Cancões revolucionárias do PREC faziam
ontem, pelas 16 horas, a emissão da Antena 1. No carro, a caminho para um
casamento, quedei-me a ouvir o que aquilo dava. Sucediam-se canções de
intervenção e intervenções de cantores de intervenção, culminando com um hino
interminável de intervenção contra a burguesia e o capital. Hoje, passava das
13 horas, e novamente no carro, ressurgiu-me a Antena 1. E o PREC novamente
ressuscitado na cantiga. Agora era o Zeca intervindo para a esquerda e para a
esquerda, o Zeca universal, as melhores canções do Zeca, a indignação do Zeca
na melhor e mais revolucionária das suas canções.
Assim se vai preparando o ambiente para,
de imediato, se ligar a canção de intervenção à intervenção na rua: a greve dos
portos e da CP, e as intervenções gritadas de Jerónimo, Arménio e Semedo, a
luta contra o grande capital, contra a especulação internacional e a exploração
da classe trabalhadora, contra a política de direita, e até contra o PS, que
não rasga o Memorando da Troyca.
E assim, de canção em intervenção e de
intervenção em canção, se vão reproduzindo ideias e processos clássicos de
agitação, que há muito vêm sendo proscritos pelos portugueses em eleições
livres.
A RDP vai fazendo o seu trabalho. Um PREClaro trabalho!
ResponderEliminarhttp://abrupto.blogspot.pt/
eleições livres? Vá-se catar!!
Plano da troika leva a corte inédito na despesa com comida
ResponderEliminarQuem a sabe é a Isabel Jonet.
Deve ser a isto que o Tavares Moreira chama SUCESSO!
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarUm verdadeiro SUCESSO, essa programação! Não tive a dita de auscultar essa dourada estação emissora, o meu Amigo é um privilegiado!
Num país onde diáriamente a população é confrontada com notícias de fraudes económicas e financeiras, praticadas por ex-altos cargos do PSD (partido no poder). Num país onde diáriamente a população é confrontada com notícias de casos de delitos graves não julgados ou que se arrastam nos tribunais em que são arguidos capitalistas com poder económico para pagar aos melhores advogados da praça.
ResponderEliminarNum país em que proliferam as associações de apoio social, que se dedicam a angariar esmolas em géneros, para dar de comer a famílias sem emprego, com filhos pequenos.
Num país em que decresce o número de pessoas que recorrem às urgências nos hospitais públicos, porque as taxas de atendimento aumentaram quase para o preço de uma consulta no privado.
Num país onde os tratamentos médicos e o acesso aos medicamentos é cada dia mais acessível somente a uma classe priveligiada.
Está criado o que é básicamente necessário, para que expluda uma reação social.
E o Zeca o Zé Mário Branco, o Fanha e outros que até já não habitam fisicamente este planeta, têm nada a ver com isso.
A barriga dos que gemem de fome e que vêem ao seu lado os filhos a definhar é que podem muito provávelmente, um destes dias lembrar-se da velha frase (perdido por 100, perdido por mil) e atirar-se cegamente aos gasganetes daqueles que gozam com a miséria alheia.
Então é o caro Pinho Cardão que ouve a Antena 1? Espero que eles o tenham tratado pelo nome e não por "querido ouvinte", ou outra coisa mais impessoal, como se tivessem mais ouvintes...
ResponderEliminarÉ o chamado serviço público.
ResponderEliminarNa ânsia de proteger as minorias, claramente demonstradas em sucessivos actos eleitorais, esforçam-se por demonstrar que estão vivos, e que num futuro glorioso irão defender as "conquistas de Abril".
Não me incomoda esses lirismos mas sim o facto de termos que os pagar, sem ousar tocar na "vaca sagrada".
Caro Bartolomeu:
ResponderEliminarÁ fome morreram MILHÕES de ucranianos, russos e chineses devido a DELIBERADAS e bárbaras políticas dos regimes que as canções de intervenção tanto adoram e promovem.
E, caro amigo, pode estar certo que esse tipo de cantoria não diminui a fome de ninguém.
Peço desculpa, caro Dr. Pinho Cardão, fico sem perceber muito bem se no seu post se refere ao passado, ou ao presente, se a uma realidade que teve lugar numa ditadura, se à NOSSA realidade que tem lugar numa democracia. E se o caro amigo, pretende dizer , na sua opinião, que o povo português nada deve fazer perante a situação em que se encontra e esperar somente, que o explorem e o tratem indígnamente, como um povo que nunca trabalhou e sempre viveu à conta do tesouro do Estado, aquele tesouro que se acha enterrado debaixo das pedras e que só alguns conhecem a sua localização...
ResponderEliminarSr.Bartolomeu:SÓ altos ex-cargos do PSD?
ResponderEliminarE os outros?Os soares,os sócrates,os melancias,os coelhones,os varas,os f.gomes,....?
O "fenómeno" começou a surgir e a ganhar volume, caro alberico, imediatamente após o período do PREC.
ResponderEliminarEntão; como calculará, a lista dos conhecidos, é imensa, como serão imensas as variantes e as cores da mesma.
Não sei se algum dia se deu ao cuidado de passar os olhos pela História de Portugal, desde a época dos descobrimentos.
Se o fêz, terá concerteza percebido "ao que andamos" desde que julgamos ser um povo independente e com uma bandeira.
Velhos vícios que difícilmente nos largarão a pele, caro alberico. Cantem-se as canções que se cantarem, façam-se as revoluções que se fizerem... "o povo será sempre sereno e eternamente manso".