1. Questionei aqui, ontem, quem é que acabaria por ter razão quanto à capacidade da República Portuguesa voltar aos mercados a muito curto prazo: se o Ministro Vítor Gaspar, que na 2ª Feira tinha antecipado essa possibilidade, ou se o conhecidíssimo economista Nouriel Roubini que ontem mesmo exprimia grandes reservas quanto a esse evento...
2. Menos de 24 horas depois, está consumado o regresso da República aos mercados, com uma emissão de dívida ao prazo de 5 anos, por um montante de € 2,5 mil milhões, taxa média (aparentemente) inferior a 5%. Segundo rezam as notícias, a procura nesta emissão (indicador nem sempre fiável quanto à real intenção de investimento dos “apostadores”) teria ultrapassado € 10 mil milhões.
3. É caso para dizer que Roubini perdeu uma excelente oportunidade para guardar um prudente silêncio e que Vítor Gaspar, quando fez o anúncio na 2ª Feira estava já mais que certo de que a operação ia ter sucesso mas, mesmo assim, adoptou um discurso cauteloso. Ou seja, Gaspar fez KO técnico a Roubini em poucas horas...
4. É inquestionável a importância deste evento, por muito que as mesmas pitonisas que durante meses a fio insistiram na impossibilidade do regresso da República aos mercados em 2013 (e no Outono...), venham agora desvalorizar o facto, dizendo que as condições do mercado melhoraram extraordinariamente, graças em especial ao BCE, e que foi por isso que a República pode avançar com sucesso para esta operação...
5. Sendo objectivamente verdade que as condições de mercado melhoraram notavelmente, e não apenas graças ao BCE - é preciso não desvalorizar o contributo do FED - eu pergunto quem é que os mandou falar antes do tempo?
6. Por diversas vezes fui interrogado sobre esse tema, ao longo do ano transacto, num programa TV quase confidencial em que uso participar, e a minha resposta foi, invariavelmente: não é possível dizer se a República vai ou não ter condições para regressar em condições normais aos mercados em 2013, até porque existem diversos factores condicionantes desse evento que estão fora do controlo das autoridades portuguesas...só em 2013 se poderá saber.
7. E assim foi - em 2013, bem mais cedo do que se pensava, ficou a saber-se. E agora?
8. Agora, cabe-me alertar para o facto deste episódio, assumindo inegavelmente um grande significado como já disse, poder vir a ser pretexto para alguns sectores, mais ou menos afectos ao Governo, considerarem que tudo está resolvido, que está ganha não apenas uma batalha mas toda a guerra...
9. Estou certo de que não é essa a visão do Ministro V. Gaspar pelo que conheço dele, mas é evidente que nem tudo acaba ou começa nele...
10. Entramos numa nova etapa do programa de ajustamento em que os riscos de “moral hazard”, de complacência em relação ao muito que ainda há a fazer, terão de merecer especial atenção...
Convém agora que os habituais comentadores e jornalistas manhosos não confundam as coisas... Esta notícia do “regresso aos mercados” é boa pois Portugal, inevitavelmente, via “troikas” ou via mercado, tem de financiar a sua dívida. Os bancos nacionais andavam a direccionar o crédito ao Estado (em vez das empresas e cidadãos), pois estava completamente falido! Sem esses empréstimos, muitas empresas públicas não teriam dinheiro para pagar salários.
ResponderEliminarMas o emagrecimento do Estado tem de continuar, temos de equilibrar receitas e despesas para não voltarmos a "cair nas mãos" dos credores. Pensar que isto significa o fim dos sacrifícios, só dará em desilusão...
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/01/isto-revolta-me-e-nao-ha-titulo.html
Claro que o Gaspar já tinha a certeza e o Roubini só diz asneiras porque os bancos de investimentos jà andavam a fazer o road show há semanas e já tinham informado o tesouro dos contactos. Mas, caro Tavares Moreira, à falta de um Artur Batista da Silva credível o Roubini serve perfeitamente e "eles lá na ONU" já sabem que o Gaspar não teve mérito nenhum, isto foi por causa do nevão.
ResponderEliminarCaro Dr. Tavares Moreira, estará o meu estimado amigo na posse de elementos e de paciência para me elucidar, quais foram os bancos que compraram os dois milhões da dívida portuguesa a 5 anos à taxa inferior à que estava a ser praticada até agora?
