sexta-feira, 15 de março de 2013

Dia glorioso para os Crescimentistas!

1. Assim como já aqui assinalei dias de notícias negras para os Crescimentistas, é justo reconhecer que hoje estamos em dia grande para esta classe de ilustres pensadores e políticos, face às funéreas novidades esta manhã divulgadas em conferência de imprensa do Ministro das Finanças. Senão, vejamos:

- Governo antecipa agora um cenário de queda do PIB em 2013 de -2,3%, sendo assim de concluir que se “ENGANOU” mais uma vez, depois das previsões de queda de -1% e de -2%, esta última divulgada há pouco mais de 2 semanas!
- Nessa mesma previsão, o Governo admite uma quase estagnação das exportações, em termos reais obviamente, ficando assim quase neutralizada a locomotiva da economia (devo confessar que me intriga bastante esta componente da previsão, mas para aqui pouco interessam as minhas suspeitas...);
-Previsão de crescimento do desemprego até atingir uma taxa de 18,2% (suspeito que aqui ainda haja algum optimismo, mas tal como para as exportações pouco conta a minha suspeita);
- Défice orçamental de 5,5% em 2013 em vez dos anteriores 4,5%...
- Défice de 2012 pode ter atingido 6,6% com a desconsideração das receitas extraordinárias com que o Governo tinha contado para reduzir o défice para 5%.

2. É imaginável o ambiente de euforia que deverá reinar por esta hora nas hostes Crescimentistas, as quais poderão agora, com argumentos irrebatíveis, condenar sem apelo nem piedade as políticas neo-liberais pelos resultados desastrosos que por sua causa o País está suportando...

3. Nem a promessa do Ministro das Finanças de que nas próximas semanas Portugal poderá seguir o caminho da Irlanda e emitir dívida a 10 anos consegue mitigar a imensa vantagem que estas notícias lhes oferece...

4. A ponto de um (aliás simpático) porta-voz dos Crescimentistas ter vindo já declarar algo que certamente ninguém mais, por muito ousado ou imaginativo que fosse, teria inspiração para dizer: “Obrigatório é sair da crise de forma sustentada”!
5. Vamos pois adoptar as políticas necessárias para sair da crise "de forma sustentada", aceitam-se sugestões dos nossos ilustres Comentadores!

32 comentários:

  1. Caro Dr. Tavares Moreira,

    1. As notícias de hoje são próximas do trágico, se bem que dificilmente possam ser consideradas inesperadas. Não vejo que alguém possa estar satisfeito, por muito "crescimentista" que seja.

    2. Agora o que para mim é óbvio é que a conversa do "bom aluno", do "respeito que a troika teria por nós por respeitarmos o programa" era tudo treta: acabámos como uns miseráveis a receber por favor um ano adicional para a meta do défice. Quem não pensa pela sua cabeça recebe o que merecer...

    3. Também com a espantosa performance de técnico ultra-competente que o nosso Ministro das Finanças tem evidenciado nos últimos tempos, seria de esperar outra coisa?

    ResponderEliminar
  2. Há dois anos que espero uma alternativa consistente para mudar de opinião, mas só vejo criticas...

    ResponderEliminar
  3. Estimados senhores,

    Já por várias vezes deixei as minhas sugestões, neste como noutros blogs que pertencem à mesma "família".

    Infelizmente, não tenho voz.

    Agora, falar de boca cheia?

    Pelos vistos, ninguém daqui tem familiares desempregados e a viverem de RSI.

    Nem todos padecemos das mesmas maleitas.

    Mas, também: quando há reformas de 170.000 euros e outras de 250, está tudo dito, não está?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olhe. Senhor Carlos Praxedes. Antes de fazer certos comentários seria melhor pensar duas vezes. "Aqui" há quem tenha filhos desempregados, "aqui" há quem tenha filhos em dificuldades financeiras, "aqui" há quem tenha pais a quem tem de ajudar a sobreviver, "aqui" há quem tenha de trabalhar que nem um louco não obstante ter de violar regras de saúde. Ou seja, "aqui" também há quem conheça os efeitos e a dor da situação em que Portugal vive. Tem toda a razão quando diz que "nem todos padecemos das mesmas maleitas". Pois não, cada um sabe de si... Está tudo dito? Não, não está, muito mais poderia dizer e direi se a tal for obrigado ou me apetecer!

