Se:
a) greve dos trabalhadores portuários se arrasta e os grevistas se furtam às negociações como me pareceu ouvir da boca de um responsável político do setor;
b) algumas empresas exportadoras sofrem já de insuportável asfixia;
c) a diminuição de 6% do volume das exportações em relação ao mês anterior é oficialmente explicada pela greve;
d) a difícil situação do País só encontra algum alívio no equilíbrio das contas com o exterior;
e) a severidade governamental em relação às situações qualificadas como abusos de direito aumenta de dia para dia,
POR QUE RAZÃO NÃO ACIONA O GOVERNO A REQUISIÇÃO CIVIL?
A paralização dos trabalhadores portuários é sabotagem económica. Não é greve, é sabotagem.
ResponderEliminarPasso a explicar,
ResponderEliminarOs sindicatos da CP, dos trabalhadores portuários e da TAP (entre outros) estão conluiados com as respectivas administrações.
Daí as greves da CP nos dias mais importantes para a população e nos troços pouco rentáveis, as greves da TAP em períodos fulcrais, e as greves dos trabalhadores portuários.
O objetivo é virar as populações contra todos os sindicatos e preparar as empresas para a privatização.
Maquinistas, pilotos e trabalhadores portuários não se apercebem que a médio prazo estão no desemprego.
É esta a razão porque o governa não aciona a requisição civil.
O processo é muito simples.
http://www.gazetacaldas.com/23967/greves-ajudam-a-acabar-com-a-linha-do-oeste/
ResponderEliminarGreves ajudam a acabar com a linha do Oeste - Publicado a 6 de Julho de 2012 na Gazeta das Caldas
As greves decretadas pelo Sindicato dos Maquinistas têm levado à supressão de inúmeros comboios na linha do Oeste, que deixam muitos passageiros em terra, e a uma redução substancial nas receitas da CP neste eixo. Sindicato e administração da empresa desresponsabilizam-se e trocam acusações...
José Mário
ResponderEliminarPor melhor que seja o artista não há desenho... Não consigo perceber, pode ser que a descida das exportações tenha alguma força...
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarCreio que o esclarecimento do Diogo lhe retira todas as dúvidas. A mim, iluminou-me, foi uma luz repentina que veio do céu.
Patrões e Sindicatos Unidos jamais serão vencidos!
Lembra aquela ladainha dos "forte com os fracos e fraco com os ..."
ResponderEliminarCaro Ferreira de Almeida, sinceramente não sei até que ponto será prudente este governo accionar a requisição civil seja onde for. É que, desde onde vejo, há neste momento fortes possibilidades dela não ser acatada daí que ao decidir-se a requisição civil num dado sector há que estar preparado para, imediatamente e ao primeirissimo sinal de não ser acatada, decretar a militarização de funcionários. Não só este governo não tem estaleca para isso como, enfim, também não sei se tem militares para isso. Quero crer que se mandados para esse fim obedeceriam. Mas não ponho as mãos no fogo.
ResponderEliminarMas não há portos em Vigo ou em Cádis?
ResponderEliminarTrata-se de uma greve ÀS HORAS EXTRAORDINÁRIAS o que faz toda a diferença.
ResponderEliminarPergunto-me se é justo, em democracia, obrigar os trabalhadores a cumprir horas extraordinárias a qualquer preço e no calendário que a entidade patronal entender.
fechem definitavente o porto de lisboa
ResponderEliminarMuitos complexos de esquerdite, temor político
ResponderEliminarJM Ferreira,
ResponderEliminarnão é propriamente um desenho, mas explica muita da desinformação que por ai anda:
http://viriatosdaeconomia.blogspot.pt/2012/11/serao-os-estivadores-os-culpados-pelo.html
Julgo que a melhor forma de procurar soluções, é olhar a serio para os problemas e para os numeros.
Não me parece que apontar o dedo, e anunciar culpados sem mais venha a resolver o que quer que seja.
Mesmo com o fim da greve ou a requisição civil...não creio que os numeros fossem muito diferentes.
(e são numeros do INE.)
Parece-me até que em prol das soluções, se deveria dar o devido relevo ao cenário descrito...por muito que este nos seja desagradavel.
Há sindicatos e «sindicatos».
