quinta-feira, 8 de março de 2012

Moínhos de orações




Cumpriu-se ontem na Assembleia da República mais uma sessão mensal de perguntas ao 1º Ministro. Palavra por palavra, perguntas já mil vezes feitas, respostas já mil vezes repetidas, num ritual cíclico e infindável.
Nos templos chineses, e funcionando em movimento contínuo, os moinhos de orações inspiram, completam ou substituem as preces dos fiéis, não vão os deuses incorrer em iras tempestuosas se, por um momento, lhes faltar o ritual da prece.
Lembrei-me que tais maquinismos bem poderiam ser implantados no Parlamento português. Basta substituir as preces budistas pelas orações dos deputados, acrescentar-lhes um pouco de som e as vantagens são óbvias. Os Deputados deixam de se cansar com as mesmas perguntas e o 1º Ministro pode trabalhar no que mais interessa para o país. E o ritual fica salvaguardado. Ficaria, até, reforçado.

8 comentários:

  1. Ah, mas deixe-me dizer-lhe caro Dr. Pinho Cardão, que a intervenção ontem de Jerónimo de Sousa, quando acusou e responsabilizou o governo pelo exponencial aumento recente de mortes em série de idosos, fêz-me vacilar sériamente na minha determinação de nunca apoiar e muito menos pertencer a um partido político.
    Mais uma igual e vou direitinho à Soeiro Pereira Gomes, pedir uma proposta de filiação.
    é certinho e direitinho!

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  2. A propósito do debate(?) e da intervenção da senhora Apolónia, gostava que me esclarecessem o seguinte:
    Se votam na CDU, se são eleitos pela CDU porque raio de carga de água é que os deputados são dos partidos PCP e Verdes?.
    É que ninguém votou neles não é?
    Se isto não é uma fraude, é o quê?

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  3. Na realidade são PCP-PEV e não CDU. Mas fraude sempre foram.


    Caro Pinho Cardão,

    A falar dos deputados dessa maneira fico sem nada para dizer. Qualquer dia ainda temos aqui o camarada Toni a defender os deputados da república...

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  4. Caro Bartolomeu:
    Ele há cada uma!...

    Caro Lamas:
    Uma forma abstrusa de o PCP aumentar o tempo de antena.
    A Constituição, pelos vistos, dá para tudo.

    Caro Tonibler:
    A bem dizer, eu não ataquei os senhores Deputados. Iria contra o meu espírito democrático. Falei, sim, dos discursos dos senhores Deputados, sempre a mesma coisa, cópia uns dos outros, um déja vu até à náusea.
    Por isso, caro Tonibler, não há que temer com a sua ameaça!...

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  5. Caro Pinho Cardão, efectivamente não atacou os deputados. Eu é que fiquei com pena deles...

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  6. Coração sensível, caro Tonibler!...

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  7. Acho que esse moinho da canção que dá pelo nome de José Lello ganharia um óscar a empurrar o cilindro, fazendo o pino, cantando as suas preces, no intervalo de umas passas no charuto.

    Só acho que deveria também ser contratado um seguro, não vá José Lello desequilibrar-se, cair e enfiar o charuto aceso em qualquer parte mais sensível.

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  8. Caro Toniber, o Pinho Cardão é muito exigente com os políticos, por isso não lhas perdoa, agora o caro Tonibler a ficar com o coração mole é uma surpresa :)

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