      Eliminar
  4. queriam todos ser ricos sem trabalhar e votaram socialismo
    comeram tudo como vampiros
    agora que ficaram pobres não querem pagar a conta

    as abundantes estomagueiras deles e os quartos traseiros delas vão encolher.
    a minha carteira também.

    votem socialismo

    ResponderEliminar
  5. Não! Não há crescimentitas felizes com os dados apresentados, o que há é um país triste, desmotivado e resigando...
    Eu só não percebo como é que alguém com um pingo de sensatez, de vergonha e honradez se mantém no poder! As pessoas "falham" mas há que assumir.
    E depois, se dúvidas houvesse sobre a capacidade do Ministro Gaspar, elas ficaram claras quando levou um powerpoint para o Conselho de Estado!. Valha-me Deus, que falta de sensatez, tanta arrogância "intelectualóide", só podia dar nisto não é!?.

    ResponderEliminar
  6. E estou em crer que o caro Drº Tavares Moreira também está triste e resignado com tudo isto...

    ResponderEliminar
  7. Eu estou triste. Estou triste porque defendi o Gaspar e hoje sou o primeiro (no sentido de estou na linha da frente porque os gajos do PCP dizem isso todos os dias) a dizer "Gaspar, entrega a chave!"

    Isto porque não posso admitir que um ministro da república possa ser apanhado a aldrabar as contas. E o Gaspar deu o golpe da CGD, que parece claro que à 10ª o eurostat acabou por perceber.

    O que traz a necessidade de vender aquela porcaria com urgência para que isto não se volte a repetir (estou curioso porque é que o eurostat não mandou reverter todos os golpes anteriores com a CGD, teve medo?) e para defender os trabalhadores que valem muito mais que os patrões deles.

    De resto continuo a concordar que no dia em que mostrarem um estado viável, a troika segue o caminho dela. E um estado viável é mesmo cortar 4 mil mios nos salários. O resto dos números foram apresentados porque são sempre, eu não imprimiria uma página com eles e espero que não tenham gasto muito tempo a inventá-los porque não valem mesmo nada.

    ResponderEliminar
  8. Emitir dívida a 10 anos com taxas próximas dos 6% é de qualquer maneira insustentável para a nossa economia. Pode ser boa propaganda para o governo mas acho que não nos ajuda muito. Talvez devêssemos antes pedir um novo empréstimo à troika com taxas mais baixas e com um período de carência. Sinceramente não faço ideia do que é que se pode ainda fazer: todas as alternativas parecem ser muito más.

    ResponderEliminar
  9. Eu hoje estou com o Tonibler.

    ResponderEliminar
  10. Preclaros Comentadores,

    1. Permitam-me um comentário geral em vez dos habituais comentários homem-a-homem...
    2. Em 1º lugar quanto às previsões MACRO hoje avançadas pelo Governo,em 3ª versão, quero muito sinceramente dizer-lhes que tenho dificuldade em entendê-las: salvo quanto à previsão do nível de desemprego, em que até admito algum optimismo (tal como aconteceu no ano passado), considero estas previsões excessivamente pessimistas nomeadamente no que se refere ao desempenho das exportações.
    Creio que muito em breve (dentro de 2 meses, mais ou menos) iremos ter oportunidade de começar a perceber melhor esta "novela" das previsões quando for divulgada a primeira estimativa para o PIB no first quarter of 2013...

