terça-feira, 9 de abril de 2013

Solnado revisitado

A TSF está a relembrar bons momentos de humor passados naquela estação de rádio. Hoje foi buscar uma das imbatíveis histórias de Solnado, no caso um telefonema a pedir a presença dos capacetes azuis na aldeia da Abrolha. O caso foi que tinha sido anunciado o pagamento de subsídios aos agricultores que arrancassem as vinhas, o pai do rapaz queria aceitar e disse-lhe que o futuro ele ele ir estudar para médico, quem sabe talvez chegasse a director de um hospital, mas o padrinho, também dono da vinha, dizia que não, que quando ele acabasse o curso já tinham fechado todos os hospitais e que, se mantivessem a vinha, ao menos “sempre ia pingando qualquer coisa”. Entraram depois em cena, sucessivamente, outro tio, uma prima, o padre, uma vizinha, enfim, gerou-se uma crise total, ao ponto de ele, o rapaz, ter pegado no telefone para pedir a intervenção das forças da ordem internacional para meter nos eixos a aldeia da Abrolha, onde ninguém se entendia e, palavra puxa palavra, se multiplicavam as crises.
Às vezes o nosso País parece mesmo uma história do Solnado, se não fosse tão grave até dava vontade de rir.

8 comentários:

  1. O problema é que, ouvida hoje, esta não parece uma história do Solnado. Antes uma profecia do Zandinga.

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  2. Anónimo22:50

    Abrolha, o exemplo de uma ficção bem real.

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  3. É na TSF, olhe que é na TSF...
    Estamos a recuperar momentos de humor dos últimos 25 Anos, e o Solnado faz parte dessa memória.

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  4. Abrenúncio... vade-retro Satanás, que o homem era comunista!
    Queime-se o energúmeno!!!
    E deixe-se de o evocar...
    (ou... depois de morto, adquiriu a aura de profeta?!)

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  5. Excelente analogia, numa altura em que se “noticiam” puxões de orelhas de todo o lado (a ser verdade configuram total desrespeito pelo estado e dignidade da nação!), e ninguém se ergue, falta-nos um padrinho avisado como esse da estória a quem ouvirmos. Também “noticiam” mudanças na governação, mas no estado a que chegámos aqui, faz-me lembrar a célebre frase - “(…) para que as coisas permaneçam iguais é preciso que tudo mude”,- imortalizada em livro e no filme “O Leopardo” de Luchino Visconti. E assim cá vamos prosseguindo…

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  6. Já emendei caro Paulo Tavares, muito obrigada, realmente foi na TSF e não na Antena 1, o seu a seu dono.

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  7. Suzana
    Mas que história tão oportuna. Os homens não mudam, são sempre iguais. Como é que acabou o conflito da Aldeia da Abrolha? Há alguma possibilidade de inspiração?

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  8. Caro Ribeiro e Castro, pois é, talvez afinal seja muito difícil mudar o essencial.
    Caro jotac, essa invocação do Leopardo não é uma analogia, nem uma profecia, mas um ensinamento para sabermos ler o que se passa à nossa volta com tanto ruido. É para estarmos atentos...
    Pois Margarida, o que ouvi acabou com o rapaz ao telefone a pedir a intervenção para impor a paz. Se os capacetes azuis vieram ou não, vamos admitir que não interessa, a aldeia continuaria sempre na mesma :)

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