ResponderEliminarPretender confrontar, comparar, Gaspar com Roubini é de bradar aos céus.
ResponderEliminarMas será que a operação que Gaspar mandou executar poderá ser chamada de "regresso aos mercados"?
“Acartelam-se” quatro bancos para assegurar a compra das obrigações de dívida e chama-se a isso "regresso aos mercados".
Valha-nos Deus.
A censura no blogue prossegue.
ResponderEliminarMas...
1) Nem mais tempo nem mais dinheiro. LOL, Gaspar e Passos!
2) A Espanha não tem Truika e fez uma operação muito mais favorável.
3) A Irlanda fez uma operação semelhante a juros de 3%.
4) O Gaspar, sob o chapéu do BCE, vai aos mercados e leva com 5%.
5) O «rating» da república, por causa deste SUCESSO, mantém-se no lixo.
Vale a pena continuar a gastar palavras com isto?
QED!
ResponderEliminarSe QED, demonstratus non est, sed...
ResponderEliminarO rating da República mantém-se [ no LIXO]por via da incerteza quanto ao despacho do Tribunal Constitucional. Foi isto mesmo que uma das agências de rating veio afirmar taxativamente! Do Rato até Belém, as coisas começam a dar para o torto...
ResponderEliminarE os juízes do TC estão para ficar com o menino nos braços...?!
Aos Murphy V, e a alguns outros.
ResponderEliminarPor mais que repitam a mentira, ela não se tornará verdade.
Não eram os Estados que estavam falidos em 2008 mas sim os bancos.
Os Estados endividaram-se para salvar os bancos o que fez subir vertiginosamente as suas dívidas públicas. Aconteceram então os aumentos de impostos e os cortes sociais para ocorrer à sangria financeira dos Estados.
No fundo tratou-se e trata-se, com os chamados “programas de ajustamento”, de uma transferência de rendimentos das famílias e da generalidade das populações para as instituições financeiras.
Prova-o o valor dos empréstimos do BCE às instituições financeiras em Dezembro de 2011 e Março de 2012, a JUROS DE 1%, e que somaram mais de SEIS VEZES os resgates a Portugal e à Irlanda juntos. Nada menos nada mais do que 1.018.731.000.000 euros.
Entretanto, no ano de 2012, as cem pessoas mais ricas do mundo enriqueceram mais 241.000 milhões de dólares. A sua riqueza estima-se agora em 1,9 bilhões de dólares, só um pouco menos que o PIB do Reino Unido.
A Universidade Católica revê em baixa a descida do PIB em 2013 (de 2.0% para 2.4%)
ResponderEliminarA banca nacional utiliza o dinheiro lá colocado pelo Estado para comprar dívida pública:
http://mobile.economico.pt/noticias/bancos-nacionais-detem-325-mil-milhoes-em-divida-publica_160905.html
A Secretária de Estado do Tesouro diz que "cumprimos todo o programa". Quanto ao défice de 2012, não sei...
E na SIC estou a ver os banqueiros radiantes...
Não quero ser desmancha-prazeres, mas este regresso parece uma peça completamente montada, com um argumento escrito algures, sendo o Ministro Gaspar o assistente de realização.
Eu sabia, os mercados engendraram uma forma de voltar aos mercados apesar da austeridade imposta pelos mercados do imperialismo capitalista que não sabiam que a verdadeira forma de voltar aos mercados era aplicar uma política crescimentista que combatesse a ditadura dos mercados.
ResponderEliminarUma coisa eu concordo. Só mesmo por burrice é que alguém empresta dinheiro a um estado onde gente desta tem direito a voto....
Caro Carlos Sérgio,
ResponderEliminarTem razão em parte do que diz, mas se não tivessemos tido o desgoverno dos últimos 15-20 anos, não concorda que os portugueses seriam poupados a grande parte dos sacrifícios que lhes estão a ser exigidos?