    3. Passando agora ao tom dramático com que alguns Crescimentistas (com dificuldade em esconder a euforia que lhes vai na alma) estão comentando esteas previsões, e que é partilhado por alguns Comentadores deste Blog, eu considero esse tom simplesmente desajustado.
    Posso dizer-lhes que ainda há pouco ouvi um agressivo Crescimentista proclamar que, a manterem-se estes resultados e esta política, "o Governo tem de sair já".
    Curiosamente, trata-se de um conhecido e fogoso político, cuja ignorância tem sido por vezes exibida com admirável talento, e que, caso fosse responsável pela política económica, nos levaria à ruína mais completa em tempo record, disso não tenho dúvidas...
    4. Temos de compreender, não gostando obviamente destes resultados, manifestamente maus, que é muito difícil, quase impossível mesmo - com o enquadramento externo que neste momento defrontamos e as condicionantes financeiras a que ainda estamos sujeitos e que não se podem afastar nem modificar com um simples clique, como pensam alguns (muitos) comentadores basicamente ignorantes - conseguir melhores resultados.
    Temos de dar tempo ao tempo, ser pacientes e persistentes, eu aliás não conheço nenhuma actividade económica de sucesso, com excepção de ter a sorte no Euromilhões,que seja realizada sem persistência, muita paciência e muito, mas muito trabalho - não raro também com muito sacrifício e grande dedicação.
    O nosso principal problema para conseguir compreender este enquadramento e a tal necessidade de persistência e paciência,é termos um enorme cortejo imenso de jornalistas e comentadores politicamente correctos, que sabem muitíssimo pouco disto e que tentam convencer a população, incauta e pouco esclarecida, que tudo se pode conseguir em sistema de "abre-fácil".
    O facto de termos alguns políticos, nomeadamente em lugares de responsabilidade, que manifestamente lá não deveriam estar, também não ajuda nada, valha a verdade!
    Oxalá a minha suspeita de que estas previsões pecam por pessimismo exagerado, venha confirmar-se: para isso precisamos de, pelo menos como já disse, de 2 meses.

    ResponderEliminar
  11. O meu único ponto, caro Tavares Moreira, é que para ter um ministro das finanças que martela contas, era escusado mudar de governo. Para isso os seus 10 ou 20 antecessores serviam perfeitamente. E quando se faz uma destas, não acredito que o caminho ainda seja o mesmo.

    ResponderEliminar
  12. Caro Tonibler,

    Regressando ao método de disc ussão "homem-a-homem", cumpre-me dizer-lhe que não encontro, neste episódio, qualquer martelamento de contas, no sentido de ocultação de despesa, subtraindo-a ao perímetro orçamental que, como bem sabe, que foi sempre o método mais vulgar de martelamento das contas públicas, utilizado até à saciedade por ilustres personagens que o Senhor bem conhece...
    Neste acos o que sucedeu, foi a rejeição pelo Eurostat - e eu acresento muito bem - de uma receita extraordinária decorrente do concessionamento da exploração ANA.
    E digo muito bem porque já basta de receitas extraordinárias que não são mais do que cosmética orçamental em nada alteram o défice estrutural.
    Portanto não houve nada escondido, nenhuma manobra de ocultação de despesa como no passado.
    Tenho assim dificuldade em perceber a lógica subjacente ao seu comentário.

    ResponderEliminar
  13. ...e do habitual golpe da CGD, caro Tavares Moreira. Finalmente, parece que o eurostat depois de todos os anos levar com o mesmo golpe, deixou de considerar os aumentos de capital da CGD como investimento e mandou meter aquilo nas despesas.

    ResponderEliminar
  14. Dr.Tavares Moreira:
    Li com toda a atenção não só o artigo como os seus comentários posteriores!Que apreciei e com os quais julgo ter aprendido alguma coisa!E que também deviam servir para que alguns dos comentadores apressados que por aqui postulam devessem ser mais ponderados e aguardarem por resultados que,pesar de atrasados,hão-de chegar contrariando as suas profecias e,sobretudo,os seus desejos tão exuberantemente manifestados!
    O que me parece também é que há pessoas que gostam de viver na ilusão de que as coisas irão melhorar porque se deseja que tal aconteça!Não por trabalho e dedicação!Seerá qu muita desta gente ainda pensa que é a fazer auto-estradas e rotundas que se dá a volta ao texto?Para essa desventura já tivemos de sobra!Mas,vamos lá,temos sempre a perspectiva de um "seguro" à esquina para nos levar à procura do maná!E sem dor!
    Abraço!

    ResponderEliminar
  15. Caro Dr. Tavares Moreira,

    Não pretendo, de todo, deixar de reconhecer o seu conhecimento superior de algumas destas matérias, face ao comum dos "analistas".

