Não tenho nada contra a Daniela Mercury. Considero-a uma boa artista e muito jeitosa. Por acaso, há alguns anos, vi-a atuar ao vivo. Confesso que gostei.
Parece que tem um novo disco, Canibália. Ontem, num programa da RTP 1, "Cinco para a meia-noite", foi entrevistada durante muito tempo. Hoje, agora, neste momento, aparece novamente a senhora no programa do Herman José a ser entrevistada de novo. Em cima da secretária do humorista lá está o CD, e, também, um livro de uma mestre de culinária, parece que é para diabéticos!
Estes programas são formas de publicitar muitas obras de certos autores, de forma descarada ou encapotada. Cada um faz pela vida. Agora, o que eu queria era saber quais os meandros a percorrer para se ser entrevistado por este pessoal. Não é que tenha algum interesse pessoal, mas a mesma senhora em duas noites seguidas? Que grande coincidência, ou, então, que grande trabalho e influência deverão ter certos negociantes...
Lindo país!
E mais não digo o que me passa pela cabeça. Ainda corro o risco de ser preconceituoso ou injusto!
Nunca encapotada, a premissa para aceitarem visitar o programa é quase absoluta, na condição de que o seu novo produto é publicitado e umas quantas questões centram-se no seu novo trabalho,
ResponderEliminarcumprimentos,
JD
Caro Professor:
ResponderEliminarNa RTP e na RDP parece que o único critério destas promoções é a influência pessoal, a pressão dos agentes de imagem e das editoras, e não digo mais. A RTP e a RDP patrocinam e promovem trabalhos de alguns artistas, não se sabendo com que critério são uns escolhidos em relação a outros, mas gerando desigualdades infames de tratamento. Uns são filhos, outros nem enteados são. Por outro lado, e mais grave, verifica-se uma promiscuidade enorme entre os agentes acima referidos e a informação. Por que raio de critério jornalístico o artista A é entrevistado e o disco promovido, ou o autor B é entrevistado e o livro promovido, ou o filme C é promovido, quando outros artistas, filmes ou livros não têm qualquer menção?
Que a SIC ou a TVI o façam, até admito. Mas a RTP ou RDP, serviços públicos, ao serviço de todos, discriminem os amigalhaços é intolerável. Mas prática habitual.
É vaerdade, caro Dr. Pinho Cardão... a velha tendÊncia que a história tem de se repetir; e nos periodos de 1985-88 e de 1980-83?
ResponderEliminarAs coisas passaram-se de forma diferente, na RTP?
Não é agradável mas é uma relação mútua, a ida de uma personalidade com relevo na praça pública (com justiça ou não o que é irrelevante para a questão em toda a medida) irá promover um aumento substancial de audiência para com os concorrentes directos, ora sabendo-o o dito concede ir recebendo em troca a promoção do serviço ou produto que fornece, claro que se cria aqui um mecanismo redundante e fechado que não permite publicidade aos novos talentos, mas num mundo tão tacanho onde os números fazem a diferença entre quem é sucedido ou não alguém pensaria que se poderia agir somente por virtuosismo cultural?,
ResponderEliminarcumprimentos,
JD
Destas promoções e das outras.
ResponderEliminarCaro Bartolomeu:
ResponderEliminarClaro que a cultura, sobretudo a má, não se extingue facilmente.
Mas atenuam-se os vícios quando há preocupação e acção no sentido de os extirpar. E nas épocas que mencionou, havia essa preocupação e essa acção. Podia dar-lhe muitos exemplos e falo do que sei.
PS: Questão marginal ao caso, mas que denota que essa acção se fazia sentir em muitos domínios: a RTP fez este ano 55 anos. Neta sua vida teve resultados positivos creio que apenas em 8 anos. Pois cinco desses anos foram no período que citou. Com empenho, gestão, motivação, profissionalismo as coisas normalmente vão ao sítio. Foi o caso.