Sobre o assunto, já tinha escrito no meu blog:
ResponderEliminar«A operação de regresso cauteloso aos mercados da dívida portuguesa foi um inegável êxito. O assunto tem suscitado reacções desencontradas sobre o seu alcance e as suas consequências. Mas também tem dado origem a dúvidas, muitas delas pertinentes. No entanto a questão que tem sido levantada com maior frequência só pode levantar dúvidas para quem nada percebe de economia e em particular dos problemas por que Portugal está a passar nos últimos tempos: É a questão de saber se este êxito vai ter influência na crise que atravessamos e em particular se pode servir para aliviar a curto prazo os principais problemas que ela provoca, ou seja, a necessidade de austeridade, o elevado desemprego e a recessão. Parece que todos os jornalistas se sentem obrigados a levantar esta questão e fazem a pergunta com ar angustiado a governantes e a comentadores e economistas. Estes, com mais ou menos paciência, lá vão explicando que, por muito que o feito seja muito positivo e constitua um sinal muito importante de que poderemos voltar aos mercados internacionais de dívida mais cedo do que pensávamos, nada altera no curto prazo. Para já a colocação de dívida nos mercados não tem qualquer influência no défice e não reduz a dívida pública, antes a aumenta momentaneamente. Uma entrada de dinheiro de 2500 milhões não tem qualquer efeito significativo na recessão e muito menos no desemprego, que, como é sabido, só reage a estímulos económicos ao retardador. Portanto pôr a questão nestes termos só demonstra ignorância.
A questão verdadeiramente importante, de que ninguém parece interessado em falar, é que o regresso aos mercados, por muito positivo que seja, não substitui as reformas estruturais e, em particular, não evita a necessidade de pôr fim aos défices crónicos e reduzir, para níveis comportáveis, a dívida pública. Se começa a ser mais fácil recorrer aos mercados, há que evitar sucumbir à tentação de voltarmos a um nível de endividamento que conduza, a termo, a nova crise.»
Primeira consequência : Qual é a pressa?http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/125188.html
ResponderEliminarCaro Tonibler,
ResponderEliminarAplaudo, calorosamente se me permite, seu último comentário! Burrice, mesmo muita burrice!
Mas temos de ter muita paciência, o Crescimentismo bacoco é mais duro que o diamante, não há nada a fazer!
Caro murphy,
Atenção que Carlos Sério não tem razão nenhuma no que diz: repare que ele afirma que os resgates forma negociados para salvar a banca...
E, no caso do resgate português, dos mais de € 80 mil milhões de Euros colocados à disposição do País (condicionalmente), para apoio a bancos forma dedicados até agora €5,6 mil milhões, ou seja 7% do total...
Acha que faz algum sentido o que diz Carlos Sério?
O grande problema do nosso estimadíssimo comentador CS (não confundir com Carlos Saraiva) é exactamente o facto de a República ter sido capaz de voltar aos mercados, mostra-se duramente inconformado pois sempre esteve de alma e coração com as pitonisas que negavam, categoricamente, tal possibilidade...
Caro Freire de Andrade,
O que diz é bastante razoável, mas há dois pontos a acrescentar, não despiciendos na minha perspectiva: (i)a significativa melhoria nos mercados financeiros, no caso do mercado da dívida não apenas para o Estado mas tb para os bancos e as empresas de maior porte, pode arrastar, mas depressa do que se previa, uma melhoria geral das condições de financiamento da economia;(ii) o facto de a melhria do mercado ser extensiva ao segmento accionista pode determinar uma recuperação da confianças das empresas e até dos consumidores, neste caso pelo conhecido efeito-riqueza.
Em sentido oposto, no outro prato da balança, temos o risco de complacência, que menciono no Post e que pode ser imensamente perverso, a prazo.
E não é que no primeiro dia do regresso aos mercados, foram os amigos de Sócrates que mais vibraram ao ponto de apressarem o seu regresso ao poder no PS...?!
ResponderEliminarPara a rapazada amiga de Socrates, ao que parece, são favas contadas...!
Los resultados son pasmosos: en un plazo de poco más de dos años y medio, entre el 1º de Diciembre del 2007 y el 21 de Julio de 2010, la Fed otorgó préstamos secretos a grandes corporaciones y empresas del sector financiero por valor de 16 billones de dólares, una cifra mayor que el PIB de los Estados Unidos que en el año 2010 fue de 14.5 billones de dólares y más elevada que la suma de los presupuestos del gobierno federal durante los últimos cuatro años.