    Mas achar que é por 2 meses adicionais de verificação de previsões que podemos começar a ultrapassar quase 2 anos de previsões erradas... permita-me a dúvida.

    ResponderEliminar
  16. Caro Tonibler,

    Essa parcela da CGD intriga-me sobremaneira, uma vez que os aumentos de capital da CGD sempre tinham sido tratados como "aquisição de activos financeiros", não sendo contabilizados como despesa...
    Tenho a suspeita (mas não a certeza, ainda) de que pesou nesta alteração de critério o factor BPN que, como se sabe, foi um dos melhores negócios que o Estado português realizou até hoje.
    Mas vou tentar perceber melhor esse ponto.

    Caro Albérico Lopes,

    Tentar viver na ilusão ou de ilusões foi sempre um estado de alma do povo português, ultimamente bastante exacerbado!

    Caro Jorge Lúcio,

    O meu conhecimento destas matérias é o trivial, creia, simplesmente tento não me deixar levar por ilusões de crescimento fácil num contexto em que o crescimento económico pode ser tudo menos fácil!
    E quando já pagamos uma imensa factura (mas não ainda na totalidade) que é exactamente consequência de políticas de crescimento ilusório, baseadas na realização de vultosíssimas despesas rotuladas de investimento mas que se revelaram enormes fracassos, impondo ao País custos permanentes que não temos condições para suportar...
    Quanto à questão dos 2 meses receio não me ter feito entender correctamente: o que eu quis significar é que dentro de 2 meses teremos a primeira informação do desempenho do PIB para o 1º trimestre de 2013 e, nessa altura, poderemos começar a confirmar (ou não) a minha suspeita de que esta última previsão do Governo para o PIB é excessivamente pessimista.
    Não mais do que isso.

    ResponderEliminar
  17. A verdade, caro Tavares Moreira, é que sempre que a CGD apresenta lucros, o estado tem que aumentar o capital e nunca exerce o seu direito de accionista de ir buscar o seu dinheirinho. Quando o accionista é tão benévolo, a empresa devia desconfiar. E as perguntas devem colocar-se: será que esses resultados existiram algum dia? Como é que são contabilizados esses "proveitos" na conta consolidada do estado? É que aquilo que me parece é que o Eurostat deve andar a fazer estas perguntas... Se o estado consolida estes proveitos e depois reinveste-os após a publicação das contas, temos uma festa contabilística de contornos verdadeiramente impressionantes.

    ResponderEliminar
  18. Dr. Tavares Moreira,
    Entendo e concordo com a sua posição, relativamente à não eleição, para efeitos de controle do défice, do produto obtido com a concessão da ANA, mas parece-me que a decisão do governo foi positiva, uma vez que aquele valor serviu, ou vai servir, para reduzir a dívida, e esse deve ser, também, um objectivo prioritário.

    ResponderEliminar
  19. 1.º) Isto tanto há de descer que um dia bate no fundo e é impossível descer mais. A partir daí, só se poderá crescer. Falta saber se, entretanto, já não se exterminou parte da «arraia miúda».

    2.º) A Tareka (vulgo Troika) e os demais patéticos seres denominados técnicos procuram desenvolver em Portugal um projeto de eugenia social e de experimentalismo (social, económico, etc.)

    3.º) Na essência, o processo está a correr bem: baixa generalizada de salários; aumento brutal do desemprego permanente (como forma de pressão social para conter as despesas com salários no futuro); abaixamento brutal do nível de vida das pessoas / famílias, redução dos custos do Estado com pessoal, Saúde, Educação, Pensões, etc.; razia no investimento público; equilíbrio da balança comercial; atemorização e depressão de um país; regresso aos mercados (uma mentira tão grande, no fundo do tamanho do BCE).

    4.º) Onde reside, pois, o tão proclamado falhanço deste projeto? Em lado nenhum, meus amigos, em lado nenhum. Isto está a correr como previsto.

