Nos últimos dias tem havido uma chuva de notícias sobre a assinatura de contratos de concessão por parte do Estado para a exploração de minério, designadamente ouro, ferro e volfrâmio. A informação é muito difusa com o Ministério da Economia a realizar cerimónias de assinatura de contratos debaixo das câmaras de televisão e a fazer saber que tem mais contratos para assinar e que existem dezenas de pedidos junto da Direcção Geral de Energia e Geologia para a prospecção e pesquisa de minérios metálicos. Às tantas ainda nos convencemos que descobrimos um “filão”.
As reservas de minério nacionais - segundo dados do Laboratório Nacional de Energia e Geologia valem o equivalente a um PIB - passaram a estar na rota de algumas das maiores multinacionais do sector devido ao aumento do consumo e à subida do seu preço a nível mundial, designadamente o ouro que acumula onze anos de ganhos consecutivos e este ano já valorizou 24%.
A criação de condições para a prospecção e exploração destas reservas deve ser inserida numa preocupação mais vasta da exploração dos nossos recursos naturais. Já muito foi dito e redito sobre a importância para a nossa economia de aproveitarmos os recursos naturais de que dispomos, desde os recursos do mar, passando pelos recursos da floresta até aos recursos agrícolas. Seria importante percebermos como pretende o governo colocar os recursos naturais ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento e crescimento. Não se trata apenas de assinar e anunciar contratos de concessão “milionários” de exploração - que esperemos defendam os interesses do Estado - mas de saber como pretendemos internamente acrescentar valor a esta actividade. Num momento em que as más notícias se multiplicam ao minuto, as boas notícias por serem raras merecem ser devidamente explicadas e informadas...
As reservas de minério nacionais - segundo dados do Laboratório Nacional de Energia e Geologia valem o equivalente a um PIB - passaram a estar na rota de algumas das maiores multinacionais do sector devido ao aumento do consumo e à subida do seu preço a nível mundial, designadamente o ouro que acumula onze anos de ganhos consecutivos e este ano já valorizou 24%.
A criação de condições para a prospecção e exploração destas reservas deve ser inserida numa preocupação mais vasta da exploração dos nossos recursos naturais. Já muito foi dito e redito sobre a importância para a nossa economia de aproveitarmos os recursos naturais de que dispomos, desde os recursos do mar, passando pelos recursos da floresta até aos recursos agrícolas. Seria importante percebermos como pretende o governo colocar os recursos naturais ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento e crescimento. Não se trata apenas de assinar e anunciar contratos de concessão “milionários” de exploração - que esperemos defendam os interesses do Estado - mas de saber como pretendemos internamente acrescentar valor a esta actividade. Num momento em que as más notícias se multiplicam ao minuto, as boas notícias por serem raras merecem ser devidamente explicadas e informadas...
A Colt Resources faz correr tinta à algum tempo (http://www.oje.pt/noticias/negocios/canadiana-colt-resources-quer-explorar-ouro-em-montemor-o-novo), não é propriamente uma grande multinacional, com activos de 5,2 milhões de euros e capitais próprios de 5 milhões de euros. Na sua estrutura pontuam três, desconhecidos, portugueses (http://www.coltresources.com/en/management-team)
ResponderEliminarA minha dúvida, é se nestes golden business, não vai aparecer um "Coelho" ou um "Lima" ou um "Vara" prontos a "filar" o filão...
ResponderEliminarQuem sabe... se naquele deserto para além do Tejo, os camelos não irão ficar... aquem do Tejo...
;)
Bem, os recursos naturais continentais que são nossos não são à partida exploráveis(são reservas naturais) e não vejo onde é que o governo tem alguma coisa a ver com isso. Os outros recursos, aqueles que têm um proprietário e/ou um gestor cabe-lhes a eles fazer essa exploração e montar a operação, pelo que fico algo preocupado quando ouço que o ministro anda de volta de contratos quando deveria andar de volta de licenças.
ResponderEliminarCara Margarida,
ResponderEliminarPor este andar ainda vamos assistir ao regresso da função de "garimpeiro" no continente português, ou seja a um mercado paralelo na actividade de extracção mineira...
Ou então a uma reedição da famosa mas já esquecida "febre do volfrâmio", do tempo da II guerra, a qual permitiu, de resto, que Portugal tivesse registado pela primeira e última vez desde que há memória estatística, um superavit na sua balança comercial!
Bartolomeu
ResponderEliminarNão é do dia para a noite que os "fileiros" desaparecem...
Pois é, Caro Tonibler, há explicações para dar...
Caro Dr. Tavares Moreira
Já me tinha esquecido da palavra "superavit"!
Esperemos que, desta vez, o que luz seja mesmo ouro...!
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