ResponderEliminarLos principales beneficiarios de estos préstamos –concedidos entre el 1º de Diciembre de 2007 y el 21 de Julio de 2010- son los siguientes:
Citigroup: $2.5 billones ($2,500,000,000,000)
Morgan Stanley: $2.04 billones ($2,040,000,000,000)
Merrill Lynch: $1.949 billones ($1,949,000,000,000)
Bank of America: $1.344 billones ($1,344,000,000,000)
Barclays PLC (United Kingdom): $868 mil millones ($868,000,000,000)
Bear Sterns: $853 mil millones ($853,000,000,000)
Goldman Sachs: $814 mil millones ($814,000,000,000)
Royal Bank of Scotland (UK): $541 mil millones ($541,000,000,000)
JP Morgan Chase: $391 mil millones ($391,000,000,000)
Deutsche Bank (Germany): $354 mil millones ($354,000,000,000)
UBS (Switzerland): $287 mil millones ($287,000,000,000)
Credit Suisse (Switzerland): $262 mil millones ($262,000,000,000)
Lehman Brothers: $183 mil millones ($183,000,000,000)
Bank of Scotland (United Kingdom): $181 mil millones ($181,000,000,000)
BNP Paribas (France): $175 mil millones ($175,000,000,000)
Wells Fargo & Co. $159 mil millones ($159,000,000,000)
Dexia SA (Belgium) ) $159 mil millones ($159,000,000,000)
Wachovia Corporation $142 mil millones ($142,000,000,000)
Dresdner Bank AG (Germany) $135 mil millones ($135,000,000,000)
Societe Generale SA (France) $124 mil millones ($124,000,000,000)
Todos los demás $2,6 billones ($ 2,639,000,000,000)
Total $16.115 billones ($ 16.115.000.000.000)
El sector bancario recibió un total de ayudas públicas de 1,6 billones de euros entre octubre de 2008 y diciembre de 2010 procedente de los países de la Unión Europea (UE), lo que supone un 13% del Producto Interior Bruto (PIB) europeo, según datos publicados hoy por la Comisión Europea. El 58% de estas ayudas fue entregado a bancos de tres países: Irlanda (25%), Reino Unido (18%) y Alemania (15%).
ResponderEliminarEn 2009, el Banco Central Europeo ya había inyectado cerca de 3 billones de euros para la recuperación del sistema financiero en la eurozona, mediante planes de adquisición directa de activos, acciones de rescate, y la recapitalización y reestructuración de bancos y entidades financieras.
ResponderEliminarMurphy V
ResponderEliminarA situação desesperada dos bancos, a lutarem pela sobrevivência, levou-os naturalmente a interromperem qualquer crédito às empresas arrastando muitas empresas para a falência e com isso uma avalanche de desemprego. Com o desemprego os custos sociais dos Estados aumentaram ao mesmo tempo que diminuíam as suas receitas fiscais dada a recessão da economia. De uma crise financeira passou-se muito rapidamente para uma crise económica e social. Os Estados viram-se obrigados a contrair divida. Por exemplo, em Portugal, a dívida pública manteve-se relativamente estável de 2005 a 2008, (66% do PIB em 2005, 67,5% em 2006, 66,6% em 2007 e 68,9% em 2008), a partir daqui começou a subir a uma média de 10% ao ano com Sócrates e 15% ao ano com Passos Coelho nestes dois ultos anos.
A crise dos bancos iniciada nos EU arrastou igualmente a banca europeia para desesperadas dificuldades e com isso o arrastamento da crise para a área económica e social. Os Estados obrigaram-se a contrair divida para socorrer bancos, acudir ao desemprego e a outros custos sociais num clima de recessão e menores receitas fiscais. As receitas neoliberais de austeridade vieram apenas agravar a situação económica, social e orçamental dos Estados.
Esta a realidade e não a absurda, ridícula e estapafúrdia explicação dos neoliberais de que as pessoas é que são responsáveis por “gastarem acima das suas possibilidades”.
Caro João Baptista Pico,
ResponderEliminarBem observado, sem dúvida, parece que esta notícia produziu efeitos colaterais, ainda não totalmente avaliados mas, em qq caso, num diâmetro bastante avantajado!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarPagar 4,9% de juros é insustentável.
Qual foi a pressa em emitir a este valor, quando emitimos a 18 meses com juro de 1,9% ?
Não seria mais conveniente negociar com a Troika mais dinheiro a 2,5% ?
