A polémica é antiga e reincidente. São as inaugurações em períodos eleitorais. Governo e oposição, pois claro, não se entendem. São inaugurações de tudo e mais alguma coisa, pelo país fora, durante a semana e aos fins-de-semana, mobilizando ministros e secretários de estado em todas as direcções, ao ritmo de fazer "render o peixe", com as obras mais ou menos concluídas pouco importa.
Em período eleitoral aí está o governo com uma carteira programada de inaugurações, em grande mobilização, tudo serve e é importante para mostrar obra. O argumento de que o governo está em gestão, não está parado, está a trabalhar não chega para responder à oposição que considera que as recentes inaugurações feitas por membros do Governo a um mês de eleições são “inaceitáveis”.
O que é preciso é conquistar votos, mostrar a obra erguida, difundi-la pelas televisões, para que todos vejam os rostos do governo e do seu trabalho.
Pouco importa se as obras não estão acabadas ou se foram acabadas à pressa, se não estão licenciadas, porque o importante, mesmo, é discursar, cortar a fita, baptizar a placa, meter a chave à porta e comemorar com uns doces e beberetes, tudo na presença da comunicação social e com o povo por perto.
O problema é que todas estas inaugurações se fazem com dinheiros públicos e envolvem governantes que também são candidatos às eleições. É importante que se avaliem os custos políticos de reconhecer aos governos o direito de mostrarem em período eleitoral as obras feitas. Uma reflexão que é válida, simultaneamente, para governos e para autarquias. Em Espanha, a lei proíbe inaugurações em vésperas eleitorais. Não conheço os detalhes desta limitação, mas o princípio geral é adequado, para que se evitem as vantagens que um sistema de inaugurações confere a quem governa, para que se proteja a utilização abusiva do dinheiro dos contribuintes.
Em período eleitoral aí está o governo com uma carteira programada de inaugurações, em grande mobilização, tudo serve e é importante para mostrar obra. O argumento de que o governo está em gestão, não está parado, está a trabalhar não chega para responder à oposição que considera que as recentes inaugurações feitas por membros do Governo a um mês de eleições são “inaceitáveis”.
O que é preciso é conquistar votos, mostrar a obra erguida, difundi-la pelas televisões, para que todos vejam os rostos do governo e do seu trabalho.
Pouco importa se as obras não estão acabadas ou se foram acabadas à pressa, se não estão licenciadas, porque o importante, mesmo, é discursar, cortar a fita, baptizar a placa, meter a chave à porta e comemorar com uns doces e beberetes, tudo na presença da comunicação social e com o povo por perto.
O problema é que todas estas inaugurações se fazem com dinheiros públicos e envolvem governantes que também são candidatos às eleições. É importante que se avaliem os custos políticos de reconhecer aos governos o direito de mostrarem em período eleitoral as obras feitas. Uma reflexão que é válida, simultaneamente, para governos e para autarquias. Em Espanha, a lei proíbe inaugurações em vésperas eleitorais. Não conheço os detalhes desta limitação, mas o princípio geral é adequado, para que se evitem as vantagens que um sistema de inaugurações confere a quem governa, para que se proteja a utilização abusiva do dinheiro dos contribuintes.
Pois, é como muito bem diz, cara Drª Margarida, o costume já vem de antigamente e tem sido refinado e apurado, tendo sempre na mira o pacóvio que ergue o netinho nos braços para que o Senhor Primeiro Ministro lhe beije a bochecha, ou lhe conceda um afago na angélica cabecinha. E tudo sempre acompanhado de muitas palmas e bandeirinhas e remido a sandochas de afiambrado, mine e uma peça de fruta. Depois acaba-se a festa na caminete ao som do acordeon da Teresinha e dos ferrinhos do Manel D'Adriça. Até porque o pobõe fica sastefeito quando vê aqueles senhores muito bem postos chigar nos carrões a reluzir e a espavanar às abuzinadelas pró pobo sarredar. E gosta tãobein de ber o senhor predizente da câmbra e o da ajunta cas suas barriganas a sair do casaco e o nó da grabata desabotoado a esbagoeirarem-se em suor, mas todágente munto cuntente porcanossa terra é amaiore canudo!
ResponderEliminarCaro Bartolomeu
ResponderEliminarUma fotografia de alta definição!