quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Oxalá se mostre contagiosa...

... a medida que António Costa pretende levar a cabo, a extinção da EPUL. Segundo o presidente da CM de Lisboa, a empresa municipal esgotou a sua missão e deve ser liquidada. Alguma coisa está a mudar no País. No passado, mesmo com a missão esgotada, sobrava imaginação para inventar novas missões para toda e qualquer empresa pública (não me recordo de alguma que tenha sido extinta) e garantir a satisfação das clientelas partidárias.

12 comentários:

  1. José Mário
    E esgotou-se o financiamento, não há dinheiro. A EPUL tem uma dívida bancária de 46 milhões de euros a vencer-se até ao final do ano...

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  2. Se não me engano, é a primeira medida de António Costa verdadeiramente positiva, oportuna e importante. Claro que não havia outra solução, mas mesmo assim é de louvar que o Presidente da CML a tenha tomado.

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  3. Caro Freire de Andrade,

    Sem querer entrar em louvores a AC que não tem tido um mandato particularmente feliz, acho que devia reconhecer a reorganização das freguesias de Lisboa como um marco mais do que relevante e positivo.

    Até pelo que representou de vontade de criar consensos entre os partidos. Um exemplo que lamentavelmente não é seguido na AR.

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  4. Anónimo09:55

    Margarida, conheço razoavelmente a situação da EPUL e de outras empresas municipais e multimunicipais. A quase todas falta dinheiro e em geral o financiamento. Apesar disso não se sente que, por vontade de autarcas as mesmas fechem portas. Vão fechar algumas, sim, mas por força da lei que a partir de março de 2013 aperta os critérios de subsistência daquelas que comprovadamente são inviáveis ou não têm razão de ser. E já agora, porque o vencimento dos administradores (que só podem ser dois remunerados) passou a ser pouco apetecível para as clientelas. O máximo de remuneração passa a ser a do vereador a tempo inteiro.

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  5. Anónimo10:01

    Uma nota mais. O propósito do post foi, mais do que louvar o que é devido, esperar que faça escola o fundamento da decisão. António Costa poderia ter justificado a medida com o novo regime jurídico do setor empresarial local que provavelmente implicaria a liquidação da EPUL. E até admito que a motivação real seja essa. Mas é importante que no discurso político surja esta novidade de se reconhecer que as empresas que esgotaram o seu escopo social não podem ser mantidas artificialmente à custa do esforço dos contribuintes. Importa-me pouco que esse discurso seja feito por A ou B. Importa-me sim que seja feito e que seja contaminatório.

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  6. Caro Ferreira de Almeida,
    A sua última nota é especialmente pertinente.
    Um caso exemplar é a Parque Expo. Ainda que me pareça que acabou por ser um "bode expiatório", a verdade é que a as contas finais da EXPO foram apresentadas ainda em 1999(!!). 13 anos para decidir extingui-la e 13 anos para decidir a junção ds freguesias??

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  7. Independentemente das razões, acabar com empresas sem objecto e parasitas de dinheiro público é acto bom, em termos absolutos.
    Claro que as verdadeiras razões justificativas podem ser muitas, entre elas as que a Margarida referiu. António Costa escolheu a que melhor lhe servia como penhor de futuro.

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  8. José Mário
    Reconheço a importância da novidade.

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  9. Senhor Freire de Andrade:
    A cegueira ideológica cega mesmo.
    António Costa promoveu a fusão de freguesias. De 52 passaram a 23. É obra, quase 50% de redução (e o PSD aprovou, e muito bem).
    O governo prevê uma percentagem muito menor e nas câmaras nem se atreve a tocar.
    António Costa reduziu o IMI para o mínimo (0,3% e 0,6%, prédios avaliados e não avaliados, respectivamente) e o IRS de 5% para 3%, da margem em que as autarquias podem intervir.
    Também já reduziu a dívida da autarquias em 47%, se o número não me falha (através da venda de património, pois para além da redução de pessoal não tem mais instrumentos).
    Agora terminou com a vida da EPUL.
    E já fez muito mais e muito mais fará, tenho esperança, pois a equipa que formou é gente séria e sabedora.
    E o Rui Rio também tem feito um trabalho muito meritório no Porto, reduziu a dívida de forma estruturada em 20% em época de vacas magras, é obra.
    E pôs o Papa da vigarice futeboleira no seu devido lugar.
    As duas principais cidades estão muito bem entregues




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  10. Os elogios serão, no meu entender, excessivos.

    Á máquina burocrática da CML continua a trucidar muitos. A minha experiência diária continua a ser:
    - Licenças de construção pagas a demorar 2 meses e com pressões diárias, a serem emitidas.
    - Sucessivos Arquitectos a dar pareceres sobre o mesmo processo de forma contraditória, e a levantar problemas sobre licenciamentos de forma, no mínimo, pouco pedagógica;
    - A complexidade crescente dos regulamentos e exigências, sempre no sentido de incrementar custos até à desistência ou falência dos promotores

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  11. Agitador:
    Não duvido de nada do que diz, mas os elogios concretos correspondem a factos, e positivos.
    O resto é o pão nosso de cada dia em todas as câmaras.
    Na minha aumentaram ontem o IMI para 0,48% e 0,75% respectivamente para avaliados e não avaliados.
    Há uma certa diferença.
    E a média de trabalhadores per capita é 16. Há câmaras, do mesmo partido da minha, que têm apenas 8 tralhadores.

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