sábado, 2 de fevereiro de 2013

Espelho noturno...


Dia cansativo.
Noite chuvosa.
Regresso da capital.
Procura do refúgio.
Nada, ninguém.
Sons da ribeira.
Cantar da chuva.
Nada, ninguém.
Apenas um espelho.
Espelho noturno.

3 comentários:

  1. Caro Professor Massano Cardoso,
    Depois de um dia cansativo passado em Lisboa, se calhar, o que faz falta é mesmo isso: paz, sossego, silêncio. E o som da ribeira, o cantar da chuva, o ritmo da passada, são o eco da vontade de regressar à fortaleza...

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  2. Não sei explicar bem porquê, esta reflexão, este momento especial, que o Professor (professor é somente (e tanto) alguém com quem (por acção de um mistério que não sei explicar) aprendemos) Massano, reparte connosco, recordou-me de imediato o velhinho poema que transcrevo.
    Bom, na verdade, a reflexão começou por me fazer recordar a Praxinoa de Safo e o seu conceito de liberdade, dai a Saramago e à sua reflexão acerca das histórias infantis, contadas por adultos, foi um ápice, dizia o escritor: que bom seria se os adultos fossem obrigados a escutar as histórias que contam às crianças, talvez aprendessem com elas.
    E, na verdade, ou seja, na minha verdade; as histórias são espelhos e nós as pessoas grandes. Porque sentimos uma falta imensa dos espelhos se os não vemos, porque não podemos rever-nos sem eles, neles.

    Au clair de la lune,
    Mon ami Pierrot,
    Prête-moi ta plume
    Pour écrire un mot.
    Ma chandelle est morte,
    Je n'ai plus de feu,
    Ouvre-moi ta porte,
    Pour l'amour de Dieu.

    Au clair de la lune
    Pierrot répondit :
    "Je n'ai pas de plume,
    Je suis dans mon lit.
    Va chez la voisine,
    Je crois qu'elle y est,
    Car dans sa cuisine
    On bat le briquet.

    Au clair de la lune
    L'aimable lubin
    Frappe chez la brune,
    Elle répond soudain,
    Qui frappe de la sorte ?
    Il dit à son tour :
    Ouvrez-moi la porte
    Pour l'amour de Dieu.

    Au clair de la lune,
    On n'y voit qu'un peu :
    On chercha la plume,
    On chercha le feu.
    En cherchant d'la sorte
    Je n'sais c'qu'on trouva,
    Mais j'sais que la porte
    Sur eux se ferma


    Au clair de la lune
    Pierrot se rendort.
    Il rêve à la lune,
    Son cœur bat très fort ;
    Car toujours si bonne
    Pour l'enfant tout blanc,
    La lune lui donner
    Son croissant d'argent

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  3. Hum! Delicioso poema, Bartolomeu...

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