    5.º) Diz um comentador que o que é preciso, para resolver a questão, é, de uma vez por todas, cortar os 4 mil milhões em salários. E afirma isto
    a) deixando de lado a consideração das consequências (sociais, políticas, económicas, financeiras) da medida;
    b) «esquecendo» que pouco tempo depois, como tem vindo a acontecer sistematicamente, a medida se revelaria insuficiente e teria de se proceder a novos cortes, a mais austeridade.

    6.º) Defende-se, igualmente, a privatização da CGD, uma medida sensata tendo em conta o brilhante desempenho da banca privada, globalmente considerada, que esta semana levou mais uma paulada causada pelo Barclays.

    7.º) Não se defende, porém, a nomeação de gente competente para a sua gestão, em lugar dos habituais «boys». Porque, ao contrário, do que se afirma, há no Estado muita coisa que funciona muito melhor e de forma mais transparente do que no setor privado. Só que cada um tem a sua agenda...

    8.º) Hoje, Silva Lopes veio defender que os desempregados com subsídio e chupistas do RSI (com exclusão dos que necessitam mesmo dele por vicissitudes da vida que não conseguem superar) deveriam trabalhar, por exemplo na limpeza de matas. Nem para isso este governo tem testículos para pôr em prática? Porquê? Com medo da esquerdalhada do PC, BE e parte do PS?

    9.º) Porquê o ponto 8? Porque, há uns tempos, andei à procura de um funcionário em «part-time», a quem oferecia, num contrato temporário, sem termo definido, cerca de 400 euros, variáveis consoante as necessidades (numa semana poderia trabalhar apenas as 25 horas que constavam da proposta inicial; noutra em que houvesse mais necessidade de mão-de-obra, trabalharia mais horas e receberia em consonância). Sei perfeitamente que é um salário de miséria, mas... ninguém aceitou. Ainda propus à SS que me enviasse um recetor do subsídio de desemprego que receberia o vencimento que eu propus e que o Estado complementaria para atingir o valor do seu subsídio. Não houve interesse.

    10.º) Solução: pus o meu filho mais velho, de 16 anos, a trabalhar aos fins-de-semana em que não tinha apertos na escola para resolver parte do problema. Ficou incomensuravelmente mais barato e o trabalho foi sendo executado. Além disso, isto relembrou-lhe que tudo na vida tem um preço e que é necessário esforço para se obter.

    ResponderEliminar
  20. a) Não houve nada de substancial na redução do Estado; Nada. A não ser "peanuts" nas freguesias...; URGE pois extinguir autarquias, bastam 18 tantas quantas as capitais de distrito. O pessoal? Desemprego...não há omeletes.

    b) O desemprego actual tem uma parte de cerca de 125 que é desemprego natural de uma economia que vivia a crédito e a decreto;


    c) Coisas concretas:
    c1.) Para quê 3 juizes nos julgamentos quando tudo é ... gravado, e há recurso...que passa por outros tantos...: um basta; aumentava-se a produtividade individual;
    c2.) Alguns organismos públicos deveriam estar abertos aos sábados até às 15h, p. ex., como finanças, conservatórias e tribunais pois os privados deixavam de estar impedidos de trabalhar para ir...ao funcionário.
    c3.) Impôr o papel selado em todos os requerimentos ou articulados (70 c cada folha): exigia da parte do cidadão síntese e clareza no que pretende, e fazia-o pensar duas vezes antes de agir (muito trabalho administrativo pára para tentar entender o que se requer ou dar uma resposta a um pedido inócuo).
    c4.) Extinguir hospitais. É triste mas...Extinguir escolas secundárias...
    c5.) Devolver parte dos salários confiscados à Função pública;
    c6.) Oferecer terras estatais a quem queira semear, produzir, flores, frutos, ou hortículas por dez anos, e sem tributação nos lucros.
    ...por exemplo

