quinta-feira, 19 de julho de 2012

O Bloco já é pelo mercado livre. Mas que droga!...

Sempre na vanguarda do elitismo, o Bloco de Esquerda propõe-se criar um novo clube social, melhor, vários clubes sociais, de consumidores de cannabis. Uma coisa a sério, com o elevado propósito de “estudar, investigar e debater a cannabis”, bem como “o cultivo ou cedência aos seus associados de plantas, substâncias ou preparações…”.  Porque uma coisa é consumir e outra, muito diferente, é consumir conhecendo bem o que se consome.  
Claro que se deverá tratar de clubes elitistas, onde o cartão de iniciado emérito terá que ser apresentado à entrada. Naturalmente certificado pelos fornecedores do produto, com assinatura devidamente reconhecida pelo notário.
Paralelamente, e certamente como forma de democratizar o acesso à matéria-prima a quem, por falta de atestado de assiduidade no consumo, não seja facultada a entrada nos clubes sociais, será legalizado o cultivo de cannabis para utilização pessoal.
No entanto, penaliza-me dizer que na introdução ao diploma não fica claro se a matéria-prima utilizada nos clubes sociais é adquirida por grosso, agora no mercado livre, ou transportada em lancheiras do produtor individual para o consumidor clubístico. E se cada qual consome da lancheira própria ou esta se torna bem colectivo.
Tudo isto, segundo a proposta, para deixar de se alimentar um mercado clandestino, que atirou para a marginalidade e para o sistema prisional milhares e milhares de jovens. O Bloco, por uma vez, prefere o mercado livre. Com ele, acabam-se os marginais e esvaziam-se as prisões. Quem adivinharia este avanço do Bloco?

4 comentários:

  1. Anónimo23:00

    Propõe-se criar um clube? Mas já não criou?

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  2. Se assim é, então já não sofre dúvida que o Bloco anda sempre ao contrário: primeiro age, depois é que propõe.

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  3. Alguém avise os senhores que o Eusébio já deixou de jogar, que os Beatles separaram-se, a guerra do Vietnam já terminou, o Muro de Berlim já não existe e as ideias deles já não fazem sentido nenhum!

    Que gajos mais requentados...

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  4. Não, caro Tonibler, Bloco é bloco, impenetrável, o tempo não passa. Eusébio ainda mete golos (que saudades...), o Muro ainda lá está, os americannos continuam a invadir o Vietnam. E Lenine, Staline, Mao, Trotsky ainda são adorados em vida!

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