Num momento em que há estudantes
que não podem prosseguir os estudos porque as famílias não têm condição
económica para suportar os custos, espanta muita gente, porque não é vulgar em Portugal,
que uma empresa decida suportar as despesas com a licenciatura dos filhos dos seus colaboradores.
É um facto que suscitou algum interesse mediático, esperemos que
tenha um efeito de replicação, que outras empresas lhe sigam os passos.
Com efeito, é extremamente
injusto que um jovem não possa prosseguir os estudos porque a condição
económica não o permite e o Estado não supre esta falha. Estamos perante um
efeito de guilhotina de efeitos graves que só servirá para agudizar os
problemas sociais e económicos das famílias e do país, agora e no futuro. Tem
um preço muito elevado.
A propósito deste assunto, tomei ontem conhecimento, através da crónica de Paulo Rangel publicada no Público, que o Ministério da Educação e Ciência tem estado a recusar a atribuição de bolsas de estudo a estudantes que têm pais com dívidas ao fisco ou à segurança social. É um tratamento de chantagem e de castigo incompreensível.
Tudo fazer para que os estudantes não tenham que abandonar os estudos por razões económicas deveria ser uma prioridade nacional.
A propósito deste assunto, tomei ontem conhecimento, através da crónica de Paulo Rangel publicada no Público, que o Ministério da Educação e Ciência tem estado a recusar a atribuição de bolsas de estudo a estudantes que têm pais com dívidas ao fisco ou à segurança social. É um tratamento de chantagem e de castigo incompreensível.
Tudo fazer para que os estudantes não tenham que abandonar os estudos por razões económicas deveria ser uma prioridade nacional.
Uma aposta como o fisco vai meter isso nos rendimentos dos pais?
ResponderEliminarÉ trágico um estudante não poder acabar o seu curso por falta de de dinheiro.
ResponderEliminarMas é vergonhoso e miserável um grupo económico fazer publicidade à borla à custa da miséria alheia.
Este "empresário" deve milhões a fornecedores a quem não paga à mais de um ano, pequenas empresas já fecharam e mandaram para o desemprego dezenas de trabalhadores por não reberem. O próprio grupo tem despedido dezenas de pessoas e agora dá entrevistas na vèspera de assinar um acordo com a Universidade ded Aveiro e ainda por cima na presença de um membro do governo.
É feio, muito feio diz muito da nossa classe empresarial e justifica em muito a razão da nossa desgraça.
Caro Tonibler, lembra-se da legislação aprovada pelo anterior governo que obriga pais, filhos, avós e netos a declararem às finanças as ofertas de dinheiro que entre si ocorram sempre que as mesmas ultrapassam 500€? Não me recordo se este absurdo acabou por ser corrigido.
ResponderEliminarCaro Lamas
Não conheço a empresa, a sua actividade, as suas contas ou a sua política de responsabilidade se é que a tem. Há muitas empresas por esse país fora que têm políticas de apoio aos seus colaboradores e famílias, que abrangem uma vasta área de benefícios e preocupações. As boas práticas são pouco conhecidas entre nós e considero que haveria vantagem que fossem faladas, poderia ter um efeito positivo de demonstração. É uma questão cultural.
A iniciativa da empresa em causa é interessante e vai beneficiar, se acontecer tal como anunciada, muitas famílias e jovens, em particular, assegurando-lhes o acesso e a oportunidade de estudarem. Este ponto é fundamental, quando há jovens que são obrigados a desistirem dos estudos por falta de dinheiro.
É vergonhas em cima de vergonhas ...malditos !!
ResponderEliminarConcordo com a Margarida, é uma inicitiva positiva e que pode impedir que alguns jovens abandonem os estudos por razões económicas. Se a empresa faz publicidade disto e tem outros problemas, não sei, mas cada um que faça o seu juízo, espero que ao menos cada um dos jovens que beneficiam da iniciativa tirem proveito da oportunidade e outras empresas copiem a ideia.
ResponderEliminarNão me causa espanto e acredito que as nossas empresas não tomam mais este tipo de atitudes, na educação e noutras necessidades dos seus trabalhadores, porque são demasiado taxadas pelo Estado. O Estado por sua vez taxa-as para, também, financiar o serviço público de ensino "gratuito" assim como outras alegadas gratuitidades ... Se a carga fiscal para as empresas não fosse tão alta veríamos mais disto, mesmo com ou sem dificuldades dos trabalhadores. Conheci uma empresa, fechada nos anos 90, que operava desde os anos 60 e que chegou a ter, verdadeiramente gratuitos para os seus trabalhadores, creche, mercearia (com preços de grossista) e cantina... era neste campo que os "alegados" sindicatos poderiam ter o seu raio de acção renovado, tal como se passa nos EUA, em que se preocupam menos com a "cartilha" do Séc. XIX e o vocabulário do Séc. XX, e negoceiam directamente as condições dos seus associados/sindicalizados com os patrões que os desejam empregar, funcionando assim como verdadeiras agências de emprego e com serviço permanente, na vigilância da manutenção das condições acordadas. Assim substitui-se o Estado, essa COISA sem cara e de responsabilidade difusa pela vida das pessoas, pelas suas opções, as suas escolhas e lá para o fim, pagando-lhes o funeral...
ResponderEliminarCara Maria Baldinho Seguros
ResponderEliminarDe facto o país é brutalmente taxado, é por todos os lados, mas ainda assim, perante uma catástrofe de austeridade como aquela que estamos a viver, há empresas que querem ajudar os seus colaboradores ou as comunidades em que estão inseridas.
Evidentemente que com a asfixia da crise, não apenas dos impostos, os apoios pró-bono tendem a comprimir-se. É o que está a acontecer.
Mas também é verdade que os nossos empresários não têm tradição de políticas de responsabilidade social, as empresas não têm a prática de devolver à sociedade uma parte importante dos recursos que a sociedade lhes dá a ganhar.
É uma questão cultural que a crise pode ajudar a mudar.