ResponderEliminarNão deixem de ler na Gazeta das Caldas o artigo:
Os carrascos da linha do Oeste
Excertos:
Ainda que o Sindicato dos Maquinistas afirme que privilegia as linhas ameaçadas pelo designado “Plano Estratégico de Transportes” e, se, como por vezes tem alegado, são as opções de gestão da CP que conduzem a essa situação, não se percebe como continua a pactuar com elas.
Uma greve tendo como objectivo condicionar ou modificar a actuação do empregador, para atingir os resultados pretendidos tem – por definição – de causar prejuízo à entidade patronal, seja esse prejuízo directo ou indirecto.
Ora, será possível que o Sindicato dos Maquinistas não compreenda que o modo como esta greve às horas extraordinárias está a ser feita, com os resultados práticos que efectivamente tem, é inteiramente prejudicial aos seus objectivos e nunca suscitará na administração da CP ou no Governo qualquer motivação para atender às pretensões dos grevistas? Não perceberá o Sindicato que, pelo contrário e acreditamos que inconscientemente, está a fazer um favor às intenções declaradas pela sua empresa e pelo Governo de supressão dos serviços regionais?
Afinal de contas, o objectivo completamente contrário à greve!
[...]
Muitas têm sido as atrocidades que, por negligência e incompreensão de sucessivas equipas de gestão do operador ferroviário, têm sido feitas à linha do Oeste, mas, se a linha encerrar com base em, agora sim, real ausência de procura, a machadada final só tem um responsável e um motivo: o Sindicato de Maquinistas e a forma absurda e contraproducente que escolheu para defender os interesses da classe profissional que representa.
E, quanto menos linhas e comboios houver no futuro, menos pessoas serão necessárias para os fazer funcionar…
Para que não se especule sobre a extensão da greve e a sua fundamentação, aqui fica o link para o pré-aviso, que eu li antes de elaborar o post:
ResponderEliminarhttps://www.box.com/s/mrvltvgjq801usboen1f/1/473921884/3875900246/1
Sejamos claros. O post fala da greve presente e passada, não da greve que há-de vir, a iniciar em 15 de novembro, referenciada no Link.
ResponderEliminarO meu caro Carlos Sério tem informações que possa partilhar connosco sobre a variação dos motivos desta "nova" greve em relação às passadas?
ResponderEliminarE já agora, não abusando, se no passado, no presente ou na que se anuncia, nessas motivações consta algo de parecido com "em democracia, obrigar os trabalhadores a cumprir horas extraordinárias a qualquer preço e no calendário que a entidade patronal entender" que referiu no seu apreciado comentário?
JMFerreira,
ResponderEliminardesculpe a insistencia, mas já que partilhou o link do "pré-aviso" da proxima greve. Sendo o post sobre a descida das exportações...
deixo-lhe este link:
http://viriatosdaeconomia.blogspot.pt/2012/11/serao-os-estivadores-os-culpados-pelo.html
que mostra com numeros do INE a realidade de facto.
Só discutindo os assuntos sobre factos e numeros concretos, se podem encontram as soluções.
Para mim é claro, na analise dos numeros do INE, que a descida de exportações pouco ou nada terá a ver com a Greve, mas se ainda assim estou a ver mal as coisas, gostaria que me iluminasse a visão dos numeros...algo só possivel se estes forem tidos em conta nas varias analises.
Meu caro Pedro, agradeço-lhe a indicação que nos deu. Não me custa a aceitar que a causa principal da quebra das exportações nada tenha que ver com a greve mas antes com os mercados. Vendemos menos, diz-se, e eu aceito pois não me custa perceber que fatores internos levem a menos produção e o que se passa nos mercados externos levem a menor procura.
ResponderEliminarMas se ler o post não fiz a afirmação de que a imputação "oficial" - inclusivé pelo INE - das responsabilidades pela quebra das expropriações à situação laboral nos portos, era a única causa da minha perplexidade pela falta de atitude do governo. Escrevi que era uma delas.
Note-se que esta não é uma greve normal, nem na extensão temporal, nem nos efeitos. Ainda que não se possa atribuir-lhe todos os males, parece-me óbvio aquilo que já ouvi, com propriedade, aplicar-se a esta greve: é um direito, mas as circunstâncias e as suas motivações (de natureza marcadamente política, como decorre do pré-aviso) configuram-na como abuso de direito. Em democracia, e para proteção do próprio regime, abusos de direito não podem ser tolerados porque são eles próprios exercícios de intolerância.