sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Taxas moderadoras?

O aumento das taxas moderadoras anunciadas pelo governo são assustadoras. Quem conhece a realidade do país sabe que esta atitude vai ter consequências negativas precisamente em termos de saúde! Um paradoxo. Mais um a juntar a tantos outros. O que o Governo pretende é cobrar, não pela totalidade do preço dos atos, mas quer obrigar o cidadão a pagar o "consumo" dos cuidados de saúde. Estou convencido de que não ficarão por aqui. Para 2013 haverá mais, em 2014 mais um bocadinho e assim sucessivamente. Também não posso aceitar a designação de taxas moderadoras, porque não são. Vejamos, o Governo anunciou quem irá ficar isento, afirmando, inclusive, que o número dos que não têm que pagar vai aumentar! Sendo assim, onde está o efeito da dita "moderação"? Se milhões de cidadãos não vão pagar, logo, não há qualquer moderação, pelo contrário, aumentam os que ficam isentos, que deverão continuar a "sobrecarregar" o SNS. Quem vai pagar são sempre os mesmos, os que já pagam com língua de palmo para que este país consiga arrastar-se pelas ruas da amargura fingindo que existe. Se entre os pagantes existem pessoas para as quais as taxas moderadoras não constituem grande problema, o mesmo não acontece para a dita classe média obrigada a "moderar" os seus instintos na procura dos cuidados de saúde, acabando por ser penalizados, em termos financeiros, e correndo riscos acrescidos de agravamento dos seus problemas clínicos.
Tenho, cada vez mais, dificuldade em compreender certas medidas. Só espero que os tais 200 milhões de euros, que o ministro Gaspar pretende encaixar com as taxas, não sejam "compensados" por prejuízos superiores decorrentes da falta de cuidados naqueles que têm de refrear os seus "desejos" na procura do SNS.
A loucura também é fonte de prejuízo.
Chamem-lhe tudo, mas não lhe chamem taxas moderadoras, porque não são, pelo menos para todos.

9 comentários:

  1. Acrescente-se a alteração das rendas e vamos assistir a uma implosão real e a um retrocesso muito para aquém do 25 de Abril. Para este desgoverno só uma palavra: criminoso!

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  2. são taxas moderadoras do déficit

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  3. Falta de consciência da bancarrota, de que estamos falidos?
    Na verdade, devia ser abolida a designação de taxas moderadoras.
    Aliás, nunca devia ter sido inventada.
    O que eu escusava, era de ter estado de baixa há uns dez anos, no Hospital da Estrela, sem sequer ter pago a alimentação que economizei em casa.
    Quanto a este 'desgoverno' que não defendo, está a fazer por manter o navio deixado por duas décadas de comando de malfeitores.

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  4. Há dias o seu "Porrudo" recordou-me o "Pelúcio" e, intrometidamente, li-lhe o "Anacleto".

    Não sei se teve paciência para me perdoar o abuso e ouvir o recitativo mas venho, se me permite, deixar aqui o endereço do "Pelúcio", um tipo inesquecível porque aparece por muita parte.

    Aqui o tem:

    http://aliastu.blogspot.com/2011/12/bom-ano.html


    Bom Ano!

    PS - Quanto às taxas sobremoderadoras, não sei que lhe diga. Porque não sei para onde vamos.

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  5. Rui Fonseca

    Soberbo. Apreciei imenso e consegui "ver" o Pelúcio em toda a extensão física e mental. Vale a pena ler e registar, sobretudo nesta época, em que andamos a desejar Bom Ano uns aos outros. Atendendo à situação, quase que me sinto um Pelúcio, "Para quê?", mas, aqui, e depois de lhe ter deixado a primeira parte deste comentário no seu post, não posso deixar de lhe desejar Bom Ano e dizer que fiquei muito satisfeito por o ter "induzido" a escrever o texto.
    Para quem não o tenha lido, convido os leitores do 4R a lê-lo. Tenho a certeza de que ficarão muito agradados.

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  6. Agradeço-lhe, sensibilizado, e renovo os meus votos de Bom Ano!

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  7. como hipocondríaco de serviço certamente que refreia

    mas o tempo de espera é também um bom dissuasor (excepto para reformados que andam a contar a vida e feitos antes e depois da morte de D.Carlos V

    de resto com tanta 3ªidade a fazer voluntariado nos hospitais só para irem falando dos achaques com os médicos enfermeiras e pessoal a quem dão bolachas

    acho que não vai impedir ninguém de aparecer

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  8. E essa do retrocesso do D.Afonso Anriques devia viver perto de um hospital distrital antes do 25 de Avrile....aqui o médico que andava de burrico e dava consultas em casa já é do tempo da dita 1ª república circa 1919

    de 1920 para cá cocaína e Ford modelo T a rodos

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