Caro Antologia de Ideias,
ResponderEliminarUma descrição em estilo épico do programa de ajustamento económico e financeiro poderá ser interessante, como tema de teatro ou cinema, quando tudo estiver concluído...
Até lá, sugiro, se me permite, uma abordagem um pouco menos épica ou romântica, até para refrear os ânimos!
Caro Paulo Pereira,
Pegando na sua sugestão, seria até preferível convencer a Troika a emprestar-nos mais dinheiro num modelo de "paid-in-kind" notes, a prazo não inferior a 10 anos!
Ou então sob a forma de dívida consolidada sem cupão?...
Quem sabe se não aceitariam as duas ideias, que tanto jeito nos dava?
Mas esta gente sabe quanto era o juro das obrigações a 5 anos antes do estado ter falido para estar a dizer que 4.9% é insustentável? Eu nem por 49% emprestava e 4.9% é mau????
ResponderEliminarUma boa solução era o estado fazer um leilão privado entre o pessoal que está a refilar com um cap de 2%. De certeza que aviava a divida publica toda....
Caro Tonibler,
ResponderEliminarNão se esqueça que a insustentabilidade é um conceito-chave para os Crescimentistas...tudo o que não seja aplicar fundos públicos em + e + despesa, é insustentável.
Repare que ainda esta semana foi noticiado que a Câmara do Seixal teria pago, com fundos públicos, deslocações em autocarro de manifestantes da CGTP.
Defrontado com tal facto, o Edil-Mor afirmou, com grande solenidade e convicção, que não se tratava propriamente de uma despesa - nem era preciso explicar, todos "percebemos" que não é uma despesa - mas de um investimento, pois era uma forma de motivar os trabalhadores para tarefas prioritárias de defesa dos seus direitos...
Ora aqui tem uma aplicação de tipo Crescimentista - é evidente que contrair empréstimos a 4,9% (ainda por cima reembolsáveis...) para financiar investimentos deste tipo, é manifestamente insustentável, todos temos de concordar!
Caro Tavares Moreira,
ResponderEliminarParece que a sua sugestão das PIK Notes está a ser usada pela Irlanda e com um bom juro !
E parece que vão alargar o montante e com um juro ainda menor.
Olhe que se ESM nos emprestasse euros a 2,5% e como vai buscar euros a 1% ou menos seria um bom negociopara todos.
É o que se poderia chamar de consolidação de dividas !
Caro Paulo Pereira,
ResponderEliminarSendo assim estamos sintonizados,só me resta dizer mãos à obra,espero vir a encontra-lo nessa negociação...com bastante trabalho já feito da sua parte, evidentemente, pois não tenho a mesma astúcia negocial que o ilustre Comentador, a minha entrada prematura poderia deitar tudo a perder!
E quem sabe se o nosso amigo Tonibler não poderá tb dar-nos uma preciosa ajuda?
Eu tenho um programa de combate à dívida verdadeiramente imbatível e com o qual a troika e os mercados ficariam de rastos. Chama-se Mendicidade 2020 e consiste em meter portugueses a mendigar pelos transportes públicos da Europa. Com este programa pensamos recolher 200 mil milhões de euros a fundo perdido e eliminar a necessidade de pedir emprestado. Caso não funcione, o programa Prostituição 2020-2025 de troca de serviços específicos por euros está pronto a arrancar.
ResponderEliminarAo nível do crédito mesmo tenho alguns programas em mente, como o Calotes 2016 adaptado do programa do Bloco de Esquerda, e o programa de bolsas "Vale e Azevedo" em que estudantes do país inteiro vão aprender técnicas importantes como a falsificação de BI's, jogar vermelhinha, gestão de dívida pública à Robert Mugabe, etc...
Não havendo interesse neste conjunto alargado de programas, há sempre os sanguessugas do FMI e os agentes do imperialismo ao serviço da economia de casino a quem chamam mercados. Mas isso são opções...
Caro Tonibler,
ResponderEliminar"Está na cara" que poderemos contar consigo!
O seu leque de opções, a acrescentar às duas modestas sugestões que temerariamente sugeri ao Paulo Pereira mas que felizmente foram bem acolhidas, permitirão certamente a este ilustre Comentador e a sua equipa de negociação a convencer a Troika, de uma vez por todas, a adoptar uma nova politica de financiamento em relação a Portugal, que empreste um renovado ânimo aos Crescimentistas!