terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Uma Presidente insuspeita de um governo de suspeitos!...

Dilma Rousseff tem dedo para escolher ministros. Já são sete os que foi obrigada a demitir, indiciados por corrupção. É, sem dúvida, recorde mundial.
Mas a imagem não sofre mossa. Não há criticas a Dilma pela sua inabilidade manifesta para fazer um governo honesto.
Porque a esquerda e os seus braços armados na comunicação social não brincam em serviço. Esquecem-lhe a falta de geito, e enaltecem a sua luta contra a corrupção. Pelos vistos, quanto mais ministros suspeitos escolher e, depois, demitir, mais a sua imagem brilhará.
E assim se promove um Presidente insuspeito de um governo de suspeitos.
Nesta matéria, a esquerda sabe o que faz. Infelizmente, quase só nesta.

7 comentários:

  1. Caro Pinho Cardão,
    Com todo o respeito, o seu comentário parece-me falhar totalmente o alvo. A questão a discutir será os jornais serem "de esquerda", ou uma Presidente não hesitar face a acusações de corrupção aos seus ministros?
    Ou será que prefere um modelo "à italiana" em que o 1º ministro (de "direita", by the way) tem sobre si (dezenas?)acusações de corrupção, e só saiu à "martelada"?
    E mesmo reconhecendo as diferenças de base, quer comparar a evolução que o Brasil teve nestes últimos anos (presidentes de "e...") com a presente situação italiana (que tem sido governada pela "d...")?

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  2. Caro Jorge Lúcio:
    Também me parece que o seu comentário falhou a baliza e não mete golo.
    Um Presidente de direita, qualquer que fosse, que, no espaço de pouco mais de um ano, tivesse que demitir sete ministros por si escolhidos por serem suspeitos de corrupção, seria alvo de todas as críticas e diariamente convidado a demitir-se pela comunicação social. Com Presidentes de esquerda é raro tal acontecer e tudo a comunicação social lhes vai perdoando. Acontece agora com Dilma e aconteceu com Lula.
    O exemplo de Berlusconi também não é o mais feliz. no caso em apreço. Pois houve lá algum 1º Ministro tão fustigado pela imprensa nacional italiana como internacional como Berlusconi?
    Ainda uma terceira observação. Acha que escolher de rajada sete Ministros, depois acusados de suspeita de corrupção, abona alguma coisa em favor de quem os escolheu? Claro que demiti-los não revela nem coragem, nem bom senso, é o mínimo que se pode fazer. Até para salvar a pele.

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  3. Continuo a insistir que me parece existir no seu comentário alguma obsessão com uma suposta preferência dos jornais pelos políticos de esquerda. A presidente fez bem em demitir os ministros - claro que também para "salvar a pele" - mas também para não permitir o prolongamento de situações insustentáveis. Deve ser criticada pelas escolhas? Claro que sim, mas acho que provavelmente a simpatia que hoje se observa para com o Brasil é mais facilmente justificada pelo caso de sucesso que o país está a oferecer, do que por motivos "conspirativos" de esquerdas ou por ser mulher.

    Olhe para Espanha: parece-lhe que o El Pais, que não é seguramente um jornal conservador, tem sido mais ou menos simpático com os casos de corrupção denunciados nas Autonomias, consoante elas sejam governadas pelo PSOE ou pelo PP?
    E em Portugal temos maus exemplos - de membros de partidos de esquerda e de direita - denunciados pelos jornais; ou casos como Fátima Felgueiras, Armando Vara, e mesmo José Sócrates, nos seus últimos anos, não contam?

    Se os jornais são tendencialmente de esquerda como diz, porque não faz a direita jornais para bater nos "outros"? Tivemos um em Portugal - O Independente - que (azar dos Távoras...?) parece que só apanhava casos com personagens de direita, alguns deles com sombras até hoje.

    E finalmente Berlusconi... como não criticar alguém que tentou criar leis que, entre outras coisas, proibiam a possibilidade de o investigar? Fico por Thomas Jefferson: prefiro sociedade só com jornais a ter só governo... Ou o Pinho Cardão concorda com a teoria do Ministro Miguel Relvas (perdão... do grupo independente de análise do Serviço Público de Televisão) que defende que os noticiários da RTP Internacional devem ser editados pelo Governo?

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  4. Anónimo13:18

    Alguém defendeu que os noticiários da RTP Internacional devem ser editados pelo Governo?! A ser verdade, essa passou-me literalmente ao lado. E se calhar bem, pois é tão absurda a ideia que nem é de se lhe dar crédito...

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  5. "Alguém defendeu que os noticiários da RTP Internacional devem ser editados pelo Governo?!"

    Não sou eu que digo... e acredito o Expresso ou o Público ainda podem ser considerados credíveis quando fazem citações:


    http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/duque-rtp-internacional-deve-estar-sob-orientacao-do-mne-1521015

    http://aeiou.expresso.pt/rtp-deputado-do-cds-arrasa-declaracoes-de-joao-duque=f688261


    "já agora": o que eu ainda não ouvi foi o Ministro que encomendou o Relatório dizer expressamente o que pensa fazer com as suas recomendações

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  6. Anónimo16:57

    Se o caro Lucio não ouviu o ministro terá sido pela razão de o ministro não ter exprimido opinião. Não me parece que seriamente se possa inferir do silencio ministerial concordância com semelhante proposta, que me continua a parecer, salvo o devido respeito por quem a fez e melhor conhecimento dos seus fundamentos, absurda.
    Mas já agora acrescento que por ser absurda não é inédita. Já vi o "poder" editorial de alguns media controlado por interesses bem identificados sem que isso gerasse grande escandalo.

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  7. Caro Ferreira de Almeida e Caro Jorge Lúcio:

    Se o Ministro disse alguma coisa sobre o Relatório, o que disse foi que nesse aspecto não se faria assim. Ponto final, por agora.
    A ideia pode ser contestada, mas não é por isso que países democráticos, como a França, fazem das emissões internacionais da televisão pública uma forma de projectarem a imagem do país. O MNE francês tutela efectivamente as emissões internacionais. Trata-se de uma opção política aceite e de que, em termos gerais, ninguém, ao que parece, se queixa, na França ou no exterior.
    Aliás, é reconhecida como emissão de qualidade. Ao contrário da nossa RTP Internacional, feita pela redacção e pela programação do serviço público e que é de qualidade grotesca, fazendo muitas vezes de Portugal um país do terceiro ou quarto mundo.

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