    ResponderEliminar
  21. Conservador:diga-me lá como é que conseguia implementar 10% das propostas que aqui faz,com uma Constituição que não mexe, um TC conduzido por anafados, uns generais(150) agarrados às estrelas e galões, e uns políticos cheios de mordomias que jamais deixarão de querer mantê-las!O que me admira sobretudo é como é ainda se arranja fundos para fazer andar esta carroça toda!Claro que vivemos de empréstimos!E como se vê, ninguém quer ir trabalhar por exemplo para as matas e para os campos, nem para a pesca!Realmente, acha mesmo que dos 950000 desempregados de que se fala,algum quer mesmo ir trabalhar?Está-se tão bem na caminha e o maná há-de chegar!É pouco?Há-de chegar para o essencial!O resto virá alguém que o empreste!É assim,infelizmente!Mas vamos ter esperança:o Jorge Coelho, o Zurrinho e o Seguro vão resolver o problema!Haja esperança!Quanto ao Passos:não seguiu os conselhos do Dr.António, e agora tem à perna o Cavaco,a Fer.Leite, o Pacheco,o Capucho e tantos iluminados que tanto têm feito pelo bem do Povo!

    ResponderEliminar
  22. Caro Tonibler,

    Como bem sabe, os accionistas da CGD somos nós, o Senhor, eu e mais uns tantos...todavia sem direito a voto, apenas com "direito" a pagar impostos para manter a festa!
    Devo confessar-lhe que me espantava incialmente a gritaria que se fazia ouvir, entre as hostes da Vanguarda da Decadência, sempre que algué alvitrava a abertura do capital da CGD ou, numa versão mais avançada, a sua privatização!
    Recordo-me de há cerca de 12 anos ter defendido as vantagens da abertura do capital da Caixa ao público, mantendo o controlo nas mãos do Estado...
    Instalou-se uma grande confusão, tendo sido acusado de pretender privatizar a CGD, por mais que eu explicasse que abertura do capital e privatização são coisas radicalmente distintas: no primeiro caso o controlo da empresa é mantido no Estado, no segundo caso o Estado cederia o controlo...
    Mas, como lhe disse, na altura surpreendeu-me a reacção da dita Vanguarda; hoje já não me surpreende, pois bem à vista o sucesso do modelo de controlo a 100% por parte do Estado.

    Caro Tiro ao Alvo,

    Estamos a contemplar questões distintas: eu referi-me à utilização da receita do concessionamento da ANA para compor o défice orçamental, o ilustre Comentador refere-se à utilização dessa receita e (julgo também) da receita da venda do capital para reduzir a dívida pública.

    Caaros Rensenbrink e Conservador,

    Os Senhores desenvolvem interessantes teorias de ajustamento económico e apontam debilidades estruturais da nossa economia que a vossa experiência profissional lhes tem permtido identificar.
    Também concordo que muita gente em Portugal que se diz à procura de emprego não procura trabalho propriamente, pretendem uma ocupação remunerada que não seja muito cansativa e que de preferência lhes ofereça aguns tempos livres...
    Também conheço testemunhos de empresários que se queixam da falta de mão-de-obra mais ou menos qualificada; as suas empresas oferecem trabalho mas muitos candidatos, quando se defrontam com as exigências (normais) das tarefas que lhes caberia realizar, desistem...preferem a situação do subsídio de desemprego e continuam a busca por um emprego que não exija muito trabalho...
    Eu julgo no entato que estaremos já em transição para um mercado de trabalho em que esse tipo de atitudes, por força de uma realidade que os Crescimentistas só conseguirão modificar no plano verbal (vidé o exemplo da França de Hollande), tenderá a diminuir.

    ResponderEliminar
  23. Caro Tavares Moreira,

    Esta prolongada crise tem a vantagem de demonstrar o enorme falhanço do neoliberalismo.

    Os dogmas neoliberais que estão na base do Euro , como são a necessidade absoluta de manter a inflação abaixo dos 2% custe o que custar, da necessidade de uma moeda forte, do controle do deficit custe o que custar, da abolição de todas as fronteiras custe o que custar, da privatização de monopolios naturais custe o que custar, estão a ser postos à prova.

    Pode ser que a UE fique vacinada por várias décadas contra este dogmatismo.

    ResponderEliminar
  24. Caro Paulo Pereira,

    Os modelos de crescimento do Zimbawe do tempo de poder absoluto do consistente Mugabe (lamentavelmente partilhado, agora, com neo-liberais), da Venezuela de Chavez e proximamente de Maduro, e de outros países igualmente privilegiados, que apostam em moedas moles, tão frágeis quanto uma borboleta, propiciam, como sabemos, desempenhos económicos infinitamente mais robustos!
    Nesse ponto estamos inteiramente de acordo: moeda fraca precisa-se!

