícia que nos informa candidamente não ter o Governo poderes ou competência para manter uma decisão JÁ TOMADA - qual seja a de introduzir portagens nas SCUT's - e ao mesmo tempo assumir que tem poderes para "negociar" um Programa de Ajuda com a UE/FEEF e com o FMI...
Só mesmo a (ainda) bem domesticada imprensa portuguesa é que digere com naturalidade coisas destas!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarEsses já não são precisos. O "culpeiro" está quase a meter o pé na Portela. Finalmente a unidade nacional vai ser obtida, governo e oposição, Portas e Louçã, bancos e sindicatos, todos serão unânimes. A culpa é do gajo do FMI!!!
Porque, em rigor, a única coisa em que todos discordavam era de quem atribuir a culpa. Porque como todos comiam da mesma malga, faltava-lhes esta componente fundamental.
Só tenho a acrescentar ao comentário do Tonibler o seguinte:
ResponderEliminarOs lobbies já estão a formar o exército para que tudo fique na mesma. O zé povinho vai, mais uma vez, passar fome e os criminosos que nos levaram a esta situação continuarão incólumes. Haverá uma coligação de todos os lobbies deste país com umas pitadas de "responsabilidade" e uma especiarias de "patriotismo" de forma a garantir que o próximo governo, governe o status quo e que as tais medidas de austeridade recaiam apenas e só sobre o zé povinho.
Vai uma apostinha?
Uma quadra...
ResponderEliminarMuitas coisas estão por destapar
dessa bandeira esburacada,
não existe forma de empapar
tanta ilusão putrificada.