Inovação e Inclusão: Novos Povoadores à conquista do Interior: "'Sou a prova viva de que com Internet podemos trabalhar em qualquer lado' Frederico Lucas tem 37 anos, três filhos e uma ambição: promover o êxodo urbano, trazer consumidores para os territórios de baixa densidade..."
Muito obrigado pela referência!
ResponderEliminarÉ um projecto interessante, sem dúvida; na senda de outros que reflectem o surgimento de uma nova consciência acerca do mundo e do verdadeiro significado, que cada um de nós atribui ao conceito de "qualidade de vida".
ResponderEliminarContudo, nada é linear ao ponto de pensarmos que basta pegar nos putos, na Maria e no portátil e encontrar uma cazinha abandonada... por exemplo, na serra da Lousã, reconstruí-la, pegando no machado e indo à mata cortar uns troncos, etc.
É evidente que não se salta de uma realidade citadina, cosmopolita, sobretudo se na bagágem transportarmos filhos e conjuges, para uma realidade rural, assim do pé-para-a-mão e que toda a gente nos vai dar palmadinhas nas costas e dizer:força, vai em frente, tou contigo, ganá onda!
;)
Quando mudei para o campo e porque o emprego se mantinha em Lisboa, toda a gente fransia o sobrolho e me dizia; mas... tinhas uma casa tão boa, a 5 minutos do emprego, com escolas e supermercados logo ao pé... foste viver para o campo, onde não ha nada... eu não era capaz!
Errado! Respondi thousen time's... na cidade é que não ha nada, no campo é que está tudo aquilo que eu e os meus necessitam. De tal forma que consegui transferir também os meus pais para perto de mim, e estamos a falar de pessoas na casa dos 80 anos, que sempre viveram na cidade e possuíam casa própria, onde tencionávam acabar os seus dias.
;)
Bem assinalada, José Mário, esta iniciativa.
ResponderEliminarPortugal vai ter que reequacionar as políticas de utilização do território e de aproveitamento dos seus recursos.
Precisamos de uma estratégia concertada para o futuro, envolvendo diversas variáveis que precisam de se combinar de forma coerente. Aqui está uma área em que é preciso estabelecer um rumo. Não faz sentido, por exemplo, que o poder local reme para um lado e poder central reme no sentido oposto. O abandono do interior do país e a concentração das pessoas na faixa litoral não faz sentido.
Isto de deixar a profissão liberal, coma clientela já consolidada, a meio do campeonato é dificil.
ResponderEliminarHá anos que sonho com a vida no Interior e o projecto consiste em corrar para lá na 1ª oportunidade. Mesmo antes da reforma, talvez.
Isto era o que eu queria fazer.
ResponderEliminarSó estou à espera que me despeçam (é que dava mais jeito para poder fazer a mudança).
De resto também vou fazendo uns trabalhozitos de freelance através da internet, mas não trabalho para ou com portugueses em território nacional.
Por isso posso dizer que o rapaz tem razão. Trabalhar assim é possível, não se ganha nada mal (mesmo quando se faz isto em part-time) e até podemos ter um cartão de débito que nos dá acesso aos fundos da nossa conta "virtual" sem ser necessário proceder a transferências para uma conta nacional.
De qualquer forma, não se pode é pensar que isto é uma forma de trabalho convencional que se adequa a toda a gente, porque não é.
Vale certamente a pena mencionar este tipo de projectos (há mais além deste), mas nem tudo são rosas.
ResponderEliminarEste comentário vem de um "povoador" que já não é assim tão novo, ocasional mas empenhado, investidor considerável mas desiludido com as dificuldades burocráticas e de falta de ética profissional, persistente mas realista.
Qualidade de vida? Depende do que se procura e da liberdade que se tem de escapar quando (e enquanto) se sufoca.
Caro JMFAlmeida
ResponderEliminarCom um, mais do que previsível, IVA a 25/26% vamos criar um túnel negro e despovoado entre os kms 90/100 (partindo da costa) e o km 160/170 (também a partir da costa).
O efeito de um IVA, pelo menos 2/4 pontos mais baixo vai ser devastador para o comércio das localidades do interior a partir de 100 km da costa.
Os 5/6 anos de ajustamento pode criar um ovimento de novos povoadores fixados junto da fronteira e beneficiando da qualidade de vida e de um nível de vida barato. Mas vai desertificar completamente a parte "central" do Continente.
Cumprimentos
João
Gostei, o testemunho é muito convincente, mas tem que haver sempre um "motivo" para pegar na trouxa e ir para um local onde não se tem raízes. E, quando não se vai "atrás de alguém",como o protagonista, é mais difícl levar os que já estão connosco... Tenho uns vizinhos que se mudaram para uma aldeia depois de se reformarem e a filha ter casado. Vinham de vez em quando, encantados com a sua nova vida. Agora voltaram, os netos precisam da ajuda deles para viverem em Lisboa e os pais a trabalhar.A vida é difícil...
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