    ResponderEliminar
  25. Caro Tavares Moreira,

    Preferia que falasse da Polonia, China, Taiwan, Coreia do Sul, Suécia, EUA, Portugal até 1991, etc.

    O modelo neoliberal pós 1990 na UE, é um fracasso imensao, em matéria de crescimento e desemprego.

    Só poderia ter este resultado, dado basear-se em pressupostos falsos, especialmente em que o sector privado de um sistema capitalista tende para o equilibrio , por si só.



    ResponderEliminar
  26. Caro Paulo Pereira,

    Os exemplos que refere, desgraçadamente são histórias de sucesso de políticas, de diversos matizes mas com uma matriz neo-liberal bem acentuada...e nós temos de fugir disso "como o diabo da cruz", não é verdade?!
    Por isso eu fui buscar o escol de sucessos de políticas económicas em que não se pode vislumbrar qualquer condimento ou mesmo odor neo-liberal!
    Longe, muitíssimo longe daquilo que o ilustre Comentador sugere, o neo-liberalismo não se esgota na defesa de uma moeda forte, nem tampouco tem a ver com isso!
    E sempre a considera-lo!

    ResponderEliminar
  27. Caro Tavares Moreira,

    Polonia : moeda fraca

    China : modeda fraca , politicas industriais e barreiras alfandegárias

    Taiwan : moeda fraca e politicas industriais

    Coreia do Sul : moeda fraca , tarifas e politica industrial

    Suécia : moeda fraca e estado social fortissimo e politicas industriais até há pouco tempo

    Portugal entre 1984 e 1990 : moeda fraca

    ResponderEliminar
  28. Caro Paulo Pereira,

    Com a obvia excepção de Portugal entre 1984 e 1990, fico a aguardar a sua gentileza de me esclarecer acerca da evolução do câmbio de cada uma das moedsa que citou e qualificou como "fracas", em relação ao Euro e ao USD, pelo menos nos últimos 12 meses.
    Alguns dados (embora não todos) em meu poder justificam pelo menos a suspeita de que a qualificação destas moedas como "fracas" pode ser um considerável exercício de alquimia económica...
    Mas prefiro aguardar pelos seus esclarecimehntos - se tiver tempo e disponibilidade para tal, obviamente.

    ResponderEliminar
  29. Caro Tavares Moreira,

    O horizonte temporal que estou a referir é o de 1992 - 2012.

    Basta ver que o Euro está 20 a 30% acima do dolar.

    Se Portugal tivesse optado como a maioria dos paises em crescimento por um PEG ao dolar em vez de ao Euro, estariamos no ponto mais ou menos certo do valor da moeda. nesta altura.

    Como já lhe referi antes, tivemos dois momentos de decisões muito erradas : em 1990-1992 com a sobrevalorização do escudo face à inflação existente e depois a entrada no Euro onde já existia um deficit corrente elevadissimo.

    Depois o Euro subiu 30% em relação ao dolar, porque o BCE manteve taxas de juro sempre acima do FED a partir de 2002.

    ResponderEliminar
  30. Caro Paulo Pereira,

    Não me referi ao horizone temporal, mas sim ao comportamento concreto das moedas que citou e que qualificou como fracas...apesar de algums delas terem valorizado em, relação ao Euro e ao USD...
    Quanto ao Euro, como saberá só existe desde o final da década passada, mas isso até conta pouco face ao problema que o ilustre Comentador PP suscitou e para o qual aguardo os convenientes esclarecimentos - mas mais uma vez digo que só prestará esses esclarecimentos se tiver tempo e disposição para tal, como é óbvio...

    ResponderEliminar
  31. Caro Tavares Moreira, vamos então ver os cambios do USD em 1990 e 2012 das diversas moedas

    1 USD = XX

    Polonia : 1,7 / 3,1

    China : 5.5 / 6.4

    Taiwan : 25 / 30

    Coreia do Sul : 785 / 1130

    Suécia : 5,9 / 6,5

    ResponderEliminar