1- O tema dos Eurobonds voltou à discussão pública, nas últimas semanas, nomeadamente após as eleições francesas uma vez que o Presidente Hollande afirmou seu apoio a esta ideia.
2- Como se sabe, a emissão de Eurobonds seria uma forma de mutualização das dívidas emitidas por países da zona Euro: assim, pelo pagamento dos Eurobonds que viessem a ser emitidos pela Grécia (ou por qq outro país da zona) seriam responsáveis não apenas o país emitente mas todos os demais países da mesma zona (solidária ou conjuntamente, seria ainda ponto a esclarecer).
3- A emissão de Eurobonds tem sido fervorosamente sustentada pelos Crescimentistas domésticos mas não só, como forma de ultrapassar as dificuldades de financiamento em que se encontram os países mais vulneráveis do Euro: Grécia, Portugal, Itália, Espanha. Como é evidente, a partir do momento em que todos os demais países do Euro passassem a ser responsabilizados pelo pagamento de suas dívidas, Alemanha em especial, até um país com as enormes dificuldades em que a Grécia se encontra poderia voltar ao mercado, tranquilamente, para se financiar…
4- A Alemanha tem-se oposto a esta ideia com o fundamento de que a mutualização das dívidas faria desaparecer o incentivo para que os países menos cumpridores da disciplina das finanças públicas e com economias mais desequilibradas corrijam as suas políticas orçamentais e adotem medidas estruturais para melhorar a competitividade das suas empresas (risco chamado de “moral hazard”)…e é capaz de ter uma forte dose de razão…
5- Acontece que o Presidente Hollande parece estar pouco preocupado com o “moral hazard”, ele pensa (ou diz que pensa) em 1º lugar no Crescimento…e os Eurobonds, resolvendo as restrições financeiras, permitiriam abrir uma janela larga – uma larga varanda talvez – para a política de crescimento com bese no endividamento…talvez para tragédia nossa mas enorme satisfação dos Crescimentistas domésticos e outros, como sabemos…
6- Assim sendo, ocorre perguntar: se a França se encontra agora tão convencida das vantagens dos Eurobonds, e se a Alemanha continuar, como parece, a não aceitar esta ideia, porque não avança a França, acompanhada por um grupo de países que parece simpatizar com a mesma ideia – a Itália, a Espanha e a Grécia, pelo menos – e criam uma “proxy” dos Eurobonds, a que poderiam apelidar de Gallic-bonds em homenagem à iniciativa e arrojo europeus da França de Hollande?
7- Para além de não existir qualquer obstáculo legal à inciativa, poderia ser uma forma muito interessante de testar o apetite dos mercados por esta dívida mutualizada, criando um incentivo para que outros países viessem a aderir à ideia e esta acabasse por vingar…e uma oportunidade para a “nova” França mostrar ao mundo que a solidariedade não é apenas uma questão de discurso, também se pode praticar...
8- Porque estar sempre à espera da Alemanha? Teremos de estar sempre aguardando que a Alemanha apadrinhe todas as iniciativas? E depois queixamo-nos do excesso de poder da Alemanha?
Excelente ideia. Já agora, não quer estender o apelo a que as ilustres personalidades lusitanas comecem a combater os especuladores da economia de casino metendo as suas (respeitáveis) poupanças em dívida pública portuguesa? É que, tal como a alavancagem, a quantidade de pessoas que não mete a carteira onde tem a boca também é limitada e desde que o governo francês entrou nesse número, alguém vai ter que sair.
ResponderEliminarDesde os tempos mais remotos que o membro masculino, o falo, foi considerado objecto divino de culto, porque se acreditava que era ele que fertilizava, que tornava a vida possível e com ela a prosperança e a abundância.
ResponderEliminarEntão, a mim, parece-me mais coerente, se o Senhor Holland, defendesse a emissão de "fallic-bonds" os quais seríam cotados em bolsa por um "pacote de acção" e o país que exibisse valor mais alto e mais forte, ditaria as regras de economia, pelas quais todos os outros países-membros seriam obrigados a reger-se.
