Vamos pela certa ver invocado muitas vezes o nome da Troika para justificar fazer o que já há muito muito tempo deveria ter sido feito. Também vamos ouvir muitas vezes o argumento de que é a Troika que manda fazer. Com a Troika sempre à mão tudo está justificado, a bem de não perdermos tempo a olhar para um passado vitorioso de decisões megalómanas e ruinosas. Com a Trioka está tudo entendido.
É extraordinário que se acene com a crise para encontrar uma justificação para que agora, de repente, se tomem decisões que há muito tempo deveriam ter sido tomadas, branqueando que a crise que nos levou à Troika foi justamente alimentada por essas decisões. Para quê lembrar que o dinheiro dos contribuintes foi abusivamente utilizado e desviado da economia produtiva para o palco do show off mediático das grandes obras e realizações políticas. Para quê, se afinal tudo foi feito em nome da grandeza nacional.
Aos poucos e poucos vamos ouvir falar de alguns elefantes brancos. Não fora a crise e estariam muito sossegados no reino da falsa abundância. A Câmara Municipal de Leiria vai vender em hasta pública o estádio de futebol do Euro 2004. Passaram-se sete anos sobre um investimento sem viabilidade económica e incapaz de gerar valor social. Ainda assim sobreviveu muito tempo, a consumir dinheiro público sem qualquer retorno.
Eis a respectiva factura: foi orçamentado inicialmente com um custo de 20 milhões, acabou a custar 90 milhões - 4,5 vezes mais – e vai ser colocado à venda por 65 milhões euros! Aguardemos para saber se alguém o quer comprar, por quanto e para quê! Apuramento de responsabilidades? Por agora, nada previsto.
Cara Margarida,
ResponderEliminarO governo da república pode compra-lo para fazer o santuário da imbecilidade nacional e até construir uma estátua visível da autoestrada com a cara do Madail. Porque partidos envolvidos no evento lembro-me de 3, pessoas a festejar e a participar cerca de 10 milhões e, culpados confessos, para aí uns zero. Assim as pessoas que saem de Lisboa podem ir a Fátima celebrar a sua religiosidade e seguirem logo para Leiria para celebrar a sua estupidez, que faz um domingo em grande.
Em alguns países asiáticos, o facto de nascer ou ser encontrado um paquiderme com estas características, é assinalável e aquele que o possuir torna-se rico de um instante para o outro.
ResponderEliminarPor cá a "coisa" é banal, aparecem todos os dias elefantinhos e elefantões brancos em todos os pontos do país. Por isso, já pouca ou nenhuma importância lhes é atribuída.
Por cá, valorizam-se imensamente as pulgas amestradas, os macacos de imitação, os porcos voadores, as cobras cuspideiras, as araras trepadoras e os ursos pardos.
Outros costumes... outros circos...
Quanto à venda do estádio e dos seguintes... ha dias disseram-me que andavam aí uns chinocas a quere comprar clubes de futebol.
ResponderEliminarNão sei se foi devido àquilo que o Futre disse na candidatura de Dias Ferreira...
Seja como for, a pergunta, talvez não se coloque a nível de saber por quanto será vendido o estádio de Leiria, mas sim, quem e quanto vai ganhar com essa venda...
O nick aparece crotalus, mas sou o Bartolomeu, como estou no portátil do meu filho e não consigo mudar o nick...
ResponderEliminarCaro Tonibler
ResponderEliminarReligiosidade e estupidez é que não conjugam bem!
Caro Bartolomeu
Por cá os elefantes brancos, uns maiores outros mais pequenos, também fizeram fortunas de um dia para o outro. A sua venda também vai dar a ganhar a mais alguns. Ninguém compra elefantes brancos de borla. A perder ficará sempre o contribuinte!
Cara Margarida,
ResponderEliminarReligiosidade e estupidez não combinam bem? Essa agora! Então não combinam? Na grande maioria dos casos andam praticamente de mãos dadas e há que não esquecer que durante muito tempo, a ignorância serviu (ou serve) os interesses religiosos.
A sua afirmação é apenas verdade numa determinada perspectiva. Mas para aqueles que beneficiam da situação, a afirmação é falsa.
É claro que por muito perverso que pareça, o que está feito está feito. O dinheiro dos contribuintes foi gasto na aquisição dos espécimes, agora resta gerir a situação da melhor forma possível.
Se a CM de Leiria quer vender o estádio em hasta pública, então que venda. É uma forma fácil de se livrar de um custo (e não de um investimento, porque nunca o foi). Que isso lhes sirva de lição e que não lhes seja oferecido outro estádio, dado que já tiveram a sua oportunidade. Se não sabem gerir instalações é, realmente, preferível que passem a bola a quem sabe e/ou tenha planos para o local.