segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Depois queixem-se!...

Os serviços de imprensa do Conselho Europeu suspenderam o repórter de imagem da TVI que gravou a polémica conversa informal entre o ministro das Finanças português e alemão. Estranho era se tal não acontecesse, dadas as normas existentes e aceites para a captação de imagens.
Mais grave, todavia, foi o facto de a comunicação social ter amplamente difundido as imagens e o diálogo. Acontece que sabemos há muito que a comunicação social se rege por leis próprias e se louva em comportamentos que condena no comum dos cidadãos, como as escutas, no caso vertente. O que significa uma total conivência das hierarquias das redacções na ilegalidade.
Mas, ainda mais grave foi o aproveitamento que o Secretário-Geral do Partido Socialista insistiu em fazer do caso, utilizando uma ilegalidade para fazer política. Pior ainda, adulterando a conversa, entrando por um processo de intenções, lamentavelmente cada vez mais habitual na nossa política. E avalizando critérios jornalísticos ilegítimos. Depois queixem-se da comunicação social!...

3 comentários:

  1. É verdade, as regras deontológicas são para ser respeitadas, senão valha-nos Deus...
    Já aqui tinha escrito que o aproveitamento por parte do PS da conversa havida entre os dois ministros foi uma completa asneira, pois, presumir o que não foi ouvido não é próprio de quem se quer afirmar, há sempre o perigo de ricochete...

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  2. Caro Pinho Cardão,

    Condene-se quem não faz o seu trabalho, não quem faz. O trabalho de um jornalista era divulgar aquela conversa, aquilo era notícia. Quem não fez o seu trabalho foram os serviços de imprensa do Conselho Europeu, a segurança do sítio e os ministros que, sabendo o que sabiam, foram ter aquela conversa ali.

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  3. Tonibler,

    Ou, alternativamente, suspenda-se não só o repórter de imagem, mas também a TVI, o resto da comunicação social e, já agora, o PS e todos os outros partidos políticos que "aproveitaram" a situação.

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