Assim, estou certo que tudo cresceria, desde a economia, á produtividade, passando pela fecundidade e consequentemente, a natalidade!
No entanto, nenhum país estaria livre de o país do lado, tentar... empurra-lo, como forma de lhe conquistar o "mercado", o que obrigaria aos países, reforçar as suas fronteiras, com barreiras de aço.
;)
Caro Tonibler,
ResponderEliminarSubscrevo, sem hesitação, o apelo que sugere: Crescimentistas, comprem, já, dívida pública portuguesa!Não se fiquem pelo discurso do crescimento, ajudem realmente o País a crscer!
Façam como eu e o Tonibler!
Caro Bartolomeu,
Gosto, sinceramente, de o ver assim bem disposto! Essa ideia dos fallic-bonds tem mesmo piada...
Mas não estará um pouco desactualizada, numa época em que proliferam, em doses crescentes, os adeptos (e praticantes) do respeitável gayismo?
Nessa perspectiva, não acha que seriam mais apelativa a emissão de Pink-bonds?
Não, não. Peço desculpa mas discordo da alternativa que o caro Dr. Tavares Moreira aapresenta.
ResponderEliminarNos outros países europeus não sei - excepto a Holanda e a Bélgica, que ao que parece, nascem debaixo das pedras - Nos restantes, com Portugal à cabeça, pervalece um número maioritário de varões com "V" grande. Penso até que caso Mr. Holland conseguisse fazer passar a ideia e fosse criado um organismo central de emissão de "fallic-bonds", poderiam nomear para presidente, um conhecido algarvio de seu nome Zé-Zé Camarinha, a quem o nosso PR poderia nomear embaixador de Portugal para os assuntos de fornicágem, dando assim início a uma nova diáspora Lusitana. Até já estou a imaginar a esfinge e a legenda: pute mi crime óne mai béque. O que, a meu ver iria ainda reflectir-se benéficamente no aumento de turistas a visitar o nosso país...
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarEmbora continue dominado por uma angustiada dúvida metodológica em relação às suas propostas, não deixo de reconhecer a alta e bem humorada inspiração que se surpreende nos seus comentários!
Congratulo-me com esse facto e espero que se mantenha nessa banda de boa disposição, todos ganharemos com isso!
Caro Dr. Tavares Moreira,
ResponderEliminarUma excelente ideia até porque muito em linha das tradições iluministas do Hexágono!
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarPor outro lado se lhe chamarem Garlic Bonds iria de encontro à sua ideia se pensarmos que o crédito também quer alho.
Vou-me abster de comentar o Bartolomeu e dizer que ele gosta ..e vou-me abster também de dizer que quem gosta mais ainda é o seu amado líder (aposentado provisoriamente ) o Pinóquio ..que é de pau e cresce oportunamente ..bastando para isso abrir a boca.
ResponderEliminarRelativamente as Gallic bonds ..seria o caminho mais rápido para a falência total da frança porque só eles iriam pagar a mutualidade ..já que os outros só iriam gastar.
Já estou a imaginar as gallicbonds a financiar uma infinidade de TGVS ..PPPs...mais e mais Função Publica.. desvarios e mais desvarios numa verdadeira competição a ver quem mais torra
Bem lembrado esse iluminismo hexagonal, caro Eduardo F....no exemplo vertente seria um iluminismo obrigacionista ao qual poderíamos antecipar um futuro muito radioso!
ResponderEliminarA Europa a crescer em formosura e em dívida, desafiando as leis da gravidade!
As eurobonds são uma versão supranacional do RSI e quejandos.
ResponderEliminarÉ por isso supreendente que o argumento do crescimento económico lhe esteja associado. Nunca ouvi esse argumento em contextos de RSI e apoios à produção cultural (já ouvi na investigação mas na maior parte é conversa para enganar papalvos).
Sem dúvida caro Tonibler. Aliás, se o Garlic do Dr. Rogoff produzia os efeitos que se sabe num idoso, certamente não deixaria por menos nas economias europeias.
ResponderEliminar;)
Para o meu amigo-xato-pa-karamba-Caboclo, ofereço este tema;
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=IymmKw85rWs&feature=related
acompanhado dos votos sinceros de que este remédio actue com eficácia na azia que lhe corroi as entranhas...
;))
Ilustre Mandatário do Réu,
ResponderEliminarEntão os Eurobonds não são um importante "driver" de crescimento, facilitando o endividamento dos países já excessivamente endividados?
Não o fazia tão céptico em relação a uma matéria que para os Crescimentistas é sagrada!
E o RSI bem como os apoios à produção cultural não deixam de ser factores de crescimento, pelo menos da dívida.
Caro Bartolomeu,
Associo-me ao seu bem-humorado voto de melhoras para o comentador aziado!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Dr. Tavares Moreira, quando for combinado um novo encontro gastronómico entre Quartarepúblicanos, proponho a inclusão no grupo do nosso amigo Caboclo. Quem sabe se a companhia irá produzir efeitos terapeuticos mais potentes que os do alho...
ResponderEliminarA propósito, no próximo fim de semana, irei estar no Porto, para assistir ao "espírito da dança" no Coliseu. Estou a pensar tentar descobrir o restaurante que me aconselhou em Leça.
De caminho vou parar em Pombal, para visitar o Museu que me foi referido pelo nosso Amigo, Professor Massano Cardoso. Adivinho uma viagem culto-gastronímica de grande valia.
Caro Bartolomeu,
ResponderEliminarA sua ideia de associarmos um comensal aziado parece-me bem interessante, se bem que possam vir a tornar-se necessárias algumas medidas de carácter prudencial para que o repasto não venha a converter-se em tumulto...
Quanto à sua digressão ao Porto, onde espero tb estar este próximo fim-de-semana (com uma saltada a Mirandela, para um festival privado da Cereja), aproveito para lhe deixar mais duas sugestões/recomendações gastronómicas: O Capoeira, na Foz, muit(íssim)o próximO do Hotel Boa Vista e o Corte-Real, na rua do mesmo nome, também na Foz...
Valem bem a pena uma visita e não são nada caros...
Melhores votos de um óptimo fim de semana!
Como posso melhorar?
ResponderEliminarSe vejo tudo a afundar?
Viu o que disse Krugman na BBC ?
http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/hardtalk/9725121.stm
Viu o que diz Draghi ?
http://www.bbc.co.uk/news/business-18276691
Se não acreditamos na BBC vamos acreditar em Alain Soral (inimigo de Descoing o ex-acobertador de socrates na science po?)
http://www.egaliteetreconciliation.fr/
Bartolomeu não leves a mal ..o que arde cura ..e ainda pode ser que vás a tempo rsrsr..confessa ..vá lá ..vai-te fazer bem ..
coisas que curam a azia são coisas como esta.. http://www.cnn.com/video/#/video/bestoftv/2012/04/11/ac-ridiculist-dyngus-day.cnn
E de volta da Fac. de Ciências do Porto, não há nada que se aconselhe (tirando claro a placa que diz Lisboa)?
ResponderEliminarEu acho que depois de tudo o que aturamos ao Caboclo o homem tem é mesmo que nos pagar um rodada de rodízio!
ResponderEliminarCaro Tonibler, prós lado da Faculdade, temos o Antunes, o restaurante já com uns bons anos, tão bons como os pratos que serve.
ResponderEliminar;))
Mas olhe que entre o Porto e Lisboa, eu prefiro o primeiro.
Cá para mim, caro Mandatário, que raramente faço uma leitura errada de carácters, mesmo que à distância, tenho a convicção que por trás daquela pretença atitude provocatória que o nosso amigo Caboclo se esforça por patentear, esconde-se um espírito pacífico e inteligente. Se bem que agitado.
ResponderEliminar;)
De qualquer modo, concordo consigo; não existem motivos para lhe perdoarmos as despesas do rodízio.
Pode ser de peixe, num tasco que conheço em Setúbal? Coisa boa catadura?!
;)))