Há momentos da vida que são recordados com mais intensidade do que outros, não por serem mais graves ou mais intensos, apenas porque se associam a festividades que, pela sua natureza, acabam por os colocar no altar da injustiça, no cofre da indiferença e no cemitério da dor, obrigando a refletir sobre a incompreensão do erro da vida. Um erro monstruoso e sem sentido com o qual vivemos o nosso dia-a-dia. Nem mesmo as palavras de paz, os votos de felicidades, as mensagens estereotipadas e as inúmeras ceias são capazes de encher o bandulho da alma. Mesmo que sintam algum conforto gástrico ou mental promovidos por um bacalhau quente ou regados mais à-vontade com um vinho de melhor qualidade não conseguem esconder o resto. É apenas uma forma de fingimento, porque serão muito poucos os que ainda acreditam na solidariedade, na esperança de melhores dias ou na vontade de transformar o mundo, e os que acreditam, ou fingem acreditar, andam bem recheados todo o ano. Os outros estão condenados ao sofrimento, à dor e ao desespero, não fingem, sofrem mesmo, mas mesmo assim querem acreditar...
Caro Professor Massano Cardoso
ResponderEliminarSão milhares os portugueses que não têm Natal, a esperança em que querem acreditar é demolida no dia-a-dia pelas implacáveis dificuldades da vida. Este é também um momento para pensarmos como podemos ir mais longe na ajuda que podemos dar.
Feliz Natal!
Aos que já se encontram na dor, no sofrimento e no desespero, vão-se acrescentar muitos mais no ano que agora chega.
ResponderEliminarQue estes todos juntos (e os que se seguem na fila), pensem bem no que consiste esta «Crise Financeira» e nos gatunos que a criaram e dela estão a viver à grande e à francesa.
Dois discursos do Prof. Universitário Paulo Morais que não tem medo nenhum em chamar os bois pelos nomes e aponta a justiça necessária:
http://www.youtube.com/watch?v=aiTSJekHbxQ
http://www.youtube.com/watch?v=7zool__iaGg