domingo, 5 de maio de 2013

Bastou um ano...e lá se foi a Agenda de Hollande!...

Perante a promessa de fim das restrições orçamentais de Sarkozy  e uma enorme Agenda de Crescimento, os franceses elegeram François Hollande como Presidente, faz agora um ano. O socialismo mostraria definitivamente o caminho que a Europa devia trilhar. 
Como primeiro acto público, Hollande deslocou-se a Berlim, se não para venerar, pelo menos para cumprimentar a Srª Merkel e certamente para lhe mostrar o conteúdo da recheada Agenda.
Logo depois, os franceses começaram a ver a sua verdadeira substância: o dito crescimento era, de facto,  um acréscimo de 25 mil milhões de euros nos impostos, e também um aumento no corte, mais 10 mil milhões, na despesa pública, de modo a cumprir o défice de 3%. Em vez da prosperidade prometida, uma austeridade bem real: para que o PIB possa crescer sustentadamente, explicou Hollande.
De uma penada, lá se foi de vez a “aposta” e a Agenda interna.
Mas a Agenda de Hollande também tinha ainda umas páginas para o exterior: ajudar as restantes economias a crescer, com Eurobonds e Grandes projectos europeus. Mais umas páginas vazias.
Por cá, Seguro venerava o Mestre e via nele a salvação do país.
Passados 6 meses, já a maioria dos franceses não tinha qualquer confiança em que Hollande encontrasse uma solução para a economia ou para a crise, contra o aumento do desemprego ou contra a insegurança. Mas restava-lhe o apoio de Seguro que continuava a ver nele o facho que iluminava o caminho a seguir. Não havia contrapartida, mas havia que agitar o estandarte da solidariedade socialista. Mesmo quando a França já ia entrando em recessão técnica.
Passou um ano. Hollande bateu todos os recordes negativos de popularidade. E o resultado da demagogia é a desilusão, que faz com que até Marie Le Pen recolha opinião mais favorável.
A demagogia infrene acaba sempre por não ter retorno para quem a utiliza; e, na sociedade em que vivemos, apanha-se mais depressa o demagogo que o coxo.
Hollande é o exemplo acabado de um produto do aparelho partidário, que nunca teve profissão para além da política e nem aí, apesar da ambição, nunca chegou a ser escolhido para Ministro.
Seria bom colocar os olhos em quem lhe vem importando a cultura.

5 comentários:

  1. Ainda assim parece ter mais dois neurónios que o Seguro.

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  2. Este exemplo é realmente e saz pensar quando vemos Seguro a exigir eleições antecipadas. Com o PC e o BE enfim, é o que é.

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  3. "...que faz com que até Marie le Pen recolha opinião mais favorável."

    Interrogo-me sobre o motivo da inclusão do "até" na frase.

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  4. Parece que em França a população não vai muito em traidores !

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  5. A dita agenda, que parecia perdida, terá finalmente sido encontrada por um policial de serviço em zona próxima do Largo do Rato, em Lisboa!
    Será entregue a quem provar pertencer-lhe.

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