domingo, 30 de outubro de 2011

A obra inacabada do "famoso José"...

1.Segundo a imprensa de hoje, o “famoso José” andará por estes dias numa roda viva de telefonemas e outros contactos para os seus apaniguados com assento na AR, procurando convence-los a votar contra a proposta de OE/2012.
2.Serei talvez das não muitas pessoas com disponibilidade para compreender esta azáfama patriótica do “famoso José”: considero que a rejeição da proposta do OE/201 - para a qual os votos dos apaniguados não serão certamente suficientes, mas fica a mensagem – seria o corolário lógico da estratégia de política económica e financeira que o ”famoso José” tentava prosseguir quando, em Maio do corrente ano, se viu obrigado a deitar a toalha ao chão...
3. Para melhor explicar o raciocínio, permito-me remeter para o Post que aqui editei em 25 do corrente, intitulado “Resgate Financeiro: o ex-PM estava cheio de razão?”, no qual recordei que o “famoso José” só muito contrariado acedeu a solicitar a ajuda internacional à EU e ao FMI…
4.Esse pedido de ajuda, em estilo SOS, terá sido preparado pelo ex-Ministro das Finanças quase à revelia do ex-PM, sob forte pressão da banca – que pressentia a aproximação do abismo – e apresentado ao ex-PM como “fait accompli”, deixando-o superiormente irado segundo rezam algumas crónicas de próximos de S. Bento…
5.Não lhe tendo assim sido possível prosseguir até ao termo final o arrojado projecto de conduzir o País à ruína financeira e à bancarrota, apesar de nele ter empenhado todo o seu reconhecido talento e força de vontade, o “famoso José” tenta agora, quase em desespero de causa, convencer os seus apaniguados a dar um sinal, apesar de não eficaz, de que esse seria o caminho certo para resolver os problemas com que o País se defronta…
6.O “famoso José” não descansa na Sorbonne pelos vistos, continuando a dedicar uma parcela do seu precioso tempo a curar dos nossos interesses, pedindo aos seus apaniguados uma atitude de grande coragem e do mais abnegado patriotismo…
7.Tal como as capelas imperfeitas do Mosteiro da Batalha, será que a obra inacabada do “famoso José” ficará para sempre por terminar, ou conseguirá ele um dia ver o seu projecto realizado? À cautela, mais vale prevenir, para que a nossa ruína final não passe de sonho do "famoso José"...

8 comentários:

  1. Caro Tavares Moreira,
    O que é que interessa agora saber a quem telefona o zé?
    Já vai sendo tempo de seguirmos o nosso velho ditado: rei morto rei posto.
    Agora é tempo de olharmos para o rei posto.
    O outro já embalou a troxa e andou.
    Por isso, agora é tempo de olharmos para os trapos que sujamos todos os dias, e começar a lavá-los.
    É que de tanto darmos atenção ao rei morto, um dia destes ele ainda rescuscita...
    A menos que precisemos de um demo para exorcisarmos os nossos próprios pecados.

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  2. O que faz o Zé ou não penso que neste momento pouco preocupa os Portugueses, que vêm no Zé a imagem pior do seu alter ego. O que preocupa verdadeiramente os Portugueses é saber quando é que há um autoridade em Portugal que dá desenvolvimento à investigação de uns centos de milhões que andam ai perdidos pelo hiperespaço dos paraísos fiscais. Afinal nenhum Português de bem (que ainda os há, infelizmente poucos no espaço público) gostaria de saber que os Magalhães, as PPP, o parque escolar e tantos outros veículos do porreiro pá nacional, vão-nos ser cobrados a língua de palmo (como gosta de sublinhar o camarada Jerónimo - haja ainda um autóctone/indígena em Portugal para se bater contra os cow-boys como os Lima, os Loureiros,os Morais e tantas peças de fino caráctes).

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  3. Não me parece que neste orçamento haja muito que leve o José a largar os fundamentos dos positivismos neo-clássicos(seja lá o que isso for).

    Mais preocupante deverão ser as ondas que alguns notáveis do PSD andam a levantar sobre negócios manhosos do tempo do Zé. Se calhar os media perceberam mal o afã do filosofo...

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  4. Como serão um dia retratados por um historiador de mérito, estes tempos?
    Do século XIX, temos um livro precioso de Vasco Pulido Valente: "Os devoristas".
    Esgotados os políticos dos primeiros anos do regime, afinal formados nas suas anti democráticas universidades, tinha de surgir o homem novo português.
    O último destes moicanos, emigrou para a cidade luz em peregrinação interior.
    Rezemos para o ver de regresso com o seu amigo "porreiro pá".
    A bem do Regime.

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  5. Bmonteiro

    O problema da realidade histórica é que há sempre uns senhores que arranjam maneira de acoplar uns carros vassoura que limpam e dão um polido à imagem (talvez por isso esta coisa tão portuguesa da pedra mármore).

    Quantos terão hoje o seu nome nos anais da história de Portugal, depois de terem "isaltinado", nova forma e termo verbal, com i pequeno, que brevemente poderá adornar os dicionários pós acordo ortográfico.

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  6. Caro SC,

    Embora respeitando o seu ponto de vista, devo confessar-lhe que não o aceito...
    Pela razão simples de que "o outro", como diz, agarrou na trouxa e andou, mas nós ficamos para aqui a pagar uma factura monumental por conta da sua irresponsabilidade (admitindo que foi só irresponsabilidade...).
    E, pelos vistos, não é bem assim, pois continua a mexer-se para tentar tratar-nos da vida da forma mais elementar...
    As simplificações e esquecimentos no modelo que propõe (com o devido respeito, renovo) transformam-se em música celestial para esta "rapaziada", incentivando-os a a voltar ao local do crime e a repetir a proeza...

    Caro BMonteiro,

    Que premonição mais azarenta que nos sugere...
    Não haverá outro espaço disponível, num mundo com mais de 7mil milhões de habitantes, para a avantesma poder estacionar sem mais dano para os nossos bolsos?

    Caro Tonibler,

    Admito que o tema que suscita para explicar as neo-movimentações do neo-filósofo que entusiasma as aulas da Sorbonne com o brilho das suas divagações antropo-metafísicas possa ser muito rico de conteúdo..
    Não tenho informação privilegiada, por isso digo apenas que admito...

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  7. Anónimo19:16

    Caro Tavares Moreira,

    Acrescentaria apenas o facto histórico de o PM ter tentado, de facto, fazer crer a população portuguesa mais desinformada de que a razão para o país estar como está ter surgido de um dia para o outro com a não aprovação de medidas pela oposição. É patente que houve de facto um plano orquestrado para o PS renovar o poder e despejar toda a responsabilidade em terceiros, tão sujo como a farsa da eleeição da nova liderança, como se verá no futuro trágico por que passará José Seguro quando o putinismo se fizer revelar.

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  8. Caro Flash Gordo,

    Muito oportuno, seu aditamento!
    Esse estratagema do "famoso José",se tivesse resultado, ter-nos-ia atirado para a insolvência declarada, com as consequências que já aqui assinalei...
    Quanto a Seguro, o "famoso José" estará a tratar-lhe da saúde, com sucesso semelhante ao que obteve para nos trazer até ao